As lições do apagão do Facebook para os investidores obcecados por segurança
Os custos ocultos do desejo de controle por vezes são substancialmente maiores do que eventuais riscos explícitos do descontrole e da desinformação
Sim, nós acreditamos em hedge.
Sim, nós compreendemos o argumento do barbell talebiano, em que 80% do seu patrimônio deve ser alocado em ativos à prova de falência.
Sim, nós defendemos que o único critério racional para tomar decisões de investimento é a maximização da sobrevivência.
Mas nem por isso vamos tratar o book de seguros como a bailarina do Chico Buarque.
Os defeitos do book de seguros
Assim como nós, marginais alados, o book de seguros também tem seus defeitos.
Veja só a situação do Facebook e as lições que esse episódio de queda de sistemas traz para o investidor pretensamente bullet-proof, que deseja fiscalizar sua carteira o tempo todo, nos mínimos detalhes, e é obcecado por segurança.
Leia Também
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
Tudo começou com uma manutenção preventiva de rotina, durante a qual um comando foi dado visando obter informações sobre a capacidade disponível do backbone global do FB.
Devido a um erro, esse comando acabou derrubando todas as conexões da rede, gerando um efeito em cadeia que desconectou data centers do Facebook no mundo inteiro.
Irônico, não?
Você dá um comando para ver se a capacidade está ok, e aquele mesmo comando destrói completamente sua capacidade.
Isso remete aos custos ocultos do desejo de controle e monitoramento, por vezes substancialmente maiores do que eventuais riscos explícitos do descontrole e da desinformação.
Ao monitorar os downticks do mercado a cada microssegundo, investidores se apavoram, vendem a qualquer preço e potencializam coletivamente a derrocada de suas alocações em bolsa.
Ao buscarem a prevenção de adiantar liquidez para se protegerem de possíveis futuros resgates, gestores provocam seus futuros resgates.
A opção por máxima proteção não é algo trivial
Pois bem, uma vez instaurado o problema, a única forma de corrigi-lo era levar os engenheiros do FB para dentro dos data centers, já que o acesso remoto havia sido cortado.
No entanto, assim que adentraram os espaços físicos, os engenheiros perceberam que a restauração dos sistemas ainda levaria um bom tempo.
Os níveis de segurança dos data centers são tão elevados que até mesmo os funcionários da própria empresa enfrentam enormes dificuldades para acessá-los e reconfigurá-los.
A opção por máxima proteção não é nada trivial, pois esbarra em trade-offs duríssimos.
Quanto mais nos protegemos pensando em cenários ruins, menos nos protegemos de outros cenários ruins (não imaginados) e menos nos liberamos para tirar proveito dos eventuais cenários bons (a virada pode ser rápida).
Você pode dormir tranquilo com o conforto do seu book de seguros devidamente montado. Bons sonhos, bebê!
E pode também acordar com a pior ressaca do mundo: aquela que aflige a única pessoa que não foi convidada para a festa.
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade