Regulamentação do Bitcoin pode fazer preço da moeda cair ‘brutalmente’, diz maior gestora da Europa
Em entrevista ao portal The Block, Amundi Mortier afirmou que “quando algumas regras passarem a contemplar as criptomoedas”, o Bitcoin poderia voltar aos patamares de US$ 30 a US$ 20 mil
A regulamentação de criptomoedas ainda é um terreno pouco firme. Naturalmente, a legislação em torno deste tipo de ativo irá evoluir conforme a procura aumente.
Entretanto, a maior gestora da Europa, a Amundi, que agrega mais de US$ 1,5 trilhão em investimentos de seus clientes, afirmou que novas regras de regulamentação para criptomoedas poderiam ser um golpe fatal no preço dos ativos, especialmente do Bitcoin.
Em relatório divulgado na quarta-feira (24), o vice-CIO de Amundi, Vincent Mortier, e o chefe de visão global, Didier Borowski, disseram que os reguladores do G7 estão "determinados" a regular as criptomoedas. Mas essa regulamentação poderia “ajustar o preço em um primeiro momento, talvez de maneira brutal”.
Em entrevista ao portal The Block, Mortier afirmou que “quando algumas regras passarem a contemplar as criptomoedas”, o Bitcoin poderia voltar aos patamares de US$ 30 a US$ 20 mil, sendo que hoje o principal criptoativo já é negociado acima dos US$ 50 mil.
Do outro lado da banca
A dupla ainda argumenta que as criptomoedas não são dinheiro “de verdade” porque não têm as três características essenciais para qualquer moeda: uma unidade de conta, uma reserva de valor e um meio de troca. Além disso, pela alta volatilidade e a falta de recursos legais que respaldem o uso de criptomoedas, eles preferem chamá-las apenas de “criptoativos”.
Ainda, as criptomoedas não têm uma característica única de ativos, como ações e títulos. Dessa forma, as criptomoedas “não têm um ativo econômico subjacente real. Como resultado, não existe um modelo de avaliação", na visão dos economistas.
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Os investidores em Bitcoins e criptomoedas parecem não discordar de Borowski e Mortier. Aliás, eles não descartam as afirmações dos executivos e incluem isso na precificação desses ativos, levando em conta o alto risco que apresentam.
Corrida pelo ouro
Mesmo sendo chamado de “ouro digital”, Borowski e Mortier dizem que as criptomoedas ainda têm um longo caminho até provar o seu valor. "[Elas] dispararam durante a crise econômica da Covid-19, mas não passaram por um episódio de estresse financeiro", disseram. "Portanto, dar a elas o mesmo status que o ouro, ex ante, ao estimar seu potencial de alta é questionável”, concluem.
Stablecoins
A categoria que mais pode se aproximar das moedas fiduciárias (nome dado a moedas com lastro) são os stablecoins. Eles são, basicamente, moedas digitais atreladas a um lastro, que pode ser ouro, dólar ou commodities, e são usadas para reduzir a volatilidade das criptomoedas.
Mas, de acordo com o relatório, os stablecoins também podem representar riscos para o sistema financeiro, "principalmente se um deles deixar de ser capaz de manter seu valor fixo".
"Somente depois que o ambiente regulatório se estabilizar e a relação com as moedas digitais do BC [banco central] for esclarecida, os gestores de ativos poderão recomendar ativos digitais como veículos de investimento seguros. No final, os investimentos em CCs [criptomoedas] podem ser promissores, mas ainda são especulativos por natureza ", concluíram.
Divergências
Muitos argumentos utilizados pelos executivos da Amundi podem estar corretos, se você olhar apenas um lado da criptomoeda. André Franco, engenheiro e especialista em criptomoedas da Empiricus, já explicou um pouco sobre como funciona o Bitcoin para leigos.
O primeiro ponto é exatamente esse: a criptomoeda é descentralizada, ou seja, não existe um Banco Central que possa emitir Bitcoins e, de fato, a moeda não tem lastro. Mas ela foi criada para isso mesmo. E hoje, pela alta da procura e do preço das criptomoedas, é possível dizer que os investidores não estão muito preocupados com isso.
Enquanto as especulações em cima das criptomoedas aumentam e há quem veja valor e quem acredite que é uma bolha, não podemos ignorar o fato de que, desde o início do ano, o valor do Bitcoin subiu mais de 80%.
Após bater os US$ 60 mil, recorde histórico, o preço do Bitcoin vem sofrendo perdas. Por volta das 12h, a criptomoeda era negociada com desvalorização de 9,30%, aos US$ 51,528.57.
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