🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Vinícius Pinheiro

Vinícius Pinheiro

Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances "O Roteirista", "Abandonado" e "Os Jogadores"

Entrevista exclusiva

Após vender Hortifruti para Americanas, Partners Group quer investir US$ 300 milhões e lançar fundo para o varejo no Brasil

Com um total de US$ 120 bilhões sob gestão, responsável pela gestora suíça no Brasil e América Latina fala ao Seu Dinheiro sobre potenciais alvos de aquisição e “concorrência” com IPOs na B3

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
16 de setembro de 2021
6:05 - atualizado às 8:51
Fachada da Hortifruti Natural da Terra, compara pela Americanas (AME3)
Hortifruti Natural da Terra, empresa investida pela Partners vendida no mês passado para a Americanas - - Imagem: Divulgação

Os fundos de private equity são aqueles que compram participações em empresas de médio e grande porte, em geral de capital fechado. O objetivo é vendê-las no futuro com retornos que podem chegar a várias vezes o capital investido — se tudo der certo, é claro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com um total de US$ 120 bilhões sob gestão, a suíça Partners Group recentemente deu uma dessas raras tacadas certeiras com a Hortifruti Natural da Terra. 

Após adquirir uma uma participação na varejista de produtos naturais no fim de 2015, o fundo completou o ciclo na companha no mês passado, com a venda da rede para a Americanas, em um negócio de R$ 2,1 bilhões.

O retorno com o negócio não foi revelado, mas o mercado estima que a Partners pode ter levado para casa, ou melhor, para os investidores do fundo, entre duas e três vezes o valor aplicado.

Apetite para mais

Após o ganho com o investimento na Hortifruti, Tiago Andrade, responsável pela equipe de private equity da Partners Group na América Latina, tem agora a missão de encontrar novas oportunidades lucrativas na região.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como o fundo da gestora pode investir em qualquer lugar do mundo, é preciso competir pelos recursos. E tanto o Brasil como os nossos vizinhos não se encontram no melhor momento aos olhos do investidor global.

Leia Também

“Neste momento, a região está mais instável, mas até mesmo como diversificação do portfólio vai sempre haver interesse em investir aqui”, me disse Andrade, em uma entrevista por videoconferência.

A Partners tem como objetivo investir US$ 300 milhões (quase R$ 1,6 bilhão, no câmbio atual) e fazer até três investimentos na América Latina nos próximos cinco anos.

A gestora costuma assinar cheques maiores, da ordem de US$ 100 milhões (R$ 530 milhões) por transação. Nesse sentido, o dólar alto tem um efeito positivo e negativo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Se por um lado, fica mais barato investir no Brasil em moeda forte, por outro encontrar empresas com porte para receber investimentos no valor mínimo pretendido se torna mais difícil.

Tiago Andrade, responsável pelo private equity da Partners Group na AL

Em busca de uma plataforma

O alvo da Partners são empresas em estágio mais maduro do que os fundos que investem em startups. São companhias que podem ter como destino a bolsa ou a venda para um investidor estratégico no futuro.

Foi exatamente o que aconteceu com a Hortifruti, que chegou a entrar com pedido para realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3 antes de ser vendida para a Americanas.

Entre os setores favoritos para potenciais aquisições, estão os de saúde, educação, serviços e agricultura. Nesse último caso, a gestora pretende focar menos na produção agrícola em si e mais cadeia de valor do agronegócio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A ideia é transformar as empresas adquiridas em plataformas que possam crescer via aquisições em segmentos ainda muito fragmentados, que contam com dezenas de competidores com pequenas participações de mercado.

Em maior ou menor grau, outras gestoras de private equity miram os mesmos setores e com objetivo semelhante. Mas o executivo da Partners não vê problema na concorrência diante do potencial do mercado brasileiro.

“Nos Estados Unidos, investimos na EyeCare, maior rede de clínicas oftalmológicas do mercado e que possui 3% de participação. Aqui no Brasil não há nem de perto alguém desse tamanho.”

De olho no investidor de varejo

O mercado de compra de participações em empresas historicamente foi voltado para gente grande, ou seja, investidores com muito dinheiro. Afinal, os fundos possuem um prazos muito longos de duração — dez anos, em média — e em geral só permitem o resgate no fim do prazo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas essa realidade começa a mudar com a popularização das plataformas de investimento fora dos grandes bancos e a sofisticação do mercado de investimentos — o chamado financial deepening, como gosta de dizer o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual.

Os fundos da Partners Group hoje são voltados essencialmente para grandes investidores, mas a gestora já trabalha para lançar uma versão para investidores brasileiros do fundo global que poderá ser acessível inclusive para o público de varejo, segundo Andrade.

Leia também:

Concorrência com a B3

Além do ambiente mais conturbado para investimentos, a Partners conta com outro obstáculo para investir no país: a “concorrência” com as ofertas de ações na B3.

Com o mercado de capitais aquecido, algumas empresas que poderiam ser alvo de um aporte do fundo acabam optando por abrir o capital diretamente, diante do preço muitas vezes mais atrativo obtido em um IPO.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“A bolsa acaba competindo comigo ao atrair empresas de menor porte”, afirma Andrade. Nesse caso, contudo, trata-se de um bom problema, já que os IPOs também são uma porta de saída para os investimentos da gestora, como quase foi o caso da Hortifruti.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DE CARA NOVA

Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje

10 de novembro de 2025 - 9:51

Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa

A BOLSA NAS ELEIÇÕES

A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda

9 de novembro de 2025 - 15:31

O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?

9 de novembro de 2025 - 10:30

Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção

DISNEY GARANTIDA?

Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo

8 de novembro de 2025 - 16:43

A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025

A SEMANA NA BOLSA

Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações

8 de novembro de 2025 - 11:31

O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos

HORA DE COMPRAR?

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?

7 de novembro de 2025 - 18:11

As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo

REAÇÃO AO BALANÇO

Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”

7 de novembro de 2025 - 12:25

A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza

FOME DE CRESCER

Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento

7 de novembro de 2025 - 10:17

Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489

6 de novembro de 2025 - 18:58

O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.

TOUROS E URSOS #246

A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário

6 de novembro de 2025 - 13:00

Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário

CARTA DA ATMOS

As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa

6 de novembro de 2025 - 10:55

Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora

DE SÃO PAULO A WALL STREET

Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?

5 de novembro de 2025 - 19:03

Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614

5 de novembro de 2025 - 18:14

Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe

REAÇÃO AO BALANÇO

Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?

5 de novembro de 2025 - 9:28

Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25

SD ENTREVISTA

Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais

4 de novembro de 2025 - 17:50

O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro

FIIS HOJE

FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa

4 de novembro de 2025 - 11:33

Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII

AÇÃO DO MÊS

Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas

4 de novembro de 2025 - 6:02

Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa

NO TOPO

Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?

3 de novembro de 2025 - 14:46

Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é

LOCATÁRIOS DE PESO

Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões

3 de novembro de 2025 - 14:15

A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574

3 de novembro de 2025 - 11:53

Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar