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Camille Lima
Camille Lima
Repórter de empresas no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.
VOTOS DE FÉ CONTIDA

Medinho de recessão? Warren Buffett ignora temor global e aumenta apostas da Berkshire Hathaway em empresas dos EUA

Apesar de ter desacelerado o ritmo de compras de ações no segundo trimestre, o Oráculo de Omaha investiu US$ 6,2 bilhões em companhias norte-americanas entre abril e junho de 2022

Camille Lima
Camille Lima
16 de agosto de 2022
13:17 - atualizado às 13:45
O bilionário Warren Buffett, dono do conglomerado de investimentos Berkshire Hathaway (BERK34)
NÃO USAR - O bilionário Warren Buffett - Imagem: CNBC/Getty Images

A economia dos Estados Unidos é tema de preocupação a investidores do mundo inteiro. Afinal, a terra do Tio Sam enfrenta o feroz dragão da inflação, um banco central disposto a colocar o pé no acelerador dos juros e um fantasma da recessão que não parece disposto a ir embora. Mas, ao que parece, esse conjunto de incertezas não preocupa Warren Buffett.

Apesar de ter desacelerado o ritmo de compras durante o segundo trimestre de 2022, comprando US$ 6,2 bilhões em ações no período — contra US$ 51,1 bilhões em aquisições no trimestre anterior —, o Oráculo de Omaha deu novos votos de fé na economia norte-americana. 

A Berkshire Hathaway elevou seus investimentos em empresas dos EUA, como Apple e Activision Blizzard, entre abril e junho, de acordo com documento enviado à SEC (a CVM norte-americana) na segunda-feira (15).

O conglomerado ainda vendeu US$ 2,3 bilhões em ações no último trimestre, reduzindo as fatias na General Motors, US Bancorp e Kroger e desfazendo totalmente as posições na Verizon e Royalty Pharma.

Warren Buffett e a Apple

A Apple pode até ter enfrentado certas dificuldades no segundo trimestre de 2022, vendo seu lucro líquido encolher mais de 10% entre abril e junho, a US$ 19,4 bilhões.

Porém, nada disso impediu que Warren Buffett aproveitasse para dar mais uma mordida na empresa da maçã.

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Um dos maiores nomes de tecnologia do mundo e dos Estados Unidos, a Berkshire elevou os investimentos na Apple para US$ 125,1 bilhões. 

Até o dia 30 de junho, a holding detinha 3,9 milhões de ações AAPL, negociadas na bolsa de valores norte-americana Nasdaq.

Isso faz com que a companhia torne-se o maior investimento na carteira de ações de US$ 328 bilhões do conglomerado de Buffett.

Investimento em jogos

A Berkshire Hathaway ainda aumentou a participação no setor de jogos. 

Segundo o documento arquivado na SEC, a fatia da holding de Warren Buffett na Activision Blizzard subiu para 68,4 milhões de ações, totalizando US$ 5,3 bilhões.

Segundo a Reuters, o investimento de Buffett aposta que os investidores estão pessimistas de que os reguladores aprovarão a proposta de aquisição da empresa pela Microsoft.

O negócio foi anunciado em meados de janeiro, a compra foi fechada por US$ 68,7 bilhões, a maior operação da história do setor de games.

Warren Buffett e o setor financeiro

A Berkshire evitou o setor financeiro durante os momentos mais críticos da pandemia da covid-19. Nos últimos dois anos, a holding desfez posições em grandes bancos como o JP Morgan, o Goldman Sachs e o Wells Fargo.

Porém, desde o primeiro trimestre de 2022, Warren Buffett se mostra interessado em elevar as apostas nas instituições financeiras norte-americanas.

A começar pela Ally Financial. Em questão de três meses, o conglomerado buffettiano triplicou os investimentos no banco para cerca de 30 milhões de ações, no montante de US$ 1,1 bilhão, considerando a cotação atual dos papéis.

A operação fez com que a Berkshire se tornasse um dos maiores acionistas do banco, de acordo com a Refinitiv, com 9,7% de participação.

Vale destacar que o setor financeiro tem forte presença no portfólio da empresa de investimentos de Buffett. Suas alocações no Bank of America e na American Express encontram-se entre as cinco maiores participações da carteira.

Ao fim do segundo trimestre deste ano, a Berkshire acumulou uma participação de US$ 32,2 bilhões no Bank of América, enquanto a fatia na American Express chega a US$ 21 bilhões.

As apostas da Berkshire Hathaway em petróleo

Outro sinal de que Warren Buffett está confiante com a economia dos Estados Unidos é a sua fome pelo setor de petróleo.

Atualmente, a Berkshire Hathaway possui mais de US$ 33 bilhões investidos em duas companhias petrolíferas, a Chevron e a Occidental Petroleum.

Durante o segundo trimestre, a holding comprou 2,3 ​​milhões de ações da Chevron, aumentando o valor de sua participação para US$ 23,7 bilhões.

Na Occidental Petroleum, o conglomerado acumulou 188 milhões de ações, rendendo uma fatia de 20,2% na produtora de petróleo e gás.

Agora que a empresa de Buffett atingiu uma participação maior que 20% na empresa, ela poderá incorporar uma parcela proporcional dos lucros da petrolífera em seus próprios ganhos.

Essa participação nos lucros se dá por meio da equivalência patrimonial, o mesmo método usado pela Berkshire na sua participação na Kraft Heinz, Pilot e Berkadia.

O que dizem os analistas

Para o economista e sócio da BRA, João Beck, a recessão nos Estados Unidos está precificada — e os operadores do mercado financeiro, como Warren Buffett, já aprenderam a lidar com a situação.

“A recessão já está precificada. A queda das bolsas norte-americanas já precifica uma recessão e talvez até algo pior, por conta da aversão ao risco”, disse Beck em entrevista ao Seu Dinheiro.

Desse modo, o economista acredita que Warren Buffett possui uma visão de investimento de longo prazo, que visa retorno entre uma década e 20 anos.

Os investimentos de Warren Buffett

Beck destaca os setores no qual a Berkshire Hathaway investiu durante o segundo trimestre. A começar pela compra de novas ações da Chevron e Occidental Petroleum.

Segundo o especialista, as duas petroleiras estão “em um timing muito favorável, por conta de preços de petróleo muito elevados”.

Em entrevista ao Seu Dinheiro, Beck explica que o aumento nos preços do petróleo não tem a ver apenas com a guerra na Ucrânia, mas sim com um contexto de problemas de oferta à frente — o que deve impulsionar as cotações por mais alguns anos. 

Em segundo lugar, vem a alocação de Buffett no setor financeiro, com destaque para nova aposta na Ally Financial, que deve se beneficiar do cenário de juros mais altos. 

Buffett confiante com a Berkshire

Por fim, o economista destaca a recompra de ações da Berkshire Hathaway, 

“Ele [Warren Buffett] usou mais dinheiro em caixa para comprar as próprias ações da Berkshire. Ou seja, é como se ele estivesse aumentando a posição em todas as ações que compõem a holding.” 

Na visão de João Beck, a operação é um sinal de que, na visão do Oráculo de Omaha, a carteira de ações que compõem a Berkshire “está muito barata em relação à sua previsão de balanços futuros”.

*Com informações de Financial Times e Markets

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