A explosão de ganhos patrocinada pelo Fed: entenda por que o S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones renovaram máximas
O banco central norte-americano elevou pela segunda vez seguida a taxa de juro em 0,75 ponto percentual, mas calibre do aumento não assustou os investidores em Wall Street

Wall Street viveu nesta quarta-feira (27) um dia que estava apenas nas lembranças dos investidores: uma explosão de ganhos do Dow Jones, do S&P 500 e do Nasdaq — patrocinada pelo presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.
Os três principais índices de ações de Nova York iniciaram o dia já em alta, basicamente embalados pelos balanços das grandes empresas de tecnologia dos EUA.
E se mantiveram em campo positivo após o anúncio da decisão do Fed de elevar, mais uma vez, a taxa de juro em 0,75 ponto percentual (pp) para tentar conter a maior inflação nos EUA em 41 anos.
Essa é a ação consecutiva mais rigorosa desde que o Fed começou a usar a taxa básica como principal ferramenta de política monetária, no início dos anos 1990.
Confira a variação e a pontuação dos principais índices de ações dos EUA no fechamento:
- Dow Jones: +1,37%, 32.196,00 pontos
- S&P 500: +2,61%, 4.023,32 pontos
- Nasdaq: +4,06%, 12.032,42 pontos
Powell deixa a porta aberta e S&P 500 entra
O Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq atingiram máximas da sessão à tarde, quando Powell deixou a porta aberta sobre o tamanho do movimento do juro na próxima reunião, em setembro, e indicou que a tendência era de redução da magnitude dos aumentos.
Leia Também
Apesar de ter dado esperanças aos investidores de que o Fed seguirá aumentando a taxa básica, mas em ritmo menor, Powell tentou manter os pés no chão.
“Não vamos medir esforços para trazer a inflação para a meta no longo prazo e se precisarmos ser mais agressivos do que já estamos sendo agora, não vamos hesitar”, disse ele.
Mas a cereja do bolo veio quando Powell negou que a economia dos EUA esteja em recessão. O presidente do Fed afirmou que haverá uma desaceleração do crescimento diante da magnitude do aperto monetário.
Ele alegou que esse crescimento menor era o preço que o Fed teria que pagar para manter a inflação sob controle — o que, segundo ele, é um dano aceitável para não comprometer o futuro da maior economia do mundo.
Veja também: É hora de investir em ações do exterior ou em BDRs?
E as bolsas na Europa?
Os mercados europeus fecharam antes do anúncio da decisão do Fed, mas ainda assim terminaram a sessão em alta como o S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones.
O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,5%, com as ações de viagens e lazer avançando 3% para liderar os ganhos.
- Londres: +0,57%
- Paris: +0,75%
- Frankfurt: +0,53%
Os investidores globais estavam focados hoje na decisão de política monetária nos EUA. Como muitos bancos centrais ao redor do mundo, o Fed está agindo agressivamente para conter a inflação em um cenário de desaceleração da atividade econômica.
As preocupações com a economia global se aprofundaram na terça-feira (26), depois que o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou as projeções de crescimento mundial para 2022 e 2023, classificando as perspectivas como “sombrias e mais incertas”.
Ninguém vai poder ficar em cima do muro na guerra comercial de Trump — e isso inclui o Brasil; entenda por quê
Condições impostas por Trump praticamente inviabilizam a busca por um meio-termo entre EUA e China
Starbase: o novo plano de Elon Musk para transformar casa da SpaceX na primeira cidade corporativa do mundo
Moradores de enclave dominado pela SpaceX votam neste sábado (03) a criação oficial de Starbase, cidade idealizada pelo bilionário no sul do Texas
Trump pressionou, Bezos recuou: Com um telefonema do presidente, Amazon deixa de expor tarifas na nota fiscal
Após conversa direta entre Donald Trump e Jeff Bezos e troca de farpas com a Casa Branca, Amazon desiste de exibir os custos de tarifas de importação dos EUA ao lado do preço total dos produtos
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Conheça os 50 melhores bares da América do Norte
Seleção do The 50 Best Bars North America traz confirmações no pódio e reforço de tendências já apontadas na pré-lista divulgada há algumas semanas
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Nova Ordem Mundial à vista? Os possíveis desfechos da guerra comercial de Trump, do caos total à supremacia da China
Michael Every, estrategista global do Rabobank, falou ao Seu Dinheiro sobre as perspectivas em torno da guerra comercial de Donald Trump
Donald Trump: um breve balanço do caos
Donald Trump acaba de completar 100 dias desde seu retorno à Casa Branca, mas a impressão é de que foi bem mais que isso
Trump: “Em 100 dias, minha presidência foi a que mais gerou consequências”
O Diário dos 100 dias chega ao fim nesta terça-feira (29) no melhor estilo Trump: com farpas, críticas, tarifas, elogios e um convite aos leitores do Seu Dinheiro
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Trump vai jogar a toalha?
Um novo temor começa a se espalhar pela Europa e a Casa Branca dá sinais de que a conversa de corredor pode ter fundamento
S&P 500 é oportunidade: dois motivos para investir em ações americanas de grande capitalização, segundo o BofA
Donald Trump adicionou riscos à tese de investimento nos EUA, porém, o Bank Of America considera que as grandes empresas americanas são fortes para resistir e crescer, enquanto os títulos públicos devem ficar cada vez mais voláteis
Acabou para a China? A previsão que coloca a segunda maior economia do mundo em alerta
Xi Jinping resolveu adotar uma postura de esperar para ver os efeitos das trocas de tarifas lideradas pelos EUA, mas o risco dessa abordagem é real, segundo Gavekal Dragonomics
Bitcoin (BTC) rompe os US$ 95 mil e fundos de criptomoedas têm a melhor semana do ano — mas a tempestade pode não ter passado
Dados da CoinShares mostram que produtos de investimento em criptoativos registraram entradas de US$ 3,4 bilhões na última semana, mas o mercado chega à esta segunda-feira (28) pressionado pela volatilidade e à espera de novos dados econômicos
Huawei planeja lançar novo processador de inteligência artificial para bater de frente com Nvidia (NVDC34)
Segundo o Wall Street Journal, a Huawei vai começar os testes do seu processador de inteligência artificial mais potente, o Ascend 910D, para substituir produtos de ponta da Nvidia no mercado chinês
Próximo de completar 100 dias de volta à Casa Branca, Trump tem um olho no conclave e outro na popularidade
Donald Trump se aproxima do centésimo dia de seu atual mandato como presidente com taxa de reprovação em alta e interesse na sucessão do papa Francisco
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana