Acionistas defendem derrubada de ‘pílula de veneno’ na IMC (MEAL3), que opera as redes Frango Assado, KFC e Pizza Hut; papéis sobem forte na B3
Donos de 27% do capital da IMC, os fundos da UV Gestora querem aumentar a participação na companhia sem ter que fazer oferta aos demais acionistas

Um dos principais acionistas da rede de restaurantes IMC (MEAL3) quer aumentar a participação na companhia, que opera marcas como Frango Assado, KFC e Pizza Hut no Brasil. Mas antes defendeu mudanças no estatuto da companhia.
Donos de 27% do capital da IMC (MEAL3), os fundos da UV Gestora pediram a convocação de uma assembleia de acionistas para derrubar a chamada "pílula de veneno" (poison pill).
O dispositivo é usado para dificultar a tomada de controle de uma empresa com capital pulverizado na bolsa, quando um acionista pode em muitos casos dar as cartas mesmo sem alcançar mais de 50% de participação.
No caso específico da IMC, a pílula de veneno do estatuto determina que qualquer investidor que atingir 30% do capital precisa lançar uma oferta pública de aquisição das ações dos demais acionistas. O preço por ação nessa oferta precisa igual ou maior que o maior preço pago pelo investidor nos seis meses anteriores.
- GUIA PARA BUSCAR DINHEIRO: baixe agora o guia gratuito com 51 investimentos promissores para 2022 e ganhe de brinde acesso vitalício à comunidade de investidores Seu Dinheiro
No pregão de hoje, as ações MEAL3 eram negociadas em forte alta de 5,66% por volta das 11h25. Mas ainda acumulam queda de mais 20% nos últimos 12 meses. Leia também a cobertura completa de mercados hoje.
Por que os acionistas da IMC querem tirar a pílula de veneno?
Em carta encaminhada à IMC, a UV Gestora informou que acredita no potencial de longo prazo da rede de restaurantes e pretende aumentar a participação na companhia.
Leia Também
Cinco bancos perdem juntos R$ 42 bilhões em valor de mercado — e estrela da bolsa puxa a fila
O que o fundo não deseja é ter de fazer uma oferta por todas as ações caso alcance os 30% do capital, conforme previsto na pílula de veneno do estatuto.
“A companhia pode se beneficiar da existência de um acionista de longo prazo com participação relevante no capital social, que apoie a administração da IMC no contexto atual das suas operações, em especial levando-se em consideração os desafios gerados pela pandemia do covid-19”, escreveu a gestora.
Embora queira aumentar a participação, a UV informou que não tem um percentual específico no capital que deseja alcançar. A gestora vai informar o mercado quando e se realizar novas compras de ações.
O objetivo pelo menos declarado do fundo não é mudar a administração da IMC. “Os Fundos UV reforçam por meio desta solicitação sua confiança no negócio e na atual gestão da companhia.”
O conselho da empresa precisa agora se reunir para decidir sobre o pedido de assembleia e marcar uma data para o encontro de acionistas.
Como está a IMC?
A IMC foi duramente abalada pela pandemia da covid-19. Afinal, as medidas de isolamento social necessárias para conter o coronavírus obrigaram os restaurantes a se manterem fechados durante boa parte de 2020. No ano passado, a segunda onda de casos acabou afetando o fluxo de clientes.
A empresa tinha como controlador o fundo norte-americano Advent, mas passou a ter o capital pulverizado na B3 após a saída da gestora. Desde então, passou por vários rumores e tentativas de fusão, uma delas lançada pela Sapore.
A pílula de veneno no estatuto da IMC, inclusive, foi aprovada pelos acionistas no fim de 2018 para evitar o avanço do empresário Daniel Mendez.
No ano seguinte, a empresa se uniu à rede do empresário Carlos Wizard, que tinha os direitos sobre as marcas Pizza Hut e KFC no país. Mas a combinação de negócios nem chegou a deslanchar porque pouco tempo depois veio a pandemia.
Em março do ano passado, a IMC trouxe Alexandre Santoro, ex-presidente global da rede Popeye's — para o comando da companhia. No fim do ano passado, o executivo concedeu uma entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro para falar sobre as perspectivas da empresa.
Leia também:
- A IMC (MEAL3) vinha de um banquete indigesto. Seu novo CEO deu um toque de chef ao KFC, Frango Assado e Pizza Hut
- EXCLUSIVO: Em situação delicada, IMC coloca Olive Garden e Batata Inglesa à venda
- BRF (BRFS3) levanta R$ 5,4 bilhões em oferta subsequente; Marfrig (MRFG3) mantém participação em 31,66%
Entra Cury (CURY3), sai São Martinho (SMTO3): bolsa divulga segunda prévia do Ibovespa
Na segunda prévia, a Cury fez sua estreia com 0,210% de peso para o período de setembro a dezembro de 2025, enquanto a São Martinho se despede do índice
Petrobras (PETR4), Gerdau (GGBR4) e outras 3 empresas pagam dividendos nesta semana; saiba quem recebe
Cinco companhias listadas no Ibovespa (IBOV) entregam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas na terceira semana de agosto
Howard Marks zera Petrobras e aposta na argentina YPF — mas ainda segura quatro ações brasileiras
A saída da petroleira estatal marca mais um corte de exposição brasileira, apesar do reforço em Itaú e JBS
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho
A Selic vai cair? Surpresa em dado de inflação devolve apetite ao risco — Ibovespa sobe 1,69% e dólar cai a R$ 5,3870
Lá fora os investidores também se animaram com dados de inflação divulgados nesta terça-feira (12) e refizeram projeções sobre o corte de juros pelo Fed
Patria Investimentos anuncia mais uma mudança na casa — e dessa vez não inclui compra de FIIs; veja o que está em jogo
A movimentação está sendo monitorada de perto por especialistas do setor imobiliário
Stuhlberger está comprando ações na B3… você também deveria? O que o lendário fundo Verde vê na bolsa brasileira hoje
A Verde Asset, que hoje administra mais de R$ 16 bilhões em ativos, aumentou a exposição comprada em ações brasileiras no mês passado; entenda a estratégia
FII dá desconto em aluguéis para a Americanas (AMER3) e cotas apanham na bolsa
O fundo imobiliário informou que a iniciativa de renegociação busca evitar a rescisão dos contratos pela varejista
FII RBVA11 anuncia venda de imóvel e movimenta mais de R$ 225 milhões com nova estratégia
Com a venda de mais um ativo, localizado em São Paulo, o fundo imobiliário amplia um feito inédito
DEVA11 vai dar mais dores de cabeça aos cotistas? Fundo imobiliário despenca mais de 7% após queda nos dividendos
Os problemas do FII começaram em 2023, quando passou a sofrer com a inadimplência de CRIs lastreados por ativos do Grupo Gramado Parks