Presente, passado e futuro dos shopping centers
Você se lembra da última vez em que foi ao cinema? Eu não tenho a sensação de assistir a um filme na tela grande e aglomerado com desconhecidos desde fevereiro do ano passado, quando fui com meu filho assistir a Jojo Rabbit, um dos últimos candidatos ao Oscar 2020 que estreou no país.
Foi um típico programa de fim de semana pré-pandemia de uma família de classe média nas grandes cidades. Depois do filme, aproveitamos para dar um passeio na livraria e comer algo na praça de alimentação. Tudo isso sem sair do shopping center, onde o nosso carro permaneceu estacionado durante todo esse período.
Ao oferecerem praticidade e comodidade, os shoppings se tornaram espaços cobiçados, e não só por lojistas e consumidores ávidos por lazer sob aparelhos de ar-condicionado que garantem uma temperatura de nível europeu nas quatro estações do ano.
O negócio que alia uma receita estável de aluguéis com a perspectiva de crescimento via aquisições ou expansão para outras cidades atraiu também investidores na bolsa. Hoje você pode ser sócio de uma administradora ou ser cotista de um fundo imobiliário que investe no ramo.
Só que esse modelo aparentemente inabalável ruiu com a covid-19. E quando o pior parecia ter ficado para trás, o agravamento da pandemia obrigou os shoppings a fecharem as portas mais uma vez — ainda não sabemos até quando.
No mercado financeiro, as ações das empresas que administram shoppings sentiram o baque, o que deixou por outro lado os preços convidativos. Será que é hora de reabrir um espaço da sua carteira para os papéis do setor? Confira o que pensam analistas e gestores de fundos nesta matéria que eu escrevi.
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EMPRESAS
O mercado acordou com a surpreendente notícia de que o Carrefour Brasil fechou um acordo para adquirir o Grupo Big por R$ 7,5 bilhões. A empresa, que agrega a antiga operação da varejista americana Walmart no país e é controlada pelo fundo Advent, se preparava para fazer um IPO.
Será que agora vai? Os acionistas da Smiles vão se reunir novamente para avaliar a incorporação da empresa pela Gol. Para tentar finalmente sacramentar a operação, a companhia aérea apresentou uma proposta melhorada pela administradora de seu programa de fidelidade.
Os problemas de Eike Batista com as autoridades parecem não ter fim. A CVM decidiu multar o empresário em R$ 150 mil por suposto conflito de interesse envolvendo a mineradora MMX e a empresa de energia elétrica MPX, ambas parte do antigo Império X. Entenda mais o caso.
MERCADOS
O Ibovespa fechou ontem em queda de 1,49%, aos 113.261 pontos, com diversas notícias azedando o humor dos investidores: uma terceira onda de covid-19 na Europa, a pandemia desenfreada no Brasil e a possibilidade de aumento dos impostos sobre as grandes nos Estados Unidos. O dólar caiu 0,04%, a R$ 5,51.
O que mexe com os mercados hoje? Com o agravamento da pandemia no país, o mercado vai prestar atenção nos desdobramentos da reunião entre os líderes dos três Poderes, mais governadores amigos, que vai tratar de acertar bases mínimas para o combate à covid-19. Também estão no radar dos investidores os novos testemunhos do presidente do Fed, Jerome Powell, e da secretária do Tesouro, Janet Yellen, agora no Senado americano.
ECONOMIA
O Brasil voltou a registrar recorde no número de mortes diárias por covid-19, sendo que desta vez o total de óbitos ultrapassou a marca de 3 mil.
Muita gente acha que a velha caderneta de poupança não precisa ser declarada porque a aplicação é isenta de imposto. Mas não é bem assim. Veja aqui como e por que é preciso colocá-la no IR.
A VIDA APÓS O IPO
O Seu Dinheiro convidou alguns CEOs e fundadores de empresas que abriram o capital recentemente na B3 para contar diretamente para você o que esperar das empresas após a oferta pública de ações (IPO). Hoje é a vez de Cristina Andriotti, CEO da Ambipar, falar sobre os planos de crescimento via aquisições da primeira companhia da área de gestão ambiental a ter ações na bolsa.
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