Que a pandemia de covid-19 foi uma das grandes responsáveis por enfraquecer os fundos de investimento imobiliário nos últimos meses todo mundo já sabe. O que pouca gente imagina é que uma classe específica de FIIs é beneficiada por esse difícil capítulo na história do mercado financeiro.
Um dos poucos efeitos positivos da quarentena instalada desde março de 2020 foi a aceleração do e-commerce. Com boa parte dos brasileiros confinada em casa, comprar pela internet foi uma das alternativas (e distrações) mais viáveis para a população.
Como o álcool em gel e a lavagem de mãos, esse parece ter sido um hábito que veio para ficar mesmo após o fim das medidas de restrição e estimula a competição entre as varejistas online. Nesse caso, ganha a mais rápida na hora da entrega.
E, com essas empresas na busca por uma infraestrutura melhor, os galpões logísticos também têm muito a ganhar.
Nesse contexto, o Bresco Logística (BRCO11) é o favorito das corretoras consultadas todos os meses pelo Seu Dinheiro para a seleção de fundos imobiliários mais recomendados.
Com indicações de Ativa Investimentos, Guide Investimentos Mirae e Asset, o FII engatou sua segunda medalha de ouro na preferência dos analistas. Quem seguiu a recomendação capturou uma valorização de 2,35%.
Com tanto fundo imobiliário no setor, por que escolher o Bresco Logística (BRCO11)?
Um dos motivos por trás da escolha pelo BRCO11 está nos 11 ativos que compõem sua carteira. Segundo os analistas, chama a atenção a qualidade do portfólio quando o assunto é risco.
“Aproximadamente 95% dos inquilinos são classificados como grau de investimento AAA ou AA pelas agências de rating”, destaca a Ativa.
A localização dos galpões é outro ponto forte: cerca de 35% deles estão na cidade de São Paulo e 36% da receita total do fundo também vem da maior metrópole do país. O restante dos ativos está dividido entre Minas Gerais, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Além disso, a taxa de vacância física atualmente zerada também agrada os analistas. E a situação deve permanecer assim por mais algum tempo, já que os contratos de locação possuem prazo médio remanescente de 4,5 anos.
Outro ponto positivo é o desconto nas cotas. Apesar de ter encerrado o último mês em alta, o ganho de 2,3% anotado em fevereiro não apaga o tombo de 11,19% registrado em 2021.
IFIX novamente no “zero a zero”
Por falar em ganhos e perdas, quem não sai do “zero a zero” nesta quarta-feira (10) é o IFIX. Por volta das 13h55, o principal índice de fundos imobiliários da B3 tinha leve recuo de 0,02%, aos 2724,12 pontos, e caminhava para encerrar a semana em queda.
Confira as maiores baixas:
Ticker | Fundo | Variação |
NSLU11 | Hospital Nossa Senhora de Lourdes | -10,60% |
NEWU11 | Newport Renda Urbana | -9,07% |
PRSN11B | Personale I | -7,41% |
RMAI11 | REAG Multi Ativos Imobiliários | -5,52% |
HUSC11 | Hospital Unimed Sul Capixaba | -5,46% |
Veja também as maiores altas:
Ticker | Fundo | Variação |
EGYR11 | Energy Resort | +57,80% |
DAMT11B | Diamante | +11,60% |
FIVN11 | Vida Nova | +7,18% |
VOTS11 | Votorantim Securities Master | +5,01% |
MCHY11 | Mauá High Yield | +4,22% |
Saiba ainda quais fundos imobiliários distribuem dividendos hoje. Os dados são do Clube FII.
Fundo | Data base | Valor por cota |
REAG Multi Ativos Imobiliários (RMAI11) | 25/02 | R$ 0,26 |
Edifício Ourinvest (EDFO11B) | 25/02 | R$ 1,46 |
Industrial do Brasil (FIIB11) | 25/02 | R$ 3,20 |
Vereda (VERE11) | 25/02 | R$ 2,11 |
Eldorado (ELDO11B) | 02/03 | R$ 0,71 |