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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Dia mais importante de Jackson Hole se junta a dados de inflação e pressiona bolsas internacionais; Ibovespa reage à sabatina de Lula

Sem maiores indicadores para o dia, os investidores acompanham a participação de Roberto Campos Neto e Paulo Guedes em eventos separados

Ricardo Gozzi
26 de agosto de 2022
7:33 - atualizado às 7:52
Dólar desfocado mostrando a inflação dos Estados Unidos
Confira o que movimenta a bolsa, o dólar e o Ibovespa hoje. Imagem: Shutterstock

A sexta-feira chegou. Finalmente. Mas calma. Essa celebração nada tem a ver com a véspera do sábado. Hoje é o dia do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em Jackson Hole. A expectativa com a fala manteve os mercados financeiros em compasso de espera durante a maior parte da semana — e, nesta sexta-feira (26), as bolsas de valores amanheceram com um claro tom de cautela.

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O simpósio de banqueiros centrais de Jackson Hole é acompanhado com atenção pelos participantes do mercado. Eles costumam analisar todas as vírgulas, caras e bocas na busca por sinalizações sobre os próximos passos das autoridades monetárias globais.

No ano passado, por exemplo, os analistas nem precisaram se esforçar tanto. Na ocasião, Powell afirmou que a inflação global seria um fenômeno transitório. Ao que tudo indica, somente ele não sabia que estava errado. Faz parte.

Agora, com os preços em disparada e o mercado de trabalho aquecido, o Fed está engajado em um agressivo aperto monetário. E a dúvida dos participantes do mercado é se o banco central dos Estados Unidos está ciente de que o remédio que cura é o mesmo que envenena.

Um eventual exagero na dose pode fazer com que a desaceleração econômica se transforme em recessão mais adiante.

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Dando um salto do exterior para terras brasileiras, o mercado local deve reagir à sabatina de ontem à noite do candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

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Entretanto, caso não surja nenhum gatilho que justifique um descolamento, o Ibovespa deve acompanhar as bolsas estrangeiras pelo menos até a fala de Powell.

No último pregão, dominado pela cautela, o Ibovespa avançou 0,56%, aos 113.531 pontos e o dólar à vista encerrou a sessão em leve alta de 0,02%, a R$ 5,1121.

Confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa nesta sexta-feira:

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Jackson Hole e o fim (?) da pressão nas bolsas

O grande problema é que Jerome Powell nutre certo gosto por não entregar o que se espera dele. Que o digam os repórteres que acompanham as entrevistas coletivas concedidas depois das decisões de juro do Fed.

E é isso o que está deixando os analistas com a pulga atrás da orelha antes do discurso de Powell em Jackson Hole hoje. Especula-se que, ao invés de trazer mais clareza, Powell mantenha a mensagem de combate incansável ao dragão da inflação.

Reviravolta nas cartas

O que talvez mude é o tom. Nas horas que antecedem a fala, a expectativa é de um linguajar mais duro — ou, no jargão do mercado tradicional, mais hawkish.

E é por isso que os índices futuros de Nova York sinalizam abertura em queda na sessão desta sexta-feira. Na Europa, as bolsas operam em leve baixa e o euro encontra dificuldade para manter a paridade com o dólar.

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Espera-se que Powell enfatize que o Fed recorrerá a todos os recursos à disposição para extinguir o incêndio inflacionário. Mas não só. Ele também deve apontar que, depois que o Fed encerrar o aperto monetário, as taxas permanecerão onde estiverem.

Onde entram as bolsas nesse cenário

Isso desafia a expectativa dos analistas de que o Fed comece a afrouxar a política monetária em 2023.

De qualquer modo, falta pouco para saber o que passa pela cabeça do presidente do banco central norte-americano.

A propósito, também na manhã de hoje, será conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos Estados Unidos referente a julho, também chamado de PCE, na sigla em inglês. Trata-se do indicador favorito dos diretores do Fed para direcionar a política monetária.

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Ibovespa em reação ao cenário local

Sem maiores indicadores locais para o dia, os investidores acompanham as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento pela manhã. Também permanece no radar a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em duas reuniões no Rio Grande do Sul. 

O índice local deve ser guiado majoritariamente pelo exterior, mas nada impede que os investidores sintam alguns solavancos com a repercussão da entrevista do ex-presidente Lula no Jornal Nacional. 

Os pontos que interessam

Para o investidor em bolsa, o candidato pelo PT afirmou que reduziria a inflação “como fez em 2003”, ano de seu primeiro mandato. Lula reforçou ainda que “há três palavras certas para governar o País: credibilidade, previsibilidade e estabilidade".

Ainda sobre sua campanha, Lula defendeu a escolha de Geraldo Alckmin (PSDB) como seu vice.  "Alckmin vai me ajudar, tenho 100% de confiança. A experiência dele de governador de São Paulo e mais anos de vice de Mário Covas vai me ajudar a consertar esse País", afirmou.

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Confira os melhores momentos da fala do candidato à presidência aqui no Seu Dinheiro. 

Do outro lado da mesa

Enquanto Lula discursava na TV, o atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL) realizou sua tradicional live de quinta-feira pelas redes sociais. 

O presidente subiu o tom contra o ministro Alexandre de Moraes, que agora preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em live, o candidato à reeleição pediu explicações sobre a operação da Polícia Federal contra empresários acusados de defender um golpe de Estado caso Lula vença nas urnas em outubro.

A ação foi autorizada por Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsa hoje: agenda do dia

  • Estados Unidos: PCE e Núcleo do PCE (9h30)
  • Estados Unidos: Presidente do Fed, Jerome Powell, discursa em Jackson Hole (11h)
  • Banco Central: Investimento direto no país (9h30)
  • Banco Central: Presidente do BC, Roberto Campos Neto, profere palestra online no evento '1618 Spring Investment Meeting', da 1618 Investimentos (9h30)
  • Ministério da Economia: Ministro da Economia, Paulo Guedes, palestra na Associação da Classe Média (ACLAME), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul (10h30)
  • Receita Federal: Arrecadação federal em julho (11h)
  • Ministério da Economia: Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem reunião-almoço com empresários do agronegócio em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul (13h)
  • Aneel: Anúncio da bandeira tarifária para setembro (sem horário específico)

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