GPA (PCAR3) quer incorporar aplicativo James para dar gás nas entregas e cortar custos

O Grupo Pão de Açúcar segue buscando formas de enxugar a sua operação e aumentar a eficiência da sua estrutura societária. Depois da bem sucedida cisão do Assaí (ASAI3), venda da marca Extra e estudos para a separação do Grupo Éxito de seus negócios, a reestruturação chegou ao app de entregas James. 

Em fato relevante divulgado nesta quarta-feira (17), o GPA informou que pretende incorporar integralmente o aplicativo de entregas rápidas ao seu negócio. O objetivo é fortalecer a logística das vendas feitas em seus canais digitais e a redução de custos administrativos. 

A ideia é que o app hoje utilizado para a realização de pedidos seja descontinuado, com a estrutura de entregas hoje existente sendo aplicada às outras marcas geridas pelo grupo — principalmente na modalidade de ultraconveniência, em que as mercadorias chegam ao cliente em menos de 90 minutos.

A operação não envolverá um aumento de capital. Como única acionista do James, o patrimônio da subsidiária será incorporado por meio da liquidação das cotas atuais. Assim, o patrimônio líquido da companhia e seus valores contábeis passarão a ser listados como ativos e passivos no balanço do GPA. 

O custo da operação deve ser de R$ 226 mil para pagamento de despesas com publicações, auditores, avaliadores, advogados e demais profissionais contratados para assessorar a operação. 

O GPA espera colher frutos como a melhora da estrutura societária, redução de custos administrativos e geração de valor aos acionistas, mas o processo de integração pode esbarrar em dificuldades operacionais. Caso isso ocorra, não será possível concluir com êxito a operação. 

O tema será discutido na assembleia de acionistas que será realizada em 16 de dezembro. 

Vale a pena comprar GPA (PCAR3)

Em mais um dia de forte queda para o Ibovespa, as ações PCAR3 tombam mais de 6%. Por volta das 12h30, o recuo era de 6,47%, a R$ 18,38. Acompanhe a nossa cobertura de mercados.

Para Rafael Passos, sócio-analista da Ajax Capital, o movimento de queda está mais relacionado ao ambiente macroeconômico desafiador. Com a forte alta dos juros futuros, o mercado parece estar se posicionando em ativos mais defensivos (como commodities) e deixando de lado ativos de consumo. 

O analista, no entanto, pontua que as ações do GPA estão em patamar atrativo, mas a falta de visibilidade no cenário macro dificulta e leva a uma reprecificação dos ativos. 

Das 13 recomendações para os papéis consolidadas pela plataforma TradeMap, sete são neutras e seis são de compra. O preço-alvo para os papéis varia de R$ 19 a R$ 39, entre 2,93% a 111,27% de potencial de alta. 

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Jasmine Olga

jolga@seudinheiro.com

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo