🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Redecorando a casa

Mobly (MBLY3) em disparada: como a compra do controlador afeta as ações da empresa?

As ações da Mobly (MBLY3) chegaram a saltar mais de 30% com a notícia envolvendo a possível troca de controlador; entenda as implicações

Victor Aguiar
Victor Aguiar
6 de outubro de 2022
15:17
Fachada da loja física da Mobly (MBLY3)
Loja da Mobly na Vila Arens/Vila Progresso. Jundiaí - SP. - Imagem: Divulgação / Mobly

A Mobly (MBLY3) era um dos patinhos feios da última safra de IPOs: desde a abertura de capital, em fevereiro de 2021, suas ações amargavam uma desvalorização de mais de 85%. Mas a varejista de móveis começa a ensaiar o voo do cisne na B3, tudo graças à fusão entre duas empresas da Europa — uma delas, a sua controladora.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por volta de 14h00, os papéis MBLY3 disparavam 26%, a R$ 3,90; nas máximas do dia, chegaram a saltar 37%, sendo negociadas a R$ 4,27. É o maior patamar de preço desde maio deste ano.

E esse movimento está ligado a uma novidade potencialmente benéfica para a companhia brasileira: a alemã home24 SE, dona de 51% do capital da Mobly, será comprada pelo grupo austríaco XXXLutz KG, o terceiro maior varejista de móveis do mundo.

Ou, em outras palavras: a Mobly pode ter um novo acionista de referência, com disposição para injetar ânimo em suas operações. A home24 está longe de seus melhores dias — somente no primeiro semestre desse ano, os alemães viram a receita líquida cair 10% e queimaram mais de 70 milhões de euros do caixa.

A situação econômica do velho continente, afinal, não é nada favorável: o sentimento do consumidor está em tendência de baixa e a inflação, em alta — tendências que também são vistas na Alemanha. E, num cenário como esse, redecorar a casa deixa de ser a prioridade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas o que exatamente está em negociação entre as duas empresas europeias, e quais os potenciais desdobramentos dessa operação para a Mobly? A percepção do mercado é a de que há incertezas quanto ao futuro; ainda assim, quaisquer possibilidades derivadas da compra da home24 são positivas para a empresa brasileira.

Leia Também

Mesmo com a forte valorização desta quinta (6), as ações da Mobly (MBLY3) ainda estão no vermelho no acumulado do ano (Fonte: B3)

Mobly (MBLY3): troca de controlador

Antes de qualquer coisa, vamos à Europa: a XXXLutz fez uma oferta hostil para comprar 100% da home24, ao preço de 7,50 euros por ação — um prêmio de 124% em relação às cotações de fechamento da empresa alemã no pregão de quarta (5).

Mais que isso: os austríacos também se comprometeram com um aumento de capital de cerca de 23 milhões de euros (R$ 120 milhões), injetando dinheiro novo nas operações. Considerando esses termos, os alemães aceitaram a proposta, para a surpresa de pouca gente.

"Estamos convencidos de que, em conjunto com a XXXLutz, aumentaremos de maneira significativa a nossa robustez e presença no mercado de móveis", disse Marc Appelhoff, CEO da home24. "O fato de conseguirmos atrair um investidor forte e estratégico, em tempos de tensões globais e depressão no sentimento econômico, é um voto de confiança em nosso modelo de negócios".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Marc Appelhoff, diga-se, também ocupa o cargo de presidente do conselho de administração da Mobly (MBLY3) — basicamente, a empresa é o braço de atuação da home24 no Brasil, servindo como plataforma para fora do mercado europeu.

Uma vez concluída a operação, ocorrerá uma mudança no capital social da Mobly: sai a home24 e entra a XXXLutz como acionista de referência da companhia. E é neste ponto que residem os maiores potenciais de valorização das ações MBLY3.

Distribuição do capital social da Mobly (MBLY3); Victor Noda, Marcelo Marques e Mário Fernandes fazem parte da diretoria executiva da empresa (Fonte: Mobly)

MBLY3: vai ter OPA?

Há duas maneiras de se analisar os eventuais impactos que essa transação poderá trazer para a Mobly (MBLY3): o lado qualitativo e o quantitativo. Comecemos pela questão principal — se a XXXLutz precisará ou não fazer uma oferta pública de aquisição (OPA) aos acionistas da empresa brasileira.

Afinal, a transação implica numa troca indireta de controle para a Mobly: a XXXLutz passará a ter os 51,16% que atualmente são detidos pela home24, uma vez concluída a compra. Dito isso, ainda não há resposta; a CVM precisará analisar o caso e determinar se é necessário ou não disparar uma operação do tipo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Caso se decida que sim, é preciso fazer uma OPA, pode-se assumir algumas premissas. Considerando o prêmio de 124% pago pela XXXLutz para comprar a home24, é razoável imaginar que parte desses múltiplos também se estendem à Mobly, considerando sua importância estratégica na carteira da empresa alemã.

Mas e se a CVM entender que não é necessário fazer a OPA? Bem, nesse caso, a Mobly fará parte do portfólio da XXXLutz, e caberá aos austríacos decidirem o que fazer — ficar com as operações no Brasil ou procurar um comprador.

XXXLutz, Mobly e expansão

A XXXLutz tem um faturamento anual de 5,34 bilhões de euros (cerca de R$ 27,3 bilhões). Conta com mais de 370 lojas, espalhadas por 13 países europeus, e conta com mais de 25 mil empregados — um gigante global no varejo de móveis e que está em fase de expansão.

"Internacionalização é a chave para o sucesso", diz o site institucional do grupo austríaco, ressaltando, em determinado ponto, que a "abertura consistente" para novos mercados é parte da estratégia. Nesse sentido, a Mobly (MBLY3) pode ser um atrativo: o Brasil e a América Latina ainda são territórios inexplorados pela empresa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em termos operacionais, a Mobly tem uma posição de destaque no portfólio da home24. Basta olhar para as métricas de caixa: os alemães fecharam o mês de junho com uma posição de liquidez 65,7 milhões de euros (pouco mais de R$ 330 milhões); a empresa brasileira, sozinha, tinha R$ 203 milhões.

"A home24 estava com problemas, isso impediu que ela crescesse lá fora, impediu a Mobly de crescer também. Era um controlador manco, capenga", diz um gestor de um fundo de investimentos que possui ações da companhia na carteira. "[A XXXLutz] é um novo sócio, com bolso fundo".

E mesmo se os austríacos optarem por vender a Mobly, as perspectivas parecem positivas para os detentores de ações MBLY3, considerando o desconto visto nos papéis: a empresa era avaliada em R$ 330 milhões na bolsa; descontada a posição de caixa, o valor de mercado seria de menos de R$ 130 milhões.

Em sua estreia na B3, em fevereiro de 2021, as ações MBLY3 valiam R$ 21,00, o que conferia à empresa um market cap de R$ 2,2 bilhões na ocasião. "Qualquer cenário tem upside", diz o gestor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mesmo com o salto do momento, a Mobly ainda acumula perdas de cerca de 25% em 2022. Na Alemanha, as ações da home24 (H24.DE) fecharam o pregão em alta de 125%, a 7,48 euros — um ajuste quase exato para os termos propostos pela XXXLutz.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
NUCEL VEIO COM TUDO

Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda

15 de dezembro de 2025 - 13:45

Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor

PREPAREM O BOLSO

Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas

15 de dezembro de 2025 - 13:23

Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos

EFEITO DO APAGÃO

Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões

15 de dezembro de 2025 - 12:40

Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão

HORA DE COMPRAR

Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025

15 de dezembro de 2025 - 11:59

Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?

QUEM PAGA A CONTA?

Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar

15 de dezembro de 2025 - 11:17

O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça

NOVA LIDERANÇA

Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando

15 de dezembro de 2025 - 10:44

Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica

DA CONCESSÃO AOS APAGÕES

São Paulo às escuras: quando a Enel assumiu o fornecimento de energia no estado? Veja o histórico da empresa

14 de dezembro de 2025 - 18:19

Somente no estado, a concessionária atende 24 municípios da região metropolitana, sendo responsável por cerca de 70% da energia distribuída

SP SEM LUZ

Concessão da Enel em risco: MP pede suspensão da renovação, e empresa promete normalizar fornecimento até o fim do dia

14 de dezembro de 2025 - 11:13

O MPTCU defende a divisão da concessão da Enel em partes menores, o que também foi recomendado pelo governador de São Paulo

SOB PRESSÃO

Cemig (CMIG4) promete investir cifra bilionária nos próximos anos, mas não anima analistas

13 de dezembro de 2025 - 16:33

Os analistas do Safra cortaram o preço-alvo das ações da empresa de R$ 13,20 para R$ 12,50, indicando um potencial de alta de 13% no próximo ano

PROCESSO DE REETRUTURAÇÃO

Casas Bahia (BHIA3) avança em mudança de estrutura de capital e anuncia emissão de R$ 3,9 bilhões em debêntures

13 de dezembro de 2025 - 15:40

Segundo o documento, os recursos obtidos também serão destinados para reperfilamento do passivo de outras emissões de debêntures ou para reforço de caixa

EM RESTRUTURAÇÃO

Azul (AZUL4) avança no Chapter 11 com sinal verde da Justiça dos EUA, e CEO se pronuncia: ‘dívida está baixando 60%’

13 de dezembro de 2025 - 13:26

Com o plano aprovado, grande parte da dívida pré-existente será revertida em ações, permitindo que a empresa levante recursos

LUZ NO FIM DO TÚNEL

Bancos oferecem uma mãozinha para socorrer os Correios, mas proposta depende do sinal verde do Tesouro Nacional

13 de dezembro de 2025 - 10:28

As negociações ganharam fôlego após a entrada da Caixa Econômica Federal no rol de instituições dispostas a emprestar os recursos

SEXTOU

Mais de R$ 9 bilhões em dividendos e JCP: Rede D’Or (RDOR3) e Engie (EGIE3) preparam distribuição de proventos turbinada

12 de dezembro de 2025 - 19:57

Os pagamentos estão programados para dezembro de 2025 e 2026, beneficiando quem tiver posição acionária até as datas de corte

MERCADO DE AÇÕES VAI ESQUENTAR?

BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira

12 de dezembro de 2025 - 19:15

A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?

NAS PASSARELAS DO MERCADO

Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?

12 de dezembro de 2025 - 18:01

Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo

OS NEGÓCIOS DE SILVIO

O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso

12 de dezembro de 2025 - 16:51

Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano  

CHOQUE NO BOLSO

Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia

12 de dezembro de 2025 - 16:15

Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo

EFEITO MONSTER

De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário

12 de dezembro de 2025 - 14:33

A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho  

TENTA SE REERGUER

Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão

12 de dezembro de 2025 - 14:01

Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial

ALGUNS BILHÕES MENOS RICO

Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA

12 de dezembro de 2025 - 10:56

A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar