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Estadão Conteúdo
Pé no exterior

Após parceria com 3G Capital, Grendene (GRND3) pisa no acelerador para expansão internacional

O mercado global de calçados movimenta US$ 365 bilhões ao ano; desse total, 40% estão nos quatro países nos quais a nova empresa vai focar a distribuição de produtos da Grendene

Grendene Navio Containers Rider Ipanema Melissa
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Tradicional indústria calçadista e dona de marcas como Melissa, Ipanema e Rider, a gaúcha Grendene (GRND3) está pronta para colocar o pé no acelerador em sua atuação internacional depois de anunciar, na semana passada, uma parceria com a 3G Radar. A gestora de recursos independente é ligada à 3G Capital, dos fundadores da Ambev - Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

Com sede no Reino Unido, a empresa Grendene Global Brands será responsável por distribuir produtos da calçadista em mercados como EUA, Canadá, China e Hong Kong.

A escolha desses países foi definida por uma estratégia trazida por profissionais com experiência na AB Inbev. Na presidência do negócio estará Gustavo Assumpção, que atuou 16 anos na multinacional cervejeira. A intenção da Grendene é avançar no mercado internacional no momento em que a indústria calçadista brasileira enfrenta dificuldades para voltar ao patamar pré-pandemia, além de ficar mais conhecida entre investidores estrangeiros.

De olho no mercado internacional

O mercado global de calçados movimenta US$ 365 bilhões ao ano. Desse total, 40% estão nos quatro países nos quais a nova empresa vai focar a distribuição de produtos da Grendene. "Já temos boa representatividade no mercado nacional, mas o internacional é 33 vezes maior", diz o diretor de relações com investidores da Grendene, Alceu Albuquerque.

"No interno, vamos incrementar a participação de mercado marginalmente, mas não haverá mudança significativa no comportamento do brasileiro."

O setor calçadista prevê crescimento médio de 12,2% no País em 2021 e de 2,6% em 2022. Para o próximo ano, a área de inteligência de mercado da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) estima que serão produzidos 879 milhões de pares, 22 milhões a mais do que a projeção para este ano.

Mesmo assim, a atividade ainda ficaria 6% abaixo dos níveis pré-pandemia, em 2019. Portanto, as exportações devem continuar a ser o motor do crescimento. Segundo as projeções, o volume de exportações no ano que vem deve crescer 5,1%, alta de 7% ante o resultado de 2019. Com esses números, o porcentual de exportação da produção nacional de calçados deve passar de 12% para 14%.

Caso a 3G Radar consiga ampliar as exportações da Grendene, atingindo metas, a gestora poderá ampliar sua fatia na calçadista para até 12%. Hoje, o fundo detém 6,97% da companhia. Esse aumento da parcela da 3G, porém, não vai diluir a fatia dos acionistas minoritários, já que deve sair diretamente da participação da família controladora.

Ao ganhar musculatura, a empresa pretende ser uma consolidadora do setor globalmente. "Será uma consequência natural de construirmos uma plataforma global de distribuição eficiente", diz Albuquerque.

As negociações para formação dessa parceria foram anunciadas em julho. As duas companhias aportarão até US$ 50 milhões na nova empresa, na proporção das respectivas participações, até 30 dias contados da data de assinatura do acordo de acionistas.

A Grendene Global será controlada e gerida pela 3G Radar, que deterá 50,1% do capital do negócio e indicará três membros do conselho administrativo. Já a Grendene deterá 49,9% e indicará dois membros.

Reação

Mesmo com a parceria, a XP manteve a recomendação neutra para os papéis da Grendene, com preço-alvo de R$ 10,70. "Enxergamos a notícia como marginalmente positiva na medida em que a parceria pode vir a promover otimização das operações internacionais da Grendene, tanto do ponto de vista de volume de vendas quanto de rentabilidade", afirmam os analistas Larissa Pérez e Rafael Barros.

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