Ibovespa recua 1,5% com fraqueza das commodities, rumores de greve dos caminhoneiros e adiamento das negociações entre Rússia e Ucrânia; dólar vai a R$ 5,13
Os investidores aproveitam a ‘maré verde’ antes da decisão de política monetária dos Bancos Centrais daqui e dos EUA

Por mais um dia seguido, a guerra entre Rússia e Ucrânia é a força maior que movimenta o mercado. As negociações de cessar-fogo começaram nesta segunda-feira (14) e foram adiadas para amanhã. Mesmo com informações desencontradas, os investidores aguardam uma solução pacífica do conflito, o que sustentou o bom desempenho das bolsas internacionais pela manhã.
Nesse cenário, o Ibovespa abriu a sessão de hoje em alta, mas perdeu força durante a manhã e passou a cair 1,58%, aos 109.954 por volta das 16h. Enquanto isso, o dólar à vista iniciou o dia em alta e avança 1,55%%, negociado a R$ 5,132.
Na sessão da última sexta, o principal índice da B3 encerrou as negociações em baixa de mais de 2%, aos 111.331 pontos, enquanto a moeda norte-americana avançou para os R$ 5,05.
Confira como opera o mercado de juros futuros hoje:
Ativo | Nome | Ult | Fech |
DI1F23 | DI jan/23 | 13,18% | 13,17% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 12,58% | 12,48% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 12,39% | 12,29% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 12,36% | 12,25% |
E um lembrete: a bolsa brasileira passa a fecha às 17h a partir de hoje. Entenda o porquê da mudança de horário.
Dia de commodities em foco na bolsa
Com as maiores empresas da bolsa relacionadas às matérias primas, o foco do dia vai para a fraqueza do petróleo e do minério de ferro.
Leia Também
O barril do Brent, utilizado como referência internacional e para a Petrobras (PETR4) opera em queda de 5,94%, negociado a US$ 105,98. Vale lembrar que a queda ocorre pouco menos de uma semana depois que o petróleo atingiu os US$ 130 por barril.
A estatal brasileira fica em foco por mais um dia devido aos debates em torno dos combustíveis. Mesmo que o governo busque alternativas, como o abatimento de impostos e subsídios para gasolina e óleo diesel, os debates envolvendo a política de preços vão e voltam, o que influencia diretamente no desempenho dos papéis PTR3 e PETR4.
Minério de ferro em queda livre
Além do petróleo, o minério de ferro também caiu para os US$ 143,70 a tonelada, o que representa uma queda de 7,33% no porto de Qingdao, na China.
O gigante asiárico colocou a região de Shenzhen inteira em lockdown para tentar conter um surto de covid-19 na região.
A província com 17,5 milhões de habitantes também é a sede da Huawei e da Tencent, o que também afetou o desempenho do setor de tecnologia durante a madrugada no Brasil.
Sendo assim, as siderúrgicas da bolsa brasileira devem sofrer hoje, mesmo com o bom humor internacional.
Ameaças de greve dos caminhoneiros
Permanece no radar do mercado uma possível greve dos caminhoneiros em virtude alta do preço dos combustíveis. Mesmo com as tentativas do governo, o diesel deve subir cerca e R$ 0,60.
Durante o final de semana, algumas paralisações pontuais de poucos caminhoneiros chegaram a gerar preocupações, mas foram ativamente desfeitas pelos próprios profissionais.
De acordo com o líder da greve anterior, Wallace Landim “Chorão”, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), não há um consenso na categoria para uma paralisação.
Bolsas à espera da 'Super Quarta'
A digestão do conflito entre Rússia e Ucrânia deve perder espaço no noticiário nos próximos dias. A "Super Quarta", como é chamado o dia em que tanto o Federal Reserve quanto o Banco Central do Brasil divulgam suas decisões de política monetária acontece nesta semana.
Nos Estados Unidos, além da pandemia e da alta da inflação, ainda existe a questão da guerra na Ucrânia, que pode fazer com que o presidente do Fed, Jerome Powell, seja mais brando no aperto econômico do que o necessário.
O que esperar do Federal Reserve
É preciso lembrar que a inflação nos EUA vem renovando máximas e já é a maior em 40 anos. Dessa forma, os analistas internacionais esperam que o Fed suba os juros em 0,25 pontos-base de acordo com o consenso do mercado.
O que esperar do Banco Central do Brasil
Já em terras brasileiras o cenário é um pouco diferente. A alta do petróleo e combustíveis, a inflação — que registrou novo recorde em fevereiro deste ano — e a perspectiva de uma eleição turbulenta em outubro formam o terreno perfeito para que a decisão do Copom seja mais pesada do que o esperado.
É verdade que o BC tem exercido sua autonomia, elevando os juros sempre que necessário. Contudo, nunca de maneira a surpreender o mercado.
Mas vale lembrar que sempre existe uma perspectiva de que a Selic suba além do consenso. Para esta reunião, os juros básicos devem sair de 10,75% para 11,75%, uma alta de 1 ponto-base — uma redução em relação às elevações anteriores.
Sobe e desde da bolsa
Confira as maiores altas do dia:
ATIVO | Nome | Ult | Var |
JHSF3 | JHSF ON | R$ 5,09 | 5,82% |
SANB11 | SANTANDER BR UNIT | R$ 33,61 | 3,96% |
EZTC3 | EZTEC ON | R$ 16,28 | 1,88% |
ITUB4 | ITAU UNIBANCO PN | R$ 25,23 | 1,57% |
ABEV3 | AMBEV ON | R$ 13,25 | 1,29% |
Confira as maiores quedas do dia:
ATIVO | Nome | Ult | Var |
CSNA3 | SID NACIONAL ON | R$ 24,23 | -6,38% |
CMIN3 | CSN MINERAÇÃO ON | R$ 26,06 | -5,90% |
PRIO3 | PETRORIO ON | R$ 23,41 | -6,02% |
VALE3 | VALE ON | R$ 91,80 | -5,16% |
USIM5 | USIMINAS PNA | R$ 14,02 | -4,88% |
Howard Marks zera Petrobras e aposta na argentina YPF — mas ainda segura quatro ações brasileiras
A saída da petroleira estatal marca mais um corte de exposição brasileira, apesar do reforço em Itaú e JBS
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho
A Selic vai cair? Surpresa em dado de inflação devolve apetite ao risco — Ibovespa sobe 1,69% e dólar cai a R$ 5,3870
Lá fora os investidores também se animaram com dados de inflação divulgados nesta terça-feira (12) e refizeram projeções sobre o corte de juros pelo Fed
Patria Investimentos anuncia mais uma mudança na casa — e dessa vez não inclui compra de FIIs; veja o que está em jogo
A movimentação está sendo monitorada de perto por especialistas do setor imobiliário
Stuhlberger está comprando ações na B3… você também deveria? O que o lendário fundo Verde vê na bolsa brasileira hoje
A Verde Asset, que hoje administra mais de R$ 16 bilhões em ativos, aumentou a exposição comprada em ações brasileiras no mês passado; entenda a estratégia
FII dá desconto em aluguéis para a Americanas (AMER3) e cotas apanham na bolsa
O fundo imobiliário informou que a iniciativa de renegociação busca evitar a rescisão dos contratos pela varejista
FII RBVA11 anuncia venda de imóvel e movimenta mais de R$ 225 milhões com nova estratégia
Com a venda de mais um ativo, localizado em São Paulo, o fundo imobiliário amplia um feito inédito
DEVA11 vai dar mais dores de cabeça aos cotistas? Fundo imobiliário despenca mais de 7% após queda nos dividendos
Os problemas do FII começaram em 2023, quando passou a sofrer com a inadimplência de CRIs lastreados por ativos do Grupo Gramado Parks
Tarifaço de Trump e alta dos juros abrem oportunidade para comprar o FII favorito para agosto com desconto; confira o ranking dos analistas
Antes mesmo de subir no pódio, o fundo imobiliário já vinha chamando a atenção dos investidores com uma série de aquisições
Trump anuncia tarifa de 100% sobre chips e dispara rali das big techs; Apple, AMD e TSMC sobem, mas nem todas escapam ilesas
Empresas que fabricam em solo americano escapam das novas tarifas e impulsionam otimismo em Wall Street, mas Intel não conseguiu surfar a onda