Com vendas em alta no exterior e em queda no Brasil, Grendene (GRND3) vê receita bruta e lucro líquido diminuírem no primeiro trimestre de 2022
Efeitos da internacionalização da Grendene atenuaram o cenário de consumo mais fraco no mercado brasileiro de calçados
As iniciativas da Grendene (GRND3) para internacionalizar suas marcas de calçados já começam a se fazer percebidas no balanço da companhia.
As vendas da dona das marcas Rider, Melissa e Ipanema no exterior cresceram no primeiro trimestre de 2022.
Entretanto, a alta nas vendas lá fora foi insuficiente para anular a queda no mercado interno e a Grendene registrou queda tanto na receita bruta quanto no lucro líquido. A pressão sobre os custos e a variação cambial negativa também pesaram sobre o resultado.
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui.
Lucro líquido da Grendene cai 2,9%
O lucro líquido da Grendene recuou 2,9% no primeiro trimestre de 2022 na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 125,3 milhões. Já o lucro líquido recorrente recuou 4,9% no período.
Em termos de receita, as exportações da Grendene aumentaram 16,4% nos primeiros três meses deste ano. Entretanto, as vendas no mercado interno recuaram 8,9%, para R$ 429,9 milhões.
Em moeda estrangeira, a receita com exportações subiu 21,4%, para US$ 38,4 milhões. Ao ser contabilizado no balanço, porém, o resultado foi afetado pela queda de 4,4% no dólar médio no período.
Leia Também
Vendas no exterior crescem; no Brasil, caem
As vendas de calçados da Grendene fora do Brasil aumentaram 18,9%, atingindo 9,7 milhões de pares.
No mercado interno, entretanto, as marcas da calçadista gaúcha venderam 30,4% menos pares, passando de 27,3 milhões no primeiro trimestre do ano passado para 18,9 milhões nos primeiros três meses de 2022.
No total, as vendas da Grendene em milhões de partes caíram 19,1%.
Ao mesmo tempo, o preço médio por par vendido cresceu 21% no período, passando de R$ 18,22 entre janeiro e março do ano passado para R$ 22,05 no primeiro trimestre deste ano.
O destaque ficou por conta da marca Melissa, informou a Grendene.
Ambiente econômico desafiador prevalece
A Grendene, cujas ações sobem mais de 11% no acumulado do ano, atribui o resultado do primeiro trimestre a uma conjunção de fatores:
- cenário de consumo mais fraco no mercado brasileiro;
- vendas no varejo abaixo do esperado no Natal de 2021;
- antecipação das compras para evitar impacto de reajuste de preço; e
- forte base de comparação com primeiro trimestre do ano passado.
Efeitos da internacionalização da Grendene
O processo de internacionalização da Grendene está mais evidente hoje do que há um ano.
No primeiro trimestre de 2021, o volume de pares embarcados representava pouco mais de um quarto do faturamento total da calçadista (26,8%).
Ao término de março de 2022, as exportações representavam quase um terço do faturamento (31,9%).
Ainda de acordo com a Grendene o número de países que passaram a comprar seus produtos cresceu 8% no período.
A mesmo tempo, a empresa afirma ter notado uma tendência de migração das importações de calçados da China para o Brasil, especialmente no mercado norte-americano.
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%