A Netflix disparou depois do balanço: qual vai ser a próxima empresa de tecnologia a conseguir o mesmo?
Netflix espera adicionar 4,5 milhões de clientes no próximo trimestre, sazonalmente o mais importante para a empresa

Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia.
Recentemente, fiz uma cobertura para os leitores do Seu Dinheiro sobre os resultados da Netflix.
Volto ao tema hoje pois, na reação do mercado aos números, há um elemento que considero central para o investidor de tecnologia neste momento: as expectativas estão tão pessimistas que…
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Os resultados da Netflix não foram bons, mesmo assim
Os números da Netflix não foram bons e o mercado tem consciência disso.
Na teleconferência com investidores, Reed Hastings, o CEO e fundador da empresa, disse literalmente:
"Agradeço a Deus, pois paramos de encolher".
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Depois de três trimestres consecutivos, a Netflix finalmente voltou a apresentar crescimento na quantidade de usuários ativos: foram 2,4 milhões de novos clientes, contra uma expectativa de apenas 500 mil do mercado.
A receita cresceu pouco, apenas 5,9% da comparação anual, mesmo num ambiente inflacionário.
Para o próximo trimestre, a empresa também espera adicionar 4,5 milhões de clientes, naquele que é o seu trimestre sazonalmente mais importante (o último do ano).
Nos últimos 5 anos, ela adicionou uma média de cerca de 8 milhões nesse mesmo período.
Ou seja, seguimos num ritmo que está longe de ser vistoso.
Mesmo assim, todos executivos estavam radiantes na conversa com os investidores, num clima muito diferente dos últimos trimestres (em que o evento mais parecia um velório).
As ações da Netflix, que chegaram a ser cotadas a US$ 175 por ação, sobem mais de 70% das suas mínimas.
Performance da ação da Netflix desde 11 maior de 2022 | Fonte: Koyfin
É tudo uma questão de expectativas
Lá fora, não é incomum que ações reajam com volatilidade acima de 20% na divulgação de resultados.
Você deve imaginar, uma volatilidade como essa é muito pouco ancorada pela realidade.
Num período de três meses, é muito provável que tenha acontecido algo capaz de alterar tão drasticamente o valor de uma empresa, seja para o bem ou para o mal.
Por isso, é sempre bom lembrar: a ação representa uma empresa, mas ela não é a empresa.
A ação está sujeita às mais diversas e bipolares reações dos investidores.
E quando os investidores estão excessivamente pessimistas, qualquer mínimo sinal de melhoras pode se materializar em retornos muito acima da média.
Essa é exatamente a história da ação da Netflix nesses últimos meses.
Paciência…
Mesmo após essa alta excepcional, as ações da Netflix ainda caem cerca de 50% das suas máximas.
Diferente da pandemia, o cenário atual não parece propício para uma recuperação em "V" dos preços das ações.
Sob escrutínio dos investidores está a capacidade das empresas de tecnologia em preservarem seus lucros.
A receita é recorrente em tempos de calmaria, mas será que ela é recorrente também em tempos de crise econômica?
Entre 2008 e 2009, as grandes empresas de tecnologia viram seus lucros caírem muito pouco (menos de 5%). Dessa vez será diferente?
Eu acredito que a resposta para ambas as perguntas acima seja "sim". Sendo esse o caso, a questão é definirmos seu apetite ao risco.
Se você está disposto a correr riscos elevados em teses de tecnologia altamente especulativas, eu recomendo acessar essa lista de ações. Se você prefere correr riscos mais controlados, investindo em empresas de tecnologia mais maduras e comprovadamente resilientes, eu recomendo acessar a seleção que fizemos para os clientes do nosso Hedge Fund.
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