Com fome de aquisições e dois sócios grandes por trás, Dimensa acirra a disputa pelo mercado de software financeiro e mira IPO
A Dimensa é fruto de uma joint venture entre a Totvs (TOTS3), maior companhia de sistemas de gestão do país, com a B3 (B3SA3), a dona da bolsa de valores brasileira
A demanda do sistema financeiro por inovações tecnológicas não para de crescer. Mas para oferecer tantos serviços literalmente na palma das mãos dos clientes, os grandes bancos e fintechs também precisam de fornecedores capazes de oferecer os sistemas necessários.
Foi de olho nesse bolso bilionário que dois gigantes corporativos decidiram se unir para criar a Dimensa. A empresa de software para o setor financeiro é fruto de uma joint venture entre a Totvs (TOTS3), maior companhia de sistemas de gestão do país, com a B3 (B3SA3), a dona da bolsa de valores brasileira, que investiu R$ 600 milhões no negócio.
O que as sócias da Dimensa enxergaram foi um mercado imenso e ainda fragmentado, apesar de uma empresa ter largado na frente nesse processo de consolidação: a Sinqia (SQIA3).
A expectativa do mercado agora é que a concorrência por novas oportunidades nesse segmento fique mais acirrada. Mas Denis Piovezan, CEO da Dimensa, dá a entender que ainda há muito espaço para crescer no segmento.
“Nós atuamos em um mercado bastante pulverizado e amplo, por isso nosso plano é continuar construindo essa agenda de fusões e aquisições para preencher esses espaços”, disse Piovezan, em entrevista ao Seu Dinheiro.
De fato, Piovezan e sua equipe colocaram o dinheiro dos sócios para trabalhar. Em pouco mais de um ano de vida, a Dimensa fechou quatro aquisições.
Leia Também
A mais recente, no mês passado, foi a da RBM Web, que trabalha com soluções para o setor bancário, desde instituições financeiras até securitizadoras. Para essas empresas, ela oferece conta digital, análise de dados e sistemas de gestão. Poder oferecer tudo isso custou R$ 30 milhões.
Antes disso, em março, a Dimensa havia comprado a Vadu, que reúne um sistema de automação, monitoramento e análises voltadas para o mercado de crédito.
Um mês antes, ela adquiriu a Mobile2you, dedicada a desenvolver aplicativos financeiros para empresas que atuam com fintechs.
A primeira aquisição de todas foi feita em janeiro, quando a Dimensa levou a InovaMind Tech, de inteligência artificial e big data.
Impulsionada pelas aquisições, a Dimensa já conta com mais de 140 instituições financeiras entre os clientes e é responsável por mais de R$ 12 trilhões em ativos todos os dias em seus sistemas, de acordo com o CEO.
O executivo não aponta quais as próximas aquisições possíveis, mas possibilidades capazes de levar o negócio ainda mais adiante estão sempre na mesa, especialmente porque o caixa foi bem reforçado diante do aporte da B3 em 2021.
O mercado em que a Dimensa atua
Além de almejar oferecer uma série de soluções para seus clientes, é importante lembrar que a Dimensa está inserida em um setor que consegue avançar a despeito do contexto macroeconômico difícil.
De acordo com dados de uma pesquisa feita pela KPMG, no primeiro semestre deste ano foram feitas 590 fusões e aquisições envolvendo empresas de internet e tecnologia no Brasil — um reforço da consolidação desse mercado.
Exemplo disso é que a própria Totvs, uma das responsáveis pela Dimensa, já fez nada menos do que sete aquisições em 2022 — um desembolso de R$ 233,1 milhões.
Tal movimento encontra espaço não apenas pelo potencial, mas também pela oportunidade. Diante de taxas de juros tão altas e necessidade de captação de recursos com certa frequência, é comum que empresas de tecnologia fiquem alavancadas e sejam capazes de entregar receitas apenas no futuro. Com um fluxo de caixa menor e o dinheiro mais caro, um processo de aquisição pode ser a única saída para companhias menores.
Dinheiro não deve ser problema imediato para a Dimensa, mas um possível IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) também faz parte dos planos da companhia.
"Nossa estratégia de consolidação inclui tanto o crescimento orgânico quanto o acesso ao mercado de capitais. Não temos data, mas há expectativa de que esteja tudo pronto para quando houver uma janela no mercado", afirma Piovezan.
Quando a empresa foi criada, um relatório do BTG Pactual indicava que seu valor de mercado poderia chegar a R$ 1,6 bilhão, considerando um valor de R$ 950 milhões da própria Dimensa e o restante que estava no caixa da companhia. Caso se confirme, a avaliação da empresa seria semelhante ao valor de mercado atual da Sinqia.
Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior
Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão
BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?
Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30
Na contramão da Black Friday, Apple lança ‘bolsinha’ a preço de celular novo; veja alternativas bem mais em conta que o iPhone Pocket
Apple lança bolsinha para iPhone em parceria com a Issey Miyake com preços acima de R$ 1,2 mil
Todo mundo odeia o presencial? Nubank enfrenta dores de cabeça após anunciar fim do home office, e 14 pessoas são demitidas
Em um comunicado interno, o CTO do banco digital afirmou que foram tomadas ações rápidas para evitar que a trama fosse concluída
Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede
No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima
Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?
Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço
