Conheça os fundos imobiliários (FIIs) mais indicados para atravessar a guerra com lucro na carteira e dividendos no bolso
Os analistas das corretoras verificam todos os meses o cenário macroeconômico e de cada um dos FII para selecionar seus preferidos

Pandemia, alta da taxa de juros e confusão regulatória. O mercado de fundos imobiliários (FIIs) enfrenta um longo inverno desde o início de 2020. E a luz que parecia surgir no fim do túnel na verdade era um trem — no caso, um trem russo.
Por outro lado, é justamente em momentos como esse que costumam surgir as melhores oportunidades de investimento. Sem falar que o investidor de fundos imobiliários pode contar com o “amortecimento” dos dividendos que pingam mensalmente na conta — e isentos de imposto de renda.
Mas, para quem planeja aproveitar o desconto nas cotas para aumentar sua posição ou investir em novos fundos, fica um alerta: preço baixo e retorno com dividendos (dividend yield) alto não são garantias de um futuro promissor para os ativos.
A base para a rentabilidade nos dias vindouros, nesses casos, está no portfólio dos fundos imobiliários, qualidade dos locatários, taxa de vacância, gestão, liquidez e diversos outros fatores essenciais para a solidez de um ativo.
Conheça os fundos imobiliários preferidos para março
Se você não tem tempo para pesquisar sobre tudo isso ou fica inseguro em realizar o estudo sozinho, uma boa ferramenta são as carteiras recomendadas.
Os analistas das corretoras verificam todos os meses o cenário macroeconômico e de cada um dos FII para selecionar seus preferidos. E o escolhido de março é novamente o Bresco Logística (BRCO11).
Leia Também
A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano
Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil
Indicado entre os favoritos de três corretoras, o fundo de logística também já havia aparecido no topo do pódio das carteiras no mês passado. Quem seguiu a recomendação desde então capturou uma valorização de 2,35%.
Além dele, outros cinco fundos também chamam a atenção dos analistas e, com duas indicações cada, dividem a segunda posição. São eles: BR Crédito Imobiliário Estruturado (RBRY11), CSHG Real Estate (HGRE11), Kinea Índice de Preços (KNIP11), Valora RE III (VGIR11) e TRX Real Estate (TRXF11).
Confira a seguir os fundos preferidos de cada corretora entre os indicados nas suas respectivas carteiras recomendadas para março:
Entendendo o FII do Mês: todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são suas apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 fundos imobiliários, os analistas indicam os seus três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com pelo menos duas indicações.
Eu falo mais sobre os FIIs favoritos das corretoras para março ao longo desta reportagem. Mas antes, vale detalhar o que aconteceu com o mercado no mês passado.
O trem russo atropela os FIIs
A firmeza de vários pilares dos FIIs já está abalada há um tempo. Além dos riscos fiscais e políticos e do ciclo de aperto monetário, uma decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quase derrubou a base dos dividendos, uma das mais importantes para o setor.
E foi em meio a esse abalo que o terremoto originado no conflito entre Ucrânia e Rússia atingiu os fundos. Apesar da distância entre Brasil e leste europeu, o aumento nas incertezas do cenário mundial chegou com força suficiente para derrubar as cotações dos FIIs.
O IFIX, índice que mede o comportamento dos fundos mais negociados na bolsa, recuou 1,29% em fevereiro. A queda foi generalizada e nem mesmo os recebíveis imobiliários, que vinham sustentando altas mesmo em meio ao caos, resistiram. Veja a performance por segmento:
Segmento | Rentabilidade |
Recebíveis imobiliários | -0,18% |
Shoppings/Varejo | -0,77% |
Logístico/Industrial | -0,82% |
IFIX | -1,29% |
Fundos de fundos | -2,00% |
Outros | -2,23% |
Híbridos | -2,42% |
Escritórios | -3,16% |
Cotas dos fundos imobiliários estão em queda, mas os proventos seguem em dia
Apesar de uma tabela cheia de sinais negativos desanimar à primeira vista, quem olhar com mais atenção poderá encontrar oportunidades em ativos com bases mais sólidas e que resistiram aos tremores da guerra.
Os dividendos também seguem em dia apesar da queda das cotas e alguns segmentos pagam mais de 1% ao mês. Confira o dividend yield — indicador que mede o rendimento de um ativo a partir da relação entre o pagamento de proventos e o valor das cotas — anualizado dos fundos imobiliários:
Segmento | Yield |
Recebíveis imobiliários | 13,39% |
Híbridos | 10,76% |
Fundos de fundos | 10,51% |
Logístico/Industrial | 9,07% |
IFIX | 8,59% |
Shoppings/Varejo | 8,31% |
Escritórios | 7,64% |
Bresco Logística (BRCO11) — na onda do e-commerce
A pandemia de covid-19 foi uma das responsáveis por enfraquecer os FIIs nos últimos meses, mas um de seus poucos efeitos positivos foi a aceleração do e-commerce. Com boa parte dos brasileiros confinada em casa, comprar pela internet foi uma das alternativas (e distrações) mais viáveis para a população.
Como o álcool em gel e a lavagem de mãos, esse parece ter sido um hábito que veio para ficar mesmo após o fim das medidas de restrição e estimula a competição entre as varejistas online. Nesse caso, ganha a mais rápida na hora da entrega.
E, com essas empresas na busca por uma infraestrutura melhor, os galpões logísticos também têm muito a ganhar.
Nesse contexto, o Bresco Logística (BRCO11) é novamente o favorito das corretoras, com indicações de Ativa Investimentos, Guide Investimentos Mirae e Asset.
Com 11 ativos na carteira, o BRCO11 chama a atenção pela qualidade do portfólio quando o assunto é risco. “Aproximadamente 95% dos inquilinos são classificados como grau de investimento AAA ou AA pelas agências de rating”, destaca a Ativa.
A localização dos galpões é outro ponto forte: cerca de 35% deles estão na cidade de São Paulo e 36% da receita total do fundo também vem da maior metrópole do país. O restante dos ativos está dividido entre Minas Gerais, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Além disso, a taxa de vacância física atualmente zerada também agrada os analistas. E a situação deve permanecer assim por mais algum tempo, já que os contratos de locação possuem prazo médio remanescente de 4,5 anos.
Repercussão
Apesar da queda geral entre os segmentos, na tabela de fundos imobiliários recomendados em fevereiro as performances foram mais equilibradas. O Bresco Logística, campeão do mês, é o destaque positivo, com alta de 2,35%.
Entre as menções honrosas o desempenho foi mais tímido e algumas delas registraram quedas, como é o caso de CSHG Real Estate (HGRE11), Mauá Capital Recebíveis Imobiliários (MCCI11) e Vinci Shopping Centers (VISC11), que recuaram 1,41%, 1,49% e 1,03%, respectivamente.
Veja na tabela a seguir o desempenho de todos os fundos dos top 3 das corretoras em fevereiro:
De volta ao trono: Fundo imobiliário de papel é o mais recomendado de julho para surfar a alta da Selic; confira o ranking
Apesar do fim da alta dos juros já estar entrando no radar do mercado, a Selic a 15% abre espaço para o retorno de um dos maiores FIIs de papel ao pódio da série do Seu Dinheiro
Ataque hacker e criptomoedas: por que boa parte do dinheiro levado no “roubo do século” pode ter se perdido para sempre
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro alertam: há uma boa chance de que a maior parte do dinheiro roubado nunca mais seja recuperada — e tudo por causa do lado obscuro dos ativos digitais
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), lança programa de BDRs na B3; saiba como vai funcionar
Os certificados serão negociados na bolsa brasileira com o ticker EVEB31 e equivalerão a uma ação ordinária da empresa na Bolsa de Nova York
Quem tem medo da taxação? Entenda por que especialistas seguem confiantes com fundos imobiliários mesmo com fim da isenção no radar
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, especialistas da Empiricus Research, da Kinea e da TRX debateram o que esperar para o setor imobiliário se o imposto for aprovado no Congresso
FIIs na mira: as melhores oportunidades em fundos imobiliários para investir no segundo semestre
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, do Seu Dinheiro, especialistas da Empiricus Research, Kinea e TRX revelam ao que o investidor precisa estar atento no setor imobiliário com a Selic a 15% e risco fiscal no radar
Ibovespa sobe 0,24% e bate novo recorde; dólar avança e termina dia cotado em R$ 5,4248
As bolsas norte-americanas não funcionaram nesta sexta-feira (4) por conta de um feriado, mas o exterior seguiu no radar dos investidores por conta das negociações tarifárias de Trump
Smart Fit (SMFT3) falha na série: B3 questiona queda brusca das ações; papéis se recuperam com alta de 1,73%
Na quarta-feira (2), os ativos chegaram a cair 7% e a operadora da bolsa brasileira quis entender os gatilhos para a queda; descubra também o que aconteceu
Ibovespa vale a pena, mas vá com calma: por que o UBS recomenda aumento de posição gradual em ações brasileiras
Banco suíço acredita que a bolsa brasileira tem espaço para mais valorização, mas cita um risco como limitante para alta e adota cautela
Da B3 para as telinhas: Globo fecha o capital da Eletromidia (ELMD3) e companhia deixa a bolsa brasileira
Para investidores que ainda possuem ações da companhia, ainda é possível se desfazer delas antes que seja tarde; saiba como
Os gringos investiram pesado no Brasil no primeiro semestre e B3 tem a maior entrada de capital estrangeiro desde 2022
Entre janeiro e junho deste ano, os gringos aportaram cerca de R$ 26,5 bilhões na nossa bolsa — o que impulsionou o Ibovespa no período
As nove ações para comprar em busca de dividendos no segundo semestre — e o novo normal da Petrobras (PETR4). Veja onde investir
Bruno Henriques, analista sênior do BTG Pactual, e Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, contam quais são os papéis mais indicados para buscar dividendos no evento Onde Investir no Segundo Semestre, do Seu Dinheiro
Ibovespa faz história e chega aos 141 mil pontos pela primeira vez na esteira dos recordes em Nova York; dólar cai a R$ 5,4050
O Ibovespa acabou terminando o dia aos 140.927,86 pontos depois de renovar recorde durante a sessão
Banco do Brasil (BBAS3): enquanto apostas contra as ações crescem no mercado, agência de risco dá novo voto de confiança para o banco
A aposta da S&P Global Ratings é que, dadas as atividades comerciais diversificadas, o BB conseguirá manter o ritmo de lucratividade e a estabilidade do balanço patrimonial
Na contramão do Ibovespa, Petrobras (PETR4), Prio (PRIO3) e Brava (BRAV3) garantem ganhos no dia; saiba o que ajudou
A commodity está em alta desde o início da semana, impulsionado por tensões no Oriente Médio — mas não é só isso que ajuda no avanço das petroleiras
S&P 500 e Nasdaq renovam máximas históricas, mas um dado impede a bolsa de Nova York de disparar; Ibovespa e dólar caem
No mercado de câmbio, o dólar à vista continuou operando em queda e renovando mínimas depois de se manter no zero a zero na manhã desta quarta-feira (2)
Onde investir: as 4 ações favoritas para enfrentar turbulências e lucrar com a bolsa no 2º semestre — e outras 3 teses fora do radar do mercado
Com volatilidade e emoção previstas para a segunda metade do ano, os especialistas Gustavo Heilberg, da HIX Capital, Larissa Quaresma, da Empiricus Research, e Lucas Stella, da Santander Asset Management, revelam as apostas em ações na bolsa brasileira
Bresco Logística (BRCO11) diz adeus a mais um inquilino, cotas reagem em queda, mas nem tudo está perdido
O contrato entre o FII e a WestRock tinha sete anos de vigência, que venceria apenas em setembro de 2029
Gestora lança na B3 ETF que replica o Bloomberg US Billionaires e acompanha o desempenho das 50 principais empresas listadas nos EUA
Fundo de índice gerido pela Buena Vista Capital tem aplicação inicial de R$ 30 e taxa de administração de 0,55% ao ano
Ibovespa em 150 mil: os gatilhos para o principal índice da bolsa brasileira chegar a essa marca, segundo a XP
A corretora começa o segundo semestre com novos nomes em carteira; confira quem entrou e as maiores exposições
Ibovespa fecha primeiro semestre de 2025 com extremos: ações de educação e consumo sobem, saúde e energia caem
Entre os destaques positivos estão a Cogna (COGN3), o Assaí (ASAI3) e a Yduqs (YDUQ3); Já na outra ponta estão RaiaDrogasil (RADL3), PetroRecôncavo (BRAV3) e São Martinho (SMTO3)