Mercados hoje: dados econômicos, desdobramentos fiscais – e um copo de água com açúcar, por favor
Já deixe a água com açúcar do lado de seu computador. Brasília continua reservando emoções, hoje contando com desfile militar na Praça dos Três Poderes, gesto visto como uma tentativa de intimidação do Executivo na votação PEC do voto impresso e mais
Bom dia, pessoal!
Ontem (9), os mercados testemunharam um dia de volatilidade, com a performance do consolidado do dia não fazendo jus ao que realmente aconteceu. Leia nossa cobertura completa de mercados. As novas variantes da Covid-19 seguem sendo um problema atual, com o mercado de energia duramente atingido novamente (vide a queda do petróleo), por conta da preocupação com uma queda na demanda.
Para hoje, nos EUA, uma nova rodada de gastos agora parece provável, com o projeto de infraestrutura de US$ 1 trilhão na cara do gol para ser aprovado. Dados econômicos são relevantes por lá, assim como o serão por aqui, no aguardo da ata do Copom e dos dados oficiais de inflação, diante da divulgação do IPCA de julho.
Lá fora, as ações asiáticas tiveram um terça-feira mista, mas predominantemente no positivo, reflexo do otimismo em relação à recuperação econômica gradual. A Europa abre a manhã sem um sentido definido, com muitas Bolsas perto da estabilidade, enquanto os futuros americanos não enfrentam uma boa manhã.
A ver...
De norte a sul: tem de tudo um pouco hoje
Já deixe a água com açúcar do lado de seu computador hoje, pois será necessária muita calma para enfrentar o dia por aqui. Brasília continua reservando emoções, hoje contando com desfile militar na Praça dos Três Poderes, gesto visto como uma tentativa de intimidação do Executivo na votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, marcada para hoje – Lira deseja mostrar que não há ambiente para uma aprovação na Câmara, de modo a amenizar o clima entre Bolsonaro e o Judiciário.
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Além disso, o presidente se reúne com o deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), relator da reforma administrativa da Câmara, com a participação dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia) – o encontro pode reservar alguma novidade sobre o andamento desta reforma, tão importante para o segundo semestre.
Contudo, apesar de o contexto político ser relevante, o que chama atenção é a agenda de dados econômicos e eventuais desdobramentos fiscais. A começar com a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que promete revelar um pouco mais das intenções do Banco Central (BC) para o processo de normalização dos juros. Adicionalmente, contamos ainda com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, que, se vier acima do esperado, poderá reforçar o discurso de que um aperto monetário agora é realmente necessário.
No panorama fiscal, novidades sobre a possível folga para o Orçamento de 2022 chamam atenção, diante da proposta do governo que prevê a troca do indexador para as dívidas parceladas em dez anos, nas quais começaria a ser usada a Selic em vez do IPCA – representantes do Ministério da Economia concedem entrevista coletiva, a partir das 9h30, para apresentar a PEC dos precatórios.
Apertem os cintos, o estímulo está chegando
O Senado dos EUA parece finalmente preparado para aprovar o projeto de infraestrutura de US$ 1 trilhão, incluindo novos gastos federais para estradas, pontes, ferrovias, água potável e acesso à banda larga a partir de 2022. Note que se trata apenas de uma das casas legislativas, sendo que a proposta também precisará ser aprovada na Câmara, com o teto da dívida precisando ser aumentado, o que mantém a política fiscal um problema vivo para os mercados.
Já faz quase dez anos desde que um longo debate no Congresso sobre o teto da dívida fez com que a Standard & Poor’s rebaixasse a classificação de crédito do governo dos EUA pela primeira vez, fato que ninguém está ansioso para que se repita e que poderia ter repercussão relevante no câmbio e nos juros.
O projeto acrescentaria US$ 256 bilhões ao déficit federal na próxima década, mas está longe de ser o fim da história. Depois da infraestrutura, os democratas ainda esperam aprovar o esboço de um pacote separado de US$ 3,5 trilhões de programas ambientais, educacionais e de cuidados infantis, sem os quais a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, disse que não consideraria o projeto de US$ 1 trilhão de infraestrutura.
Mais sobre o clima
Ontem (9), o relatório da ONU sobre as mudanças climáticas tem como pano de fundo os custos humanos e econômicos visíveis. Já faz algum tempo que a ONU não lidera de maneira assertiva alguma das iniciativas globais – essa era ficou para trás com diplomatas como Kofi Annan e Sérgio Vieira de Mello.
De todo modo, as mudanças climáticas continuam a aumentar a volatilidade do mercado financeiro, devendo se tornar um tema cada vez mais relevante na próxima década, ao passo que os países e as empresas realizam investimentos e reestruturam suas operações para atender seus objetivos para a janela que se encerra em 2030.
Assim, cada vez mais os investidores precisam considerar os danos diretos das mudanças climáticas e as consequências das decisões políticas dos governos ao redor do mundo sobre o tema. Se você se preocupa em relação a isso, não deixe de conferir o Vitreo Carbono, uma de nossas iniciativas para surfar essas mudanças estruturais que deverão ocorrer no próximo ano.
Anote aí!
Na Europa, o dia começa com a pesquisa alemã que mede o sentimento econômico – o curso da pandemia pode esticar a recuperação por um período mais longo. Nos EUA, os dados de produtividade e custo de mão de obra são devidos, sendo que a expectativa é de alta de 0,9% nos custos da mão de obra e de 3,4% na produtividade. Vale também acompanhar as falas de autoridades monetárias, como a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, e o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans.
No Brasil, vale acompanhar, além dos resultados (hoje teremos a digestão dos números de nomes como Petz, BTG Pactual, Klabin, RaiaDrogasil, Porto Seguro, Marfrig e C&A), a ata da última reunião do Copom, que aumentou a Selic de 4,25% para 5,25%. Ainda, o IBGE divulga o IPCA de julho, principal indicador da semana.
Muda o que na minha vida?
Depois dos últimos retoques, o pacote de infraestrutura de US$ 1 trilhão finalmente parece pronto para ser votado hoje. O plano de 2.702 páginas é uma das principais prioridades legislativas do presidente Biden e seria o maior investimento em estradas, pontes, portos e trânsito dos EUA em décadas.
A Lei de Investimento em Infraestrutura e Empregos (nome formal da criança) inclui US$ 550 bilhões em novos gastos ao longo de cinco anos, além de US$ 450 bilhões em fundos aprovados anteriormente. Desses, US$ 110 bilhões seriam alocados para estradas e pontes, US$ 66 bilhões para ferrovias, US$ 55 bilhões para infraestrutura de água e esgoto e US$ 39 bilhões para transporte público.
Também há dinheiro para portos, internet banda larga de alta velocidade, substituição de canos de água feitos de chumbo e construção de uma rede de estações de carregamento de veículos elétricos.
A questão que fica é: como pagar pelo pacote depois que ideias como aumentar a receita de um novo imposto sobre o gás foram rejeitadas pelos republicanos (o texto tem apoio bipartidário)? Hoje, o pensamento é financiar parte da conta por meio de US$ 205 bilhões em ajuda de emergência para a Covid-19 inexplorada, bem como pela assistência ao desemprego que foi recusada por alguns estados.
No entanto, o projeto ainda precisaria ser aprovado na Câmara dos Representantes, onde até mesmo alguns progressistas democratas sugeriram que o valor de US$ 1 trilhão é inadequado – ou seja, há resistência dos dois lados.
Para o longo prazo, o mercado de ações passa a ter um suporte renovado para justificar revisões positivas de retornos sobre os investimentos potenciais. Consequentemente, países emergentes também surfam bem, obrigado; afinal, alguém precisa suprir com matéria-prima esse projeto.
Daily Opportunity
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Fique de olho!
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Um abraço,
Jojo Wachsmann
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