Confuso com o desempenho da bolsa e do bitcoin? O Seleção Empiricus te ajuda a entender o mercado em 2022
A perspectiva de alta de juros nos EUA afetou os mercados como um todo. O Seleção Empiricus discutiu o cenário de investimentos tendo esse panorama em mente
Em determinado momento do ano passado, as coisas pareciam estar voltando aos eixos: a pandemia começava a perder força, as economias passavam por uma gradual reabertura e os mercados ensaiavam uma recuperação. Mas, eis que chegamos em 2022 e o cenário segue instável, com a bolsa e bitcoin enfrentando uma onda de turbulência. Por isso, o Seleção Empiricus trouxe um debate a respeito das perspectivas para os investimentos daqui em diante:
O programa da última terça-feira (11) contou com a participação de Fernando Ferrer e Enzo Pacheco, analistas da Empiricus. Os especialistas falaram sobre o cenário macroeconômico no Brasil e no exterior, com destaque para a dinâmica global da inflação e dos juros — e como isso afeta o panorama de investimentos.
Por aqui, o Ibovespa ganhou um certo fôlego nos últimos dias e já acumula desempenho positivo no ano; no entanto, logo na primeira semana de 2022, o índice chegou a tocar nos 100 mil pontos, acendendo um alerta para os investidores.
Um olhar com lupa, no entanto, mostra um cenário bastante complexo na bolsa: enquanto as empresas ligadas aos setores de commodities e financeiro — justamente as com maior peso no Ibovespa — têm conseguido ganhar terreno, as ações de pequenas companhias estão sofrendo bastante.
Essa dinâmica acompanhou, em linhas gerais, o que foi visto no exterior: enquanto as ações ligadas às commodities mostraram resiliência, as mais arriscadas — como empresas de tecnologia que ainda estão em fase de crescimento — foram duramente penalizadas. Um sinal de que o mercado não está querendo exposição à incerteza.
"A ata do Fed deu uma sinalização de que eles vão ser muito mais duros em relação à política monetária. Isso gerou um estalo para que os investidores revisitassem os portfólios", disse João Piccioni, sócio da Empiricus e um dos apresentadores do Seleção.
Leia Também
Mas, afinal, por que a posição do banco central americano é tão importante para os mercados?
Fim dos estímulos, juros em alta e ômicron: os riscos
Os especialistas destacam que o processo de alta de juros nos EUA já era esperado pelos investidores. No entanto, os sinais emitidos pelo BC americano na semana passada mostram que a autoridade monetária vai pisar no acelerador: a retirada de estímulos da economia ocorrerá de maneira mais rápida, e a elevação dos juros deve começar já no primeiro semestre deste ano para frear o avanço da inflação por lá.
A postura mais firme provocou uma saída de fluxo das bolsas e dos ativos mais arriscados, como os mercados emergentes. A lógica é simples: se as taxas nos EUA ficam mais altas, o rendimento dos títulos do governo americano — ativos extremamente seguros — também aumentam.
Ou seja: o apelo da renda variável diminui, considerando o balanço entre risco e retorno a partir dos juros mais elevados nos Estados Unidos. Por que se expor às turbulências das ações, criptomoedas ou mercados emergentes, se as Treasuries oferecem um rendimento cada vez maior?
Outro fator que trouxe uma camada extra de incerteza aos mercados foi o avanço da variante ômicron da Covid-19 pelo mundo. A nova cepa é altamente transmissível, mas os esforços globais de vacinação têm ajudado para reduzir a letalidade da doença. Ainda assim, a rápida disseminação gera o temor de possíveis novas restrições à atividade.
E o bitcoin, como fica?
A principal criptomoeda do mundo também sofreu nos últimos dias, afetada diretamente pela postura mais firme do Fed: o Bitcoin prolongou a tendência de queda vista em dezembro e se aproximou do patamar dos US$ 40 mil, uma resistência importante para o mercado.
O Bitcoin, afinal, também é um ativo de risco — basta ver as oscilações intensas em sua cotação ao longo do tempo. E, nesse contexto, muitos investidores têm optado por uma postura mais cautelosa no mercado de criptoativos:
Seleção Empiricus: recomendações
Assim como em todos os programas, o Seleção Empiricus desta terça-feira trouxe recomendações de investimentos. Fernando Ferrer e Enzo Pacheco falaram sobre duas ações que eles consideram atraentes no momento — uma brasileira e outra estrangeira.
Os analistas também responderam as dúvidas dos espectadores que acompanharam a live. O Seleção vai ao ar toda terça-feira, às 19h, no YouTube da Empiricus — a apresentação é de João Piccioni, analista e sócio da casa, e Victor Aguiar, repórter do Seu Dinheiro.
Veja abaixo a íntegra do programa da última terça (11):
A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489
O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.
A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário
Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário
As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa
Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante
Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614
Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe
Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?
Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro
FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa
Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%