Ações da Mobly (MBLY3), que derretem 50% desde IPO, têm nova baixa após balanço; veja o que dizem analistas
Papéis caíram quase 10% nesta terça; empresa teve segundo trimestre dentro do esperado, com resultado impactado pela alta dos custos das matérias-primas
As ações da Mobly (MBLY3) mergulharam nesta terça-feira (10), após a companhia divulgar o balanço do segundo trimestre. Os papéis fecharam com forte queda de 9,73%, a R$ 12,80.
Com a queda de hoje, as ações da Mobly já derretem 50% desde a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da companhia, em fevereiro deste ano.
Os destaques do segundo trimestre da empresa são os seguintes:
- Volume de vendas (GMV) chegou a R$ 247 milhões, em linha com o esperado pelo mercado;
- O destaque foi a frente de lojas, impactada de forma positiva pela reabertura econômica: o GMV desse segmento foi de R$ 35 milhões (ante R$ 8 milhões do mesmo período do ano passado);
- Volume de vendas do segmento online caiu, influenciado pela forte base de comparação: a baixa foi de 53% em junho, na comparação anual;
- A Mobly continuou a melhorando a logística, batendo o menor tempo de espera desde o início de 2020: 12,5 dias em julho;
- A receita líquida atingiu R$ 175,7 milhões, crescendo 38,6% na comparação anual, devido aos prazos de entrega menores;
- Margem bruta caiu para 37,5%, ante 40,3%, por conta da alta dos custos das matérias-primas.
Os resultados da Mobly em parte refletem os desafios com os quais o setor mobiliário tem lidado desde que a pandemia de covid-19 desorganizou a cadeia de suprimentos.
Diversos setores, entre eles o de móveis, registram inflação substancial de custos de insumos, que não pode ser totalmente repassada aos consumidores devido ao cenário de baixa demanda.
Por outro lado, analistas e executivos da empresa destacam, entre outros fatores, o ganho de participação de mercado e o avanço de iniciativas de crescimento da companhia conforme definido no IPO.
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Entre as iniciativas que devem beneficiar a companhia estão o financiamento de fornecedores, o aumento nas campanhas de marketing e a ampliação da sua rede de lojas físicas e centros de distribuição.
A Mobly inaugurou em julho uma megaloja na cidade de Campinas e planeja abrir mais seis novas lojas até o final do ano.
"O novo e maior centro de distribuição, em Cajamar (SP), está em construção e deve permitir à Mobly consolidar as operações do que antes eram dois espaços separados no estado", disseram os analistas do Goldman Sachs.
Mobly (MBLY3): o que dizem os analistas
Ao menos dois bancos de investimento mantiveram a recomendação de compra para as ações da Mobly (MBLY3) após os resultados do segundo trimestre.
- Itaú BBA: preço-alvo de R$ 27,8 por ação;
- Goldman Sachs: preço-alvo de R$ 26 por ação.
O Itaú BBA destaca que a empresa continua a melhorar a logística e segue com seu plano de abertura de lojas - o que, segundo os analistas do banco, deve melhorar o reconhecimento da marca e a experiência do cliente.
"Continuamos acreditando que a Mobly está bem posicionada para consolidar o mercado extremamente fragmentado de móveis no Brasil", disse a instituição em relatório.
Além de expressar otimismo com o projeto de expansão da Mobly, os analistas do Goldman Sachs argumentam que a empresa tem um múltiplo EV/Sales (valor de firma sobre vendas) abaixo dos pares globais.
A estimativa do banco é que o múltiplo da companhia possa atingir 1,7 vezes em 12 meses.
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