Warren Buffett e as pechinchas: Berkshire Hathaway aproveita queda do petróleo para aumentar fatia na Occidental Petroleum
Holding do megainvestidor investiu mais US$ 250 milhões na petroleira nesta semana e atingiu participação de 19,2% na gigante de energia

O petróleo pode estar em baixa, mas as apostas de Warren Buffett no setor estão cada vez mais altas. Apesar dos analistas do Goldman Sachs terem rebaixado as ações da Occidental Petroleum de “compra” para “neutra” na segunda-feira, o Oráculo de Omaha já aumentou a posição da Berkshire Hathaway na empresa.
A holding do megainvestidor investiu mais US$ 250 milhões na petroleira nesta semana para adquirir 4,3 milhões de ações, pagando um preço médio de US$ 58 por ação, de acordo com documento arquivado na SEC, a xerife do mercado nos EUA, na quarta-feira.
Warren Buffett e a Occidental Petroleum
Com a nova aquisição de papéis da produtora de petróleo, o conglomerado eleva a participação na Occidental para 19,2%, sendo detentor de quase 179,4 milhões de ações da produtora de petróleo e gás.
A posição na petroleira equivale ao montante de aproximadamente de US$ 10,4 bilhões, com base no preço das ações no fechamento da sessão de quarta-feira, de US$ 58,01.
Nos dois primeiros meses de 2022, a Berkshire acumulou uma posição de aproximadamente 3% na Occidental Petroleum e investiu cerca de US$ 9 bilhões em acréscimos desde então.
Vale destacar que, só entre 28 de fevereiro e 16 de março, a holding gastou aproximadamente US$ 7 bilhões em ações da petroleira.
Leia Também
Berkshire Hathaway pode conseguir participação nos lucros
Se a empresa de Buffett atingir uma fatia de 20% na empresa, ela poderá incorporar uma parcela proporcional dos lucros da petrolífera em seus próprios ganhos.
De acordo com a Reuters, analistas do mercado consultados pela Refinitiv projetam que o lucro líquido da Occidental deve superar os US$ 10 bilhões neste ano.
Essa participação nos lucros se dá por meio da equivalência patrimonial, o mesmo método usado pela Berkshire na sua participação de 26,6% na Kraft Heinz, além das fatias na Pilot e Berkadia.
Veja também: As ações com a maior 'promoção' da história? I Recessão global à vista: hora de investir na bolsa?
Garantias da Berkshire na Occidental
Além das ações ordinárias na petroleira, o conglomerado de Warren Buffett possui US$ 10 bilhões em ações preferenciais da Occidental, que pagam à Berkshire um dividendo de US$ 800 milhões por ano.
A holding ainda possui 83,9 milhões em garantias de subscrição a um custo fixo de US$ 5 bilhões.
A empresa recebeu as garantias em troca do financiamento de US$ 10 bilhões para a fusão da Occidental com a Anadarko Petroleum em 2019.
Essas garantias têm um preço de exercício de US$ 59,62 por ação — isto é, menos de US$ 2 abaixo do valor atual das ações da Occidental.
Caso os papéis avancem além do preço das garantias, a Berkshire Hathaway pode exercer as garantias e vender ações com lucro, mantê-las ou comprar mais papéis com desconto em relação ao preço de mercado.
O desempenho da Occidental nas bolsas
De acordo com a Forbes, a Occidental Petroleum é a ação com melhor desempenho no S&P 500 até agora em 2022 e acumulou valorização de 95% no ano devido ao aumento dos preços do petróleo este ano.
As ações da gigante da energia mais do que dobraram de preço nos primeiros cinco meses deste ano, impulsionada pela guerra na Ucrânia e pela alta dos preços dos combustíveis. No mês passado, os papéis despencaram cerca de 7%.
Já nesta semana, as ações acumulam baixa de 6,71% — sendo que, só nesta quinta-feira (14), o recuo é de 2,43% por volta das 14h20, puxadas pela brusca queda do petróleo, que caiu 10% na semana.
Hoje, os contratos futuros da commodity do tipo Brent — referência para o mercado internacional — operam em queda de 0,93% no mesmo horário, nos níveis prévios à invasão da Ucrânia pela Rússia.
A Occidental ainda possui BDRs negociados na bolsa de valores brasileira sob o ticker BERK34. Os ativos acumulam alta de 91,23% na B3 neste ano, apesar de serem negociados em desvalorização de 2,44% hoje.
O que dizem os analistas sobre a empresa em que Warren Buffett está investindo
Apesar das apostas de Warren Buffett, na segunda-feira, o Goldman Sachs rebaixou as ações da petroleira de “compra” para “neutra”, com um preço-alvo de US$ 70 para as ações, o que implica em um potencial de alta de aproximadamente 23,52% em relação ao preço atual.
"Enquanto continuamos a ver uma perspectiva atraente de fluxo de caixa livre, a avaliação da Occidental Petroleum parece menos atraente, especialmente em relação a outras empresas de energia”, disse Neil Mehta, analista do Goldman Sachs.
Para Mehta, a Occidental chegou a ter um "desempenho superior em relação aos pares". Porém, agora, outras ações de energia estão ficando cada vez mais atraentes.
*Com informações de Reuters, Forbes e Markets Insider
Na guerra de tarifas de Trump, vai sobrar até para o Google. Entenda o novo alerta da XP sobre as big techs
Ações das gigantes da tecnologia norte-americana podem sofrer com a taxação do republicano, mas a desvalorização do dólar oferece alívio nas receitas internacionais
Ibovespa come poeira enquanto S&P 500 faz história aos 6.300 pontos; dólar cai a R$ 5,5581
Papéis de primeira linha puxaram a fila das perdas por aqui, liderados pela Vale; lá fora, o S&P 500 não sustentou os ganhos e acabou terminando o dia com perdas
O Brasil não vale o risco: nem a potencial troca de governo em 2026 convence essa casa de análise gringa de apostar no país
Analistas revelam por que não estão dispostos a comprar o risco de investir na bolsa brasileira; confira a análise
Trump tarifa o Brasil em 50%: o que fazer agora? O impacto na bolsa, dólar e juros
No Touros e Ursos desta semana, o analista da Empiricus, Matheus Spiess, analisa os impactos imediatos e de médio prazo das tarifas para o mercado financeiro
Ibovespa cai, dólar sobe a R$ 5,57 e frigoríficos sofrem na bolsa; entenda o que impacta o setor hoje
Enquanto Minerva e BRF lideram as maiores perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (14), a Brava Energia desponta como maior alta desta tarde
Na batalha da B3, Banco do Brasil (BBAS3) volta a perder para o Itaú (ITUB4) em junho, mas segue à frente de Bradesco (BBDC4)
Em junho, as ações do banco estatal caíram para o quarto lugar em volume negociado na B3, segundo levantamento do DataWise+
Gestores de fundos imobiliários passam a ficar otimistas, após sentimento negativo do 1º semestre; saiba os motivos
Após pessimismo da primeira metade do ano, sentimento vira e volta para o campo positivo, com destaque para os setores de escritórios e aluguel residencial
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) se salvaram, mas não a Embraer (EMBR3); veja as maiores altas e quedas do Ibovespa na última semana
Bolsa brasileira sentiu o impacto do tarifaço de Trump, sobretudo sobre as empresas mais sensíveis a juros; BRF (BRFS3) fechou com a maior alta, na esteira da fusão com a Marfrig (MRFG3)
Trump volta a derrubar bolsas: Ibovespa tem a maior perda semanal desde 2022; dólar sobe a R$ 5,5475
A taxação de 35% ao Canadá pressionou os mercados internacionais; por aqui, a tarifa de 50% anunciada nesta semana pelo presidente norte-americano seguiu pesando sobre os negócios
BRPR Corporate Offices (BROF11) estabelece novo contrato de locação com a Vale (VALE3) e antecipa R$ 44 milhões
O acordo, no modelo atípico, define que a mineradora passará a ser responsável por todos os encargos referentes ao empreendimento localizado em Minas Gerais
XP aponta seis ações defensivas para enfrentar o novo choque de 50% imposto pelos EUA — e duas possíveis beneficiadas
Enquanto a aversão a risco toma conta do mercado, a XP lista seis papéis da B3 com potencial para proteger investidores em meio ao tarifaço de Trump
Ibovespa escapa da sangria após tarifas de Trump, mas cai 0,54%; dólar sobe a R$ 5,5452
Após o anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em 1 de agosto, algumas ações conseguiram escapar de uma penalização dos mercados
Embraer (EMBR3) não é a única a sofrer com as tarifas de Trump: as ações mais impactadas pela guerra comercial e o que esperar da bolsa agora
A guerra comercial chegou ao Brasil e promete mexer com os preços e a dinâmica de muitas empresas brasileiras; veja o que dizem os analistas
Um novo segmento para os fundos imobiliários? Com avanço da inteligência artificial, data centers entram na mira dos FIIs — e cotistas podem lucrar com isso
Com a possibilidade de o país se tornar um hub de centros de processamento de dados, esses imóveis deixam de ser apenas “investimentos diferentões”
O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%
A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato
A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar
Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024
Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros
FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria
Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira
O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora
Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações
A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora