Com alta de 74% no lucro, a WEG mostra que sua orquestra segue afinada
A WEG teve mais um trimestre de forte expansão no lucro e na receita, começando o ano com o pé direito. As ações operam em alta nesta manhã
A WEG, definitivamente, é um caso de sucesso na bolsa brasileira: desde 2010, os papéis ON da empresa acumulam ganhos de mais de 1.600% (não, você não leu errado: mais de mil e seiscentos por cento). Um desempenho invejável — e que é sustentado, trimestre após trimestre, pela entrega consistente de resultados operacionais e financeiros.
E, nos primeiros três meses de 2021, a história se repetiu: a enorme orquestra da companhia catarinense mostrou que continua afinada, superando as expectativas dos analistas e reportando crescimento em suas principais linhas, tanto na base anual quanto na trimestral.
A receita líquida, por exemplo, chegou a R$ 5,07 bilhões entre janeiro e março de 2021, um salto de 36,7% na comparação com o mesmo período do ano passado — em relação ao trimestre anterior, a expansão foi de 3,8%.
O lucro líquido avançou de maneira ainda mais expressiva, totalizando R$ 764,3 milhões. É uma alta de 73,7% em relação aos primeiros três meses de 2020; na base trimestral, os ganhos aumentaram 3%. A cifra ficou 7% acima da média das expectativas do mercado
E o que explica esse desempenho tão positivo, mesmo em meio às condições adversas impostas pela Covid-19? O segredo está no som complexo produzido por essa orquestra, com instrumentos numerosos e variados. A WEG tem diversas frentes de atuação, tanto no Brasil quanto no exterior — todos em harmonia com capacidade de adaptação ao momento econômico.
Para Max Bohm, analista da Empiricus, os resultados da WEG no trimestre mais uma vez mostraram a força da empresa. Veja o comentário em vídeo:
Leia Também
A sinfonia da WEG
A primeira frase do demonstrativo de resultados trimestrais da WEG já dá uma ideia do que está por vir:
Este trimestre manteve a sequência do bom desempenho observado em grande parte de nossos negócios
Olhando apenas para o mercado interno, a receita gerada pela companhia catarinense nos primeiros três meses de 2021 foi de R$ 2,3 bilhões, alta de 38% em um ano; o mercado externo teve desempenho semelhante, saltando 35,2% na mesma base, para R$ 2,7 bilhões — a receita obtida nos mercados da América do Sul e Central e da Ásia cresceu mais de 50%.
A diversificação geográfica não é o único trunfo da WEG: ao olharmos para o desempenho de cada área de negócio, também vemos uma tendência de crescimento bastante uniforme.
A divisão de equipamentos eletrônicos industriais, por exemplo, respondeu por R$ 2,5 bilhões da receita líquida, um avanço de 31% em relação aos primeiros três meses do ano passado. As áreas de geração, transmissão e distribuição de energia, de motores comerciais e de tintas e vernizes também se expandiram na mesma base de comparação.
"O desempenho no mercado interno foi positivo, sustentando níveis elevados de receitas nos equipamentos de ciclo curto [...], motivados pela continuidade da recuperação da atividade econômica iniciada no segundo semestre do ano passado", disse a companhia, destacando que o mercado externo também mostrou dinâmica semelhante, especialmente na China.
Para além dos números operacionais, a WEG também foi beneficiada por uma evolução em seu resultado financeiro líquido: o saldo ficou positivo em R$ 10,5 milhões no trimestre — há um ano, a linha estava zerada.
E as ações?
Num primeiro momento, o mercado gostou do que ouviu: durante a manhã, as ações ON da WEG (WEGE3) chegaram a subir mais de 3%. No entanto, esse movimento perdeu força ao longo do dia e os papéis fecharam em queda de mais de 1%.
Isso se deve, em grande parte, à forte valorização recente — mesmo com a pandemia, WEG ON avançou 120,3% em 2020, registrando a segunda maior alta de todo o Ibovespa (apenas CSN ON, com ganho de 126%, teve retorno superior).
Assim, por mais que a orquestra esteja afinada como sempre, começam a surgir dúvidas entre os investidores: será que ainda vale a pena comprar os papéis nesse nível de preço? Há potencial extra de valorização?
O indicador preço/lucro por ação (P/L) tem girado ao redor de 57 vezes para WEGE3, acima da média histórica, de 47 vezes — um P/L elevado pode sinalizar que o valor de um papel está caro. É um dado que inspira cautela entre os investidores, independentemente do desempenho financeiro da companhia.
Em tempo: a companhia catarinense aprovou o desdobramento de suas ações, na proporção de 1 para 2. Ou seja: a quantidade de papéis em circulação dobrou e o preço unitário caiu pela metade — uma iniciativa que aumenta a liquidez e facilita o acesso aos investidores.

Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior
Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão
BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?
Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30
Na contramão da Black Friday, Apple lança ‘bolsinha’ a preço de celular novo; veja alternativas bem mais em conta que o iPhone Pocket
Apple lança bolsinha para iPhone em parceria com a Issey Miyake com preços acima de R$ 1,2 mil
Todo mundo odeia o presencial? Nubank enfrenta dores de cabeça após anunciar fim do home office, e 14 pessoas são demitidas
Em um comunicado interno, o CTO do banco digital afirmou que foram tomadas ações rápidas para evitar que a trama fosse concluída
Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede
No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima
Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?
Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço
