O que você faria se soubesse exatamente quais serão os resultados futuros da empresa em que está pensando em investir?
Mesmo que você fosse capaz de prever com exatidão parte do futuro, isso não tornaria mais fácil o seu processo de investimentos – e eu posso provar

Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia.
Uma das primeiras lições que se aprende sobre investimentos é a de que ganhar dinheiro é muito difícil.
Em um de seus livros, chamado "O Mais Importante para o Investidor", o lendário gestor da Oaktree, Howard Marks, resume essa complexidade mais ou menos assim…
O mais importante para o investidor é…
Em suas reuniões, ele se via constantemente proferindo a frase "a coisa mais importante para o investidor é (...)" sempre acompanhada de alguma parte diferente do processo de investimento.
Ora eram características mais técnicas, como capacidade de interpretar minúcias nos demonstrativos financeiros, ou trabalhar em modelos financeiros úteis e que não se perdessem em complexidade.
Em outros momentos, essas coisas eram totalmente subjetivas, como entender o pêndulo de emoções do mercado, mapear os interesses de diferentes stakeholders etc..
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Há tantas coisas que podem ser classificadas como "a mais importante para o investidor" que classificá-las e analisá-las deu origem a um livro.
Mesmo se você fosse capaz de prever com exatidão parte do futuro, isso não tornaria mais fácil o seu processo de investimentos.
Duvida? Eu posso provar.
E se a bola de cristal mostrasse parte do futuro?
Se estivéssemos em 2017, e alguém ficasse sabendo que uma empresa que apresentaria as seguintes características operacionais:
- (i) Sua receita quase triplicaria num período de 5 anos.
- (ii) Esse crescimento a tornaria uma das maiores empresas do mundo, com margem bruta superior a 80%.
- (iii) Além de alto crescimento, você recebe a garantia de que essa empresa será altamente lucrativa, pois ela possui 39% de margem líquida hoje e permanecerá acima de 30% nos próximos 5 anos.
Você investiria nessa empresa?
Bom, talvez você exigisse uma quarta informação, mais relativa ao valuation dessa companhia.
Afinal, se a ação for infinitamente cara, as características acima talvez não sejam suficientes para justificar o seu investimento.
Seu informante que viajou no tempo para te dar essas informações conta que a ação misteriosa negocia a 35 vezes os lucros.
Em posse das informações anteriores, você consegue concluir, sem muito esforço, que em 5 anos essa ação estará negociando a um múltiplo "preço sobre lucros" ridículo, inferior a 12 vezes.
Você faria este investimento?
Provavelmente sim.
Alto crescimento, alta rentabilidade e um valuation relativamente "ok" são uma das combinações mais sonhadas pelos investidores.
Caso tivesse posse de todas as informações acima, bem como a certeza de elas serem verdadeiras, você provavelmente concluiria que valia a pena realizar esse investimento.
A imagem acima, com tais dados, é um combinado dos indicadores financeiros do Meta (antigo Facebook) desde 2017.
No período, a sua receita cresceu praticamente 300%, saindo de US$ 40 bilhões para quase US$ 120 bilhões ao ano.
Suas margens, apesar de terem decrescido marginalmente em todos os anos, nos últimos 5 anos, permaneceram bastante elevadas: 80% de margem bruta e 33% de margem líquida.
Em meados de 2017, as ações do Meta, então chamado Facebook, eram negociadas a cerca de 35 vezes o múltiplo preço sobre lucros.
No gráfico a seguir, eu compilo o retorno da ação do Meta desde 01 de janeiro de 2017 até o fechamento do último dia 20; com ele, apresento também o retorno do índice Nasdaq no mesmo período.
O resultado é frustrante.
Onde foi que eu errei?
Nessa longa janela, as ações do Meta subiram 51,73%, equivalentes a um retorno anual de apenas 7,82%.
O índice Nasdaq, que compila as maiores empresas de tecnologia listadas nos EUA, subiu cerca de 161% no mesmo período, um retorno superior a 18% ao ano.
Claro que, uma vez cientes que a ação misteriosa era o Meta, conseguimos facilmente atribuir sua "underperformance" a inúmeros fatores intangíveis, como os escândalos de privacidade, os problemas regulatórios, além da aversão que o mundo parece ter criado pela figura de Mark Zuckerberg.
Voltando no tempo, porém, nenhuma dessas variáveis era absurdamente latente em 2017.
Apesar de existirem numa possível sessão de "riscos" da tese de investimentos, a maioria desses fatores intangíveis não era amplamente discutida pelos investidores.
Uma modelagem financeira perfeita não teria salvado o investidor de retornos medíocres.
Investir é tão difícil quanto divertido. Apesar de não ter um informante do futuro que forneça informações, eu tenho recomendação de compra para ações do Meta nas minhas séries na Empiricus.
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