A Oi (OIBR3) finalmente pode dar mais um passo para a venda do seu negócio de telefonia móvel para as rivais depois que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu o aval para a operação.
A venda da Oi Móvel para a Claro, Vivo e TIM foi fechada em dezembro de 2020 por R$ 16,5 bilhões, mas a aprovação pelas autoridades regulatórias demorou a chegar.
A companhia em recuperação judicial informou na manhã desta terça-feira (22) que a incorporação da Oi Móvel pela empresa foi implementada e efetivada.
A incorporação foi aprovada em assembleia de acionistas em janeiro, mas dependia do aval dos reguladores para ir adiante.
A divisão da Oi Móvel entre as rivais levará a uma nova configuração do mercado brasileiro, com a Vivo passando de uma participação de 33% para 37%; TIM, de 23% para 32%; e Claro, de 26% para 29%.
Apesar da aprovação (apertada) da venda do negócio de telefonia celular e da perspectiva da entrada de recursos no caixa da companhia, as ações da Oi (OIBR3) acabaram não reagindo.
No pregão de hoje, por volta das 12h55, os papéis eram negociados em alta de 1,24%, cotados a R$ 0,82, acumulando queda de 59,41% nos últimos 12 meses.
Aprovação do negócio
A operação já tinha sido aprovada pelos acionistas da Oi durante uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) no final de janeiro, com condições como a anuência da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e de debenturistas.
Alguns dias depois da assembleia, a incorporação recebeu a anuência prévia da Anatel. Assim que as condições precedentes foram verificadas, o negócio pode ser efetivado.
Processo de reestruturação da Oi
De acordo com a Oi, a operação faz parte do seu plano de reestruturação organizacional das unidades de negócios e constitui uma das etapas do processo.
A companhia destacou que a incorporação tem como objetivo “potencializar sinergias e incrementar os resultados”.
Vale lembrar que o negócio não gera um aumento do patrimônio líquido da empresa, uma vez que o balanço financeiro da Oi já considera o R$ 1,07 bilhão da Oi Móvel.
Aliás, falando em ações da Bolsa, vale destacar que o Seu Dinheiro fez uma entrevista exclusiva com o Edward Cole, diretor executivo de investimentos discricionários na Man GLG, parte do Man Group, maior gestora de fundos de hedge da Europa, que alertou que a entrada de capital estrangeiro na B3 - que tem feito o Ibovespa - subir 8% em 2022, não é sustentável.
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