Elon Musk tem até o fim do mês para fechar a compra do Twitter — e ainda precisa encontrar novas fontes de financiamento
Após as companhias de investimento que estavam em negociação com Musk voltarem atrás, o empresário terá até 28 de outubro para encontrar novos financiadores

Se é que existe alguma espécie de “roteirista” da vida real, ele realmente pegou pesado quando escreveu a série de Elon Musk com o Twitter. A história contou com a renovação de mais “temporadas” do que o esperado, e se estende há seis meses.
Mas, para a felicidade (ou não) dos espectadores, a novela finalmente tem data para acabar: o CEO da Tesla precisa fechar a compra da rede social até o fim do mês caso queira escapar dos tribunais.
Um juiz do Tribunal de Equidade de Delaware, nos Estados Unidos, determinou que o bilionário terá até 28 de outubro para efetivar o negócio com o Twitter — e agora Musk corre contra o relógio para encontrar novas fontes de financiamento para bancar a aquisição.
Como Elon Musk vai pagar pelo Twitter?
Quando Elon Musk anunciou a compra do Twitter por US$ 44 bilhões, levantou-se o questionamento: como o bilionário iria bancar o negócio? Afinal, a fortuna do bilionário está concentrada em ações da Tesla e ativos de baixa liquidez.
O CEO da Tesla garantiu que, desse montante, cerca de US$ 21 bilhões viriam da sua própria fortuna, o que provocou especulações de que ele teria de vender uma parcela significativa da sua participação na fabricante de veículos elétricos.
Isso porque, no fim de 2021, Musk vendeu o equivalente a US$ 16 bilhões em ações da Tesla para ajudar a pagar uma conta de US$ 11 bilhões em impostos.
Leia Também
Já em abril deste ano, desfez-se de outros US$ 4 bilhões em papéis da companhia, enquanto, em agosto, o bilionário desovou mais US$ 6,88 bilhões em ações da Tesla.
Na época, o Apollo Global Management, fundo dono do Yahoo, anunciou que estava disposto a participar do negócio como financiador, mas não havia escolhido para quem emprestaria o dinheiro.
Um mês depois, o executivo anunciou que havia garantido US$ 27,5 bilhões em financiamento, incluindo uma generosa fatia de US$ 1,9 bilhão do príncipe Alwaleed bin Talal, da Arábia Saudita.
Tic-tac, Elon Musk
De acordo com fontes familiarizadas à Bloomberg, Elon Musk estava em busca de conseguir até US$ 6 bilhões de investidores de ações preferenciais, na tentativa de diminuir o valor que ele mesmo teria que desembolsar para pagar a compra bilionária do Twitter.
O financiamento para o negócio ainda incluía cerca de US$ 13 bilhões em dívidas, fornecidos por um grupo de bancos liderados pelo norte-americano Morgan Stanley.
Na última quarta-feira (05), porém, a Reuters informou que as companhias de investimento que estavam inicialmente dispostas a ajudar Musk a fechar a compra da rede social agora já não pretendem emprestar dinheiro para o bilionário.
Segundo a Bloomberg, o interesse em participar das negociações através de empréstimos bilionários teria acabado há meses, já na época em que o CEO da Tesla havia desistido, pela primeira vez, da aquisição.
Entre os financiadores por meio de capital preferencial, estavam o fundo Apollo Global Management — uma das maiores empresas de private equity (que investe em participações em companhias) do mundo — e a Sixth Street.
Ou seja: Elon Musk está sob um prazo apertado, e terá que encontrar novas fontes de financiamento — e rápido — para evitar o julgamento.
Afinal, até então, a data da audiência era 17 de outubro, mas, após um novo apelo da equipe de Musk ao Tribunal de Delaware, o bilionário conseguiu um leve acréscimo, até o dia 28, para concluir a compra do Twitter.
As discussões entre Musk e o Twitter
Acontece que a busca por novos financiadores não é a única coisa com que Elon Musk deve se preocupar.
Há algum tempo, o CEO da Tesla e a empresa de mídia social travam diversas batalhas em uma batalha judicial, sendo a questão mais recente, o cancelamento dos litígios pelo Twitter.
Isso porque o bilionário afirma que, como ele seguirá em frente com o acordo de compra da plataforma, os processos deveriam ser encerrados.
“Surpreendentemente, eles [a equipe do Twitter] insistiram em prosseguir com este litígio, imprudentemente colocando o negócio em risco e jogando com os interesses de seus acionistas”, disse o lado do empresário, em documento judicial.
A rede social, por sua vez, negou o pedido, alegando que Musk e sua equipe estavam sendo falsos.
“‘Confie em nós’, eles dizem, ‘nós queremos dizer isso desta vez’, e então eles pedem para ser dispensados de um acerto de contas sobre os méritos. Para justificar essa liberação, eles propõem uma ordem que lhes permitiria um tempo indefinido para fechar o negócio, com base na retirada condicional de seus avisos de rescisão ilegais, juntamente com uma reserva explícita de todas as ‘reivindicações e defesas no caso de um fechamento não ocorrer’”, respondeu o lado do Twitter.
A disputa legal do Twitter
Há algum tempo, Elon Musk e o Twitter travam uma intensa disputa nos tribunais relacionada à aquisição de US$ 44 bilhões da plataforma pelo CEO da Tesla.
Inicialmente, o bilionário entrou na Justiça para garantir o rompimento do acordo de compra da rede social, com a justificativa de que o Twitter teria entregado dados inflacionados sobre a base de usuários da plataforma.
De acordo com uma carta emitida pelo escritório de advocacia que representa Elon Musk, a dona da rede social violou o acordo ao "parecer ter feito declarações falsas e enganosas nas quais o Sr. Musk se baseou ao celebrar o contrato".
Em defesa, o Twitter afirma ter entregue todas as informações de auditoria de forma precisa e, desde meados de julho, exige judicialmente que o bilionário honre sua oferta.
A rede social argumenta ainda que Musk não aderiu aos termos do acordo, inclusive violando um acordo de confidencialidade e, depois, se gabando disso no próprio Twitter.
*Com informações de CNBC, Reuters e Bloomberg
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Startup franco-brasileira de remoção de carbono leva prêmio de R$ 85 milhões da fundação de Elon Musk
NetZero utiliza tecnologia circular para processar resíduos agrícolas que sequestram carbono e aumentam a resiliência das lavouras
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Família da Tok&Stok envia carta à Mobly (MBLY3) negando conluio em OPA, mas empresa aponta compromisso ‘inusitado e sem precedentes’
A família Dubrule quer retomar o controle da Tok&Stok e a Mobly alega negociação às escondidas com outros acionistas para se garantir a compra de ações na Oferta Pública de Aquisição
A decisão de Elon Musk que faz os investidores ignorarem o balanço ruim da Tesla (TSLA34)
Ações da Tesla (TSLA34) sobem depois de Elon Musk anunciar que vai diminuir o tempo dedicado ao trabalho no governo Trump. Entenda por que isso acontece.
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Nem Elon Musk escapou da fúria de Trump: Tesla (TSLA34) sente na pele os efeitos da guerra comercial e receita com carros despenca 20%
As tarifas anunciadas pelo governo norte-americano pesaram sobre o desempenho do primeiro trimestre e a companhia revela planos para retomar o crescimento
Tesla (TSLA34) não escapa das tarifas contra a China, e BofA corta preço-alvo pela segunda vez no ano — mas balanço do 1T25 devem vir bom
Bank of America reduz preço-alvo em antecipação ao relatório trimestral previsto para esta terça-feira; resultados devem vir bons, mas perspectiva futura é de dificuldades
Mobly (MBLY3) acusa família Dubrule de ‘crime contra o mercado’ e quer encerrar OPA
Desde março deste ano, a família Dubrule vem tentando retomar o controle da Tok&Stok através de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA)
Agenda econômica: é dada a largada dos balanços do 1T25; CMN, IPCA-15, Livro Bege e FMI também agitam o mercado
Semana pós-feriadão traz agenda carregada, com direito a balanço da Vale (VALE3), prévia da inflação brasileira e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)
O que aconteceu com a fortuna dos maiores bilionários chineses com Trump ‘tocando o terror’ nas tarifas contra o gigante asiático?
Com a guerra comercial que está acontecendo entre China e EUA, os bilionários norte-americanos já perderam quase meio trilhão de dólares somados. Nesse cenário, como estão os ricaços chineses?
Inteligência artificial e Elon Musk podem manchar a imagem das empresas? Pesquisa revela os maiores riscos à reputação em 2025
A pesquisa Reputation Risk Index mostrou que os atuais riscos à reputação das empresas devem aumentar no decorrer deste ano
Os cinco bilionários que mais perderam dinheiro neste ano em meio ao novo governo Trump – e o que mais aumentou sua fortuna
O ano não tem sido fácil nem para os ricaços; a oscilação do mercado tem sido fortemente influenciada pelas decisões do novo governo Trump, em especial o tarifaço global proposto por ele
Ações da Hertz dobram de valor em dois dias após bilionário Bill Ackman revelar que assumiu 20% de participação na locadora de carros
A gestora Pershing Square começou a montar posição na Hertz no fim de 2024, mas teve o aval da SEC para adiar o comunicado ao mercado enquanto quintuplicava a aposta
O destino mais desejado da Europa é a cidade mais cara do mundo em 2025; quanto custa a viagem?
Seleção do European Best Destinations consultou mais de 1,2 milhão de viajantes em 158 países para elencar os 20 melhores destinos europeus para o ano
CDBs do Banco Master que pagam até 140% do CDI valem o investimento no curto prazo? Títulos seguem “baratos” no mercado secundário
Investidores seguem tentando desovar seus papéis nas plataformas de corretoras como XP e BTG, mas analistas não veem com bons olhos o risco que os títulos representam
Um novo dono para o Instagram e WhatsApp: o que está em jogo no julgamento histórico da empresa de Zuckerberg
A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos alega que a Meta, que já era dona do Facebook, comprou o Instagram e o WhatsApp para eliminar a concorrência, obtendo um monopólio
Brasil fica fora de lista com as cidades mais ricas de 2025; Nova York lidera, confira
Nova York lidera ranking de metrópoles com mais habitantes milionários publicado pela Henley & Partners e pela New World Wealth; nenhuma cidade da América Latina ou da África aparece no top 50
Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed
Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China