Fundo de cemitérios CARE11 lidera os ganhos do IFIX em julho; veja as maiores altas e maiores baixas entre os fundos imobiliários no mês
Índice de Fundos Imobiliários termina o mês em alta e volta a ficar no azul no acumulado do ano, a despeito da alta dos juros
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) subiu 0,66% em julho, voltando a ficar no azul no acumulado do ano, com alta de 0,33%. O indicador vem se segurando bem em um ano de alta nas taxas de juros, fator tipicamente negativo para o mercado de FII e imobiliário em geral.
Dentro do índice, 65 dos 106 fundos tiveram desempenho positivo no último mês. As cinco maiores altas ficaram com fundos de tijolo - que investem em imóveis - e fundos de fundos, isto é, que investem em cotas de outros FII.
Dos fundos de tijolo, um é de cemitérios e jazigos, outro é de galpões industriais, e o terceiro é de shopping centers. Confira as cinco maiores altas do IFIX no mês:
Os melhores desempenhos do IFIX em julho
Fundo imobiliário | Código | Desempenho em julho |
Brazilian Graveyard and Death Care | CARE11 | 10,34% |
Industrial do Brasil | FIIB11 | 7,90% |
Rio Bravo IFIX | RBFF11 | 6,84% |
BTG Pactual Fundo de Fundos | BCFF11 | 6,45% |
Hedge Brasil Shopping | HGBS11 | 6,09% |
Já na lanterna do ranking, aparecem três fundos de tijolo focados em escritórios e lajes corporativas (sendo que o XP Properties também inclui imóveis voltados para os segmentos de educação e hospitais), um fundo de terras agrícolas eu fundo de papel, isto é, que investe preponderantemente em títulos de renda fixa ligados ao mercado imobiliário, como CRI e LCI. Veja as cinco maiores baixas do IFIX no mês:
Os piores desempenhos do IFIX em julho
Fundo imobiliário | Código | Desempenho em julho |
RBR Properties | RBRP11 | -10,29% |
BTG Pactual Corporate Office | BRCR11 | -7,41% |
XP Properties | XPPR11 | -6,93% |
BTG Pactual Terras Agrícolas | BTRA11 | -6,34% |
Vectis Juro Real | VCJR11 | -6,10% |
Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11)
Com uma valorização de mais de 65% em 2022, o CARE11 é o fundo imobiliário com melhor desempenho do IFIX no ano. Ele é responsável pela gestão de cemitérios, comercialização de cessões de direito de uso de jazigos temporários e perpétuos, cremações, serviços e planos funerários, além de cremação de animais.
Em julho, o FII intensificou a alta após um consórcio liderado pela Cortel - empresa do setor de cuidados com a morte na qual o CARE11 tem participação - ter vencido um dos blocos de concessão na concorrência aberta pela Prefeitura de São Paulo para conceder à iniciativa privada a gestão de 22 cemitérios e crematórios públicos.
As empresas vencedoras ficarão responsáveis pela gestão, operação, manutenção, exploração, revitalização e expansão dos espaços. O bloco arrematado pelo consórcio liderado pela Cortel, e que conta também coma participação do FII Zion Capital (ZIFF11), é formado pelos cemitérios do Araçá, Dom Bosco, Santo Amaro, São Paulo e Vila Nova Cachoeirinha.
O consórcio deverá desembolsar R$ 200 milhões, cerca de R$ 30 milhões acima do valor mínimo pedido, para explorar o bloco por 25 anos.
RBR Properties (RBRP11)
O fundo RBR Properties (RBRP11), por sua vez, acumula a maior baixa do ano entre os fundos do IFIX, com queda de mais de 30%. Sua carteira é composta por dez edifícios de escritórios, localizados nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, além de cotas de outros FIIs.
Os gestores não veem muito fundamento para tamanha desvalorização das cotas e creem que elas estejam mal precificadas pelo mercado. Um dos imóveis da carteira, porém, parece ser o problema: o edifício River One, maior posição individual do fundo, ocupando 41% do portfólio. Ele se encontra quase que totalmente vago.
O River One ainda conta com uma renda mínima garantida, valor distribuído pelo fundo aos cotistas enquanto o imóvel não encontra inquilinos, que no entanto se encontra perto do fim.
A RBR reconhece esse risco e seu possível impacto na distribuição de rendimentos do fundo, mas ressalta que o mercado parece se esquecer dos outros 60% do portfólio, e diz que o valor dos demais ativos está sendo negligenciado.
Veja também: 'Saldão' dos FIIs: os FUNDOS IMOBILIÁRIOS mais BARATOS para investir no 2° semestre de 2022
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