A hora e a vez dos fundos imobiliários de tijolo — Santander recomenda os FIIs com maior potencial de valorização
Um dos grupos que mais sofreu desde o início da pandemia e, em seguida, com aumento da taxa de juro, os FIIs que compram, vendem e gerenciam ativos reais voltam a brilhar

“Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada…” Por algum tempo, os fundos imobiliários (FIIs) de tijolo — aqueles que compram, vendem e gerenciam ativos reais — viveram como na canção de Vinícius de Moraes, sendo questionados quanto a sua relevância frente a um futuro incerto para a ocupação de seus espaços.
A pandemia de covid-19 e, em seguida, o aumento da taxa de juro foram os principais responsáveis por esse movimento, que atingiu especialmente escritórios e shoppings, impactando de forma negativa a precificação que, em grande parte, não condizia com valor justo dos imóveis do portfólio.
Mas, parece que o jogo virou. Com o indicativo de fim do ciclo de elevação da taxa de juro e uma inflação que dá sinais de arrefecimento, alguns fundos imobiliários que estavam descontados voltaram a brilhar — não à toa nove dos 10 FIIs mais rentáveis do mês de agosto são do segmento de escritórios, shoppings e logística.
O que aconteceu com os fundos imobiliários em agosto?
O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) fechou o mês de agosto com uma alta de 5,76%, puxando o índice no ano a 6,11%. Os responsáveis por isso foram os FIIs de tijolo — esses subiram, em média, 9,7%.
Os segmentos que mais se destacaram no período foram shoppings, escritórios e galpões logísticos, com altas na média de 14,8%, 12,8% e 10,6%, respectivamente.
No ano e em 12 meses os FIIs de shoppings foram os que mais brilharam nesse grupo, recuperando parte relevante das perdas que tiveram desde o início da pandemia.
Leia Também
Segundo o Santander, o segmento obteve um excelente retorno por dois motivos:
- desconto na cota negociada no mercado, que não refletia a qualidade de parte relevante dos ativos;
- resultados operacionais em linha ou acima de 2019, com vacância e inadimplência controladas e retorno total das atividades.
Os queridinhos do momento
Considerando a precificação, qualidade dos ativos, potencial de valorização e resiliência dos imóveis e inquilinos, o Santander recomenda três grupos de fundos imobiliários: híbridos, logísticos e escritórios.
O banco ressalta que também gosta dos shoppings, contudo, por historicamente entregarem um retorno (dividend yield) menos atrativo e já estarem sendo negociados próximo do valor patrimonial, o Santander prefere os outros três segmentos mais relevantes.
FIIs híbridos
Segundo o Santander, os FIIs hídridos compõem um dos segmentos com potencial mais significativo de crescimento dentro do mercado de fundos imobiliários.
Três fatores explicam isso: mandatos e regulamentos mais reflexíveis, podendo aproveitar diferentes ciclos do mercado imobiliário; potencial de diversificação do portfólio, com maior abrangência de tipos de empreendimentos; e exigência de uma postura mais ativa dos gestores, para extrair máxima valorização das operações.
Nessa categoria, o Santander recomenda a compra de FII Kinea Renda Imobiliária (KNRI11), FII CSHG Renda Urbana (HGRU11), FII TG Ativo Real (TGAR11) e FII Santander Renda de Aluguéis (SARE11).
FIIs logísticos
Logístico é o segmento de maior valor de mercado dentro dos FIIs de tijolo, e ganha cada vez mais relevância desde o início da pandemia, de acordo com o Santander.
Os principais players do varejo com operações e resultados oriundos do comércio eletrônico, impulsionaram essa classe na busca dos melhores ativos tanto em localização como em qualificações técnicas.
Nessa categoria, o banco recomenda a compra de FII BTG Pactual Logística (BTLG11), FII Vinci Logística (VILG11), FII VBI Logístico (LVBI11), FII HSI Logística (HSLG11) e FII RBR Log (RBRL11).
FIIs de escritórios
Fortemente questionados desde o início da pandemia, os escritórios compõem o terceiro segmento para os FIIs de tijolo no cenário atual, em especial para os fundos com os melhores ativos (características técnicas), sendo esses os mais bem localizados e negociados com desconto.
Nessa categoria, o Santander recomenda a compra de FII JS Real Estate Multigestão (JSRE11), FII VBI Prime Properties (PVBI11) e FII Vinci Ofiices (VINO11).
O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%
A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato
A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar
Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024
Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros
FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria
Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira
O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora
Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações
A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora
Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil
Em carta mensal, a gestora revelou ganhos impulsionados por posições em euro, real, criptomoedas e crédito local, enquanto sofreu perdas com petróleo
Ibovespa em disparada: estrangeiros tiveram retorno de 34,5% em 2025, no melhor desempenho desde 2016
Parte relevante da valorização em dólares da bolsa brasileira no primeiro semestre está associada à desvalorização global da moeda norte-americana
Brasil, China e Rússia respondem a Trump; Ibovespa fecha em queda de 1,26% e dólar sobe a R$ 5,4778
Presidente norte-americano voltou a falar nesta segunda-feira (7) e acusou o Brasil de promover uma caça às bruxas; entenda essa história em detalhes
Em meio ao imbróglio com o FII TRBL11, Correios firmam acordo de locação com o Bresco Logística (BRCO11); entenda como fica a operação da agência
Enquanto os Correios ganham um novo endereço, a agência ainda lida com uma queda de braço com o TRBL11, que vem se arrastando desde outubro do ano passado
De volta ao trono: Fundo imobiliário de papel é o mais recomendado de julho para surfar a alta da Selic; confira o ranking
Apesar do fim da alta dos juros já estar entrando no radar do mercado, a Selic a 15% abre espaço para o retorno de um dos maiores FIIs de papel ao pódio da série do Seu Dinheiro
Ataque hacker e criptomoedas: por que boa parte do dinheiro levado no “roubo do século” pode ter se perdido para sempre
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro alertam: há uma boa chance de que a maior parte do dinheiro roubado nunca mais seja recuperada — e tudo por causa do lado obscuro dos ativos digitais
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), lança programa de BDRs na B3; saiba como vai funcionar
Os certificados serão negociados na bolsa brasileira com o ticker EVEB31 e equivalerão a uma ação ordinária da empresa na Bolsa de Nova York
Quem tem medo da taxação? Entenda por que especialistas seguem confiantes com fundos imobiliários mesmo com fim da isenção no radar
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, especialistas da Empiricus Research, da Kinea e da TRX debateram o que esperar para o setor imobiliário se o imposto for aprovado no Congresso
FIIs na mira: as melhores oportunidades em fundos imobiliários para investir no segundo semestre
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, do Seu Dinheiro, especialistas da Empiricus Research, Kinea e TRX revelam ao que o investidor precisa estar atento no setor imobiliário com a Selic a 15% e risco fiscal no radar
Ibovespa sobe 0,24% e bate novo recorde; dólar avança e termina dia cotado em R$ 5,4248
As bolsas norte-americanas não funcionaram nesta sexta-feira (4) por conta de um feriado, mas o exterior seguiu no radar dos investidores por conta das negociações tarifárias de Trump
Smart Fit (SMFT3) falha na série: B3 questiona queda brusca das ações; papéis se recuperam com alta de 1,73%
Na quarta-feira (2), os ativos chegaram a cair 7% e a operadora da bolsa brasileira quis entender os gatilhos para a queda; descubra também o que aconteceu
Ibovespa vale a pena, mas vá com calma: por que o UBS recomenda aumento de posição gradual em ações brasileiras
Banco suíço acredita que a bolsa brasileira tem espaço para mais valorização, mas cita um risco como limitante para alta e adota cautela
Da B3 para as telinhas: Globo fecha o capital da Eletromidia (ELMD3) e companhia deixa a bolsa brasileira
Para investidores que ainda possuem ações da companhia, ainda é possível se desfazer delas antes que seja tarde; saiba como
Os gringos investiram pesado no Brasil no primeiro semestre e B3 tem a maior entrada de capital estrangeiro desde 2022
Entre janeiro e junho deste ano, os gringos aportaram cerca de R$ 26,5 bilhões na nossa bolsa — o que impulsionou o Ibovespa no período