O Vasco da Gama agora é Vasco da Grana: Conheça os detalhes da parceria do Gigante da Colina para transformar-se em Sociedade Anônima de Futebol
Veja também quem é a 777 Partners, empresa que ofereceu R$ 700 milhões por participação de 70% no futebol do clube

Desde os últimos dias de 2021, quando Cruzeiro e Botafogo tornaram-se os primeiros entre os grandes clubes brasileiros a se transformarem em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), a expectativa de que o Vasco da Gama seguisse pelo mesmo caminho era grande.
Pois o Gigante da Colina deu agora mais um passo rumo a uma reestruturação por meio da qual pretende se reerguer e evitar que as glórias do clube fiquem no passado.
O presidente do Vasco, Jorge Salgado, anunciou ontem um acordo por meio do qual a empresa norte-americana 777 Partners pretende investir R$ 700 milhões em troca do controle de 70% do futebol do clube carioca.
Vasco é estimado em R$ 1 bilhão
Na prática, o acordo estima o departamento de futebol do Clube de Regatas Vasco da Gama em R$ 1 bilhão.
O contrato assinado ontem em Miami, onde fica a sede da 777, prevê um empréstimo-ponte de R$ 70 milhões a ser abatido do valor total do negócio quando todos os trâmites burocráticos estiverem superados.
A direção do clube comemorou o acordo como o "maior já feito" envolvendo transformação em SAF no Brasil.
Leia Também
Entraves burocráticos
Mas é preciso correr. Pelo contrato, nem o Vasco nem a 777 podem negociar com outras partes por 90 dias.
Para que a SAF se concretize, o Conselho Deliberativo (CD) do Vasco precisa primeiro votar a cisão do departamento de futebol.
A direção do clube quer que a votação ocorra antes do Carnaval, mas a convocação depende de parecer favorável do Conselho Fiscal do clube.
Ocorra a votação ainda nesta semana ou na próxima, a expectativa dos observadores é de que o CD aprove o acordo.
Quinta temporada na Série B
Rebaixado pela quarta vez em 2020, o Vasco não conseguiu voltar à Série em 2021 e participará neste ano de sua quinta temporada na Série B do Campeonato Brasileiro.
Para os clubes considerados grandes no futebol brasileiro, um rebaixamento tem profundo impacto financeiro.
Obrigados a manter elencos competitivos — e, também por isso, caros — a queda desencadeia uma espiral de endividamento que torna ainda mais complicada a recuperação desses clubes, seja no âmbito financeiro ou esportivo.
Não por coincidência, as três SAFs envolvendo gigantes do futebol brasileiro são protagonizadas por clubes que estavam na Série B em 2021: Cruzeiro, Botafogo e Vasco. Do trio, apenas o Botafogo subiu.
Voltando à SAF do Vasco
Depois que o CD aprovar o acordo, a 777 terá uma semana para depositar os R$ 70 milhões do empréstimo-ponte.
De acordo com o Globo Esporte, porém, há um acordo informal entre o clube e a empresa para que o dinheiro caia na conta vascaína já no dia seguinte à aprovação.
Há ainda dúvidas em relação à validade jurídica das aprovações. Como os estatutos dos clubes não foram redigidos com a expectativa de venda ou cisão, não está claro se o acordo precisará ser submetido ainda à Assembleia Geral do clube.
Em seguida, ainda será necessário realizar uma diligência nas contas do clube antes da redação do contrato definitivo.
Principais pontos do acordo
- a 777 Partners vai investir R$ 700 milhões no futebol vascaíno;
- a SAF ficará responsável por toda a dívida do clube, estimada em R$ 732 milhões; e
- o Vasco alugará o estádio de São Januário para a SAF por 50 anos (prorrogáveis por mais 50).
Quem é a 777 Partners
A 777 Partner foi fundada em 2015 em Miami, Estados Unidos.
A empresa mantém investimentos em diferentes ramos, da aviação ao entretenimento, passando por seguros, serviços financeiros e mídia.
No futebol, a 777 Partners comprou 100% do Genoa (Itália) e mantém participação minoritária no Sevilla, atual vice-líder do Campeonato Espanhol, à frente de potências como Barcelona e Atlético de Madri.
Ainda falando do esporte, a norte-americana mantém investimentos na Fanatiz, um serviço de streaming que transmite campeonatos para os EUA, e na 1190 Sports, responsável pela venda de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro.
Outros grandes observam
A expectativa é de que, pelo menos por algum tempo, o Vasco seja o último entre os grandes clubes brasileiros, a transformar-se em SAF.
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro acreditam que o porte dos clubes brasileiros faz diferença na hora de se decidir pela possibilidade de transformação em Sociedade Anônima do Futebol. Mas não só.
À medida que mais informações sobre as SAFs vêm à tona, fica mais claro que a cisão entre a área social e o departamento de futebol é mais interessante para clubes pequenos e médios do que para os grandes.
“Ainda é um mercado novo, mas, neste primeiro momento, a transformação em Sociedade Anônima de Futebol parece um caminho mais vantajoso para os clubes pequenos e médios, principalmente se a finalidade do investidor for o lucro”, disse Carlos Aragaki, sócio responsável pela área de Esporte Total da BDO.
Nas transações envolvendo os grandes, o que eles parecem ter em comum é uma situação financeira periclitante aliada a uma grande dificuldade de geração de caixa.
“Quem bate primeiro na porta são os que precisam de reestruturação”, diz Eduardo Perazza, sócio da área de contencioso do Machado Meyer Advogados. “Os dirigentes dos outros clubes estão monitorando a situação, principalmente a reação dos torcedores.”
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real
Bradesco (BBDC4) surpreende, mas o pior ficou para trás na Cidade de Deus? Mercado aumenta apostas nas ações e diretor revela o que esperar
Ações disparam após balanço e, dentro da recuperação “step by step”, banco mira retomar níveis de rentabilidade (ROE) acima do custo de capital
Despedida da Wilson Sons (PORT3) da bolsa: controladora registra OPA; veja valor por ação
Os acionistas que detém pelo menos 10% das ações em circulação têm 15 dias para requerer a realização de nova avaliação sobre o preço da OPA
A Vamos (VAMO3) está barata demais? Por que Itaú BBA ignora o pessimismo do mercado e prevê 50% de valorização nas ações
Após um evento com os executivos, os analistas do banco reviram suas premissas e projetam crescimento de lucro para 2025 e 2026
A notícia que derruba a Braskem (BRKM5) hoje e coloca as ações da petroquímica entre as maiores baixas do Ibovespa
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o empresário Nelson Tanure falaram sobre o futuro da companhia e preocuparam os investidores
T4F (SHOW3) propõe pagar R$ 1,5 milhão para encerrar processo sobre trabalho análogo à escravidão no Lollapalooza, mas CVM rejeita
Em 2023, uma fiscalização identificou que cinco funcionários da Yellow Stripe, contratada da T4F para o festival, estavam dormindo no local em colchonetes de papelão
Em meio ao ânimo com o Minha Casa Minha Vida, CEO da Direcional (DIRR3) fala o que falta para apostar mais pesado na Faixa 4
O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo sobre a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, expectativas para a empresa, a Riva, os principais desafios para a companhia e o cenário macro
Petrobras (PETR4) respira: ações resistem à queda do petróleo e seguem entre as maiores altas do Ibovespa hoje
No dia anterior, a estatal foi rebaixada por grandes bancos, que estão de olho das perspectivas para os preços das commodity
AgroGalaxy (AGXY3) reduz prejuízo no 1T25, mas receita despenca 80% em meio à recuperação judicial
Tombo no faturamento decorre do cancelamento da carteira de pedidos da safrinha de milho, tradicionalmente o principal negócio do período para distribuidoras de insumos agrícolas