Fundos de private equity usam onda de IPOs para vender portfólio de negócios
Movimentação comprova os dados históricos da B3: das empresas que fizeram IPO entre 2009 e 2020, 56% tinham fundos private equity como sócios
Os fundos de private equity (que compram participações em empresas) estão aproveitando o cenário favorável no mercado de capitais para vender empresas.
Em meio à pandemia, a gestora Advent vendeu sua companhia mais antiga do portfólio - a varejista de materiais de construção Quero-Quero. A saída do fundo do negócio foi por meio de uma oferta inicial de ações (IPO, em inglês). Na operação, o Advent embolsou R$ 2 bilhões com a venda de 88% de sua participação.
Na esteira da Advent, outros fundos se organizam para fazer o mesmo. Em setembro, está previsto o IPO da Petz, rede de varejo focada em animais de estimação, do fundo Warburg Pincus. A operação pode movimentar até R$ 3,33 bilhões. A empresa do setor imobiliário Alphaville e a farmacêutica Alfa, que pertencem à gestora Pátria, também fizeram registro de abertura de capital na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Essa movimentação comprova os dados históricos da B3, a bolsa paulista. Das empresas que fizeram IPO entre 2009 e 2020, 56% tinham fundos private equity como sócios. "Os fundos têm dois grandes dilemas. O primeiro é sobre condições de entrada, como o preço e o crescimento da empresa.
O segundo é sobre como será a saída", diz Alessandro Farkuh, responsável pelo banco de investimento do Bradesco BBI. Segundo ele, com o mercado de capitais mostrando consistência desde o ano passado, entre 30% e 40% das transações que estão hoje na mesa são de fundos.
Mercado vibrante
"Estamos vendo uma evolução natural do mercado. Os fundos pegam empresas nascentes e as ajudam, em um ciclo de investimento que vai de cinco a dez anos. Em outros momentos, quando chegava o momento de maturação do investimento, os fundos não tinham saída. Agora, vivemos um momento do mercado de capitais vibrante que pode absorver esses ativos", explica Eduardo Mendez, chefe de mercado de capitais e renda variável para América Latina do banco Morgan Stanley.
Leia Também
Mendez destaca que, quando essas empresas chegam à Bolsa, elas têm ainda um processo de crescimento a ser capturado pelos novos investidores.
O próprio Advent ainda pode fazer abertura de capital de uma outra empresa de seu portfólio, a distribuidora de tecnologia Allied.
Antes da Quero-Quero ir à B3 no início de agosto, a oferta subsequente de ações da rede de farmácia Panvel movimentou R$ 1 bilhão em junho, permitindo a saída o fundo Kinea, do Itaú Unibanco, do negócio. A rede vendeu sua fatia minoritária, obtendo um lucro de três vezes o valor inicialmente aportado.
Além do mercado acionário ser uma porta de saída para as gestoras, as empresas que pertencem a esses fundos chegam mais preparadas para o processo de se tornarem públicas.
Sócio responsável pela área de renda variável do BTG Pactual, Fabio Nazari destaca que as empresas investidas por fundos de investimento já chegam à hora da abertura de capital maduras, exatamente por conta do trabalho feito pelos fundos ao longo dos anos. "Ter uma companhia bem estruturada em governança faz uma diferença muito grande na hora do IPO", comenta o especialista.
Além disso, segundo o executivo do BTG, os investidores têm observado como os atuais donos das empresas irão conviver com novos sócios após a abertura de capital.
O chefe global de banco de investimento do Itaú BBA, Roderick Greenlees, afirma que os fundos especializados em comprar fatias de empresas têm um ciclo natural de negócio. Ele explica que, depois de um período que geralmente vai de três a cinco anos, chega a hora do desinvestimento.
"Após esse período, eles (os fundos) começam a pensar na monetização. Hoje vemos no componente secundário das ofertas os fundos de private equity. Isso é natural e a oferta de ações é mais uma porta de saída para eles."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Nvidia já vale quase quatro ‘Ibovespas’ — e ainda tem investidor de olhos fechados para o exterior, diz sócio do BTG
Segundo Marcelo Flora, a expansão no exterior é “inevitável”, mas ainda há obstáculos no caminho de uma verdadeira internacionalização da carteira dos brasileiros
Renner (LREN3) vai se beneficiar com a “taxação das blusinhas”? BB Investimentos revisa preço-alvo para as ações e diz se é hora de comprar os papéis da varejista
Segundo BB-BI, os papéis LREN3 vêm apresentando performance “bastante superior” à do Ibovespa desde o início do ano, mas a varejista ainda tem desafios
Como Warren Buffett decide quando vender uma ação e por que o bilionário está ‘desovando’ papéis do Bank of America no mercado
O Oráculo de Omaha acendeu um alerta no mercado ao vender posições tradicionais em empresas como Apple e Bank of America
Banco BV lança CDB que rende até 136% do CDI e com resgate até nos finais de semana; veja como investir
O novo título faz parte da ação que comemora os 36 anos do banco neste mês de setembro
Melhor ação do Ibovespa em 6 anos rendeu quase o dobro do bitcoin; veja ranking
Neste aniversário de seis anos do Seu Dinheiro, bitcoin se mantém como investimento mais rentável, com quase 1.200% de alta desde o nascimento do site, mas melhor ação do Ibovespa rendeu muito mais; veja os melhores e piores investimentos do período
A fábrica de bilionários não pode parar: Weg (WEGE3) vai investir mais de R$ 500 milhões no Brasil; saiba qual estado vai ficar com a maior parte do aporte
No dia anterior, a queridinha dos investidores havia anunciado a distribuição milionária de dividendos para os seus acionistas; confira os detalhes
Transformando um inimigo em aliado: Com influência de estímulos da China perto de limite, Ibovespa mira no IPCA-15
Analistas projetam aceleração da prévia da inflação em setembro em relação a agosto, mas desaceleração na leitura anual
Quanto rende investir R$ 1.000 por mês? Como usar o poder dos juros compostos a seu favor
O grande inimigo de quem contrai dívidas também pode se tornar um dos principais aliados na construção do patrimônio com uma troca de papéis
Entre estímulos e desestímulos: corte de juros na China anima bolsas internacionais, mas Ibovespa espera a ata do Copom
Iniciativas do banco central chinês incluem a redução do compulsório bancário e corte de juros para financiamentos imobiliários e compra de um segundo imóvel
R$ 1 é o suficiente para começar: especialista vai revelar estratégia para buscar os primeiros R$ 100 mil com investimentos na bolsa de valores
Segundo um dos especialistas mais renomados do Brasil no mercado de opções, o potencial de valorização é tamanho que não é necessário um grande aporte para buscar lucros
150% do CDI: Mercado Pago lança CDB para atrair novos clientes; veja o quanto rendem R$ 1 mil
Aplicação do Mercado Pago supera de longe a caderneta de poupança, mas tem limitações de prazo e valor do CDB
Evento em NY visa a atrair investidores estrangeiros para negócios verdes no Brasil; veja o potencial das principais oportunidades no país
Brazil Climate Summit ocorre nesta quarta (18) e visa a “vender” o país como hub de soluções climáticas para o mundo
BTG eleva projeção para o S&P 500 em 2024 e elege as 20 melhores ações americanas para investir em setembro
Apesar das expectativas para o cenário de juros e as eleições nos EUA, o cenário macro para as ações continua forte e com oportunidades
Alupar (ALUP11) vence novo leilão de transmissão no Peru com projeto de US$ 42,8 milhões
A instalação abrange Junín, no planalto central do país; investimentos da Alupar na América Latina somam US$ 732,6 milhões até 2029
Disclaimer nas bolsas: Wall Street ganha uma ajudinha da inteligência artificial, enquanto mercado aguarda corte de juros na Europa
Durante o pregão regular de ontem (11), a Nvidia, joia da coroa do setor, chegou a saltar mais de 8% e animou os índices internacionais nesta quinta-feira
Por que investir no exterior é importante mesmo quando os rendimentos em renda fixa no Brasil estão tão atraentes?
Especialistas discutiram como os eventos globais estão moldando as estratégias de investimento e a importância da diversificação internacional
Mercado de previdência cresce a dois dígitos por ano, mas investimento ainda gera polêmica entre especialistas e beneficiários
No Brasil, o tema costuma ser um dos mais polêmicos e desafiadores, tanto para especialistas quanto para beneficiários
Investe em FIDC? Nova lei pode reduzir riscos e aumentar a rentabilidade dos fundos de direitos creditórios
O texto traz uma flexibilização para a Lei da Usura que, segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, deve beneficiar essa classe de investimentos
Setembro finalmente chegou: Feriado nos EUA drena liquidez em início de semana com promessa de fortes emoções no Ibovespa
Agenda da semana tem PIB e balança comercial no Brasil; nos EUA, relatório mensal de emprego é o destaque, mas só sai na sexta
Stuhlberger vê Brasil com ‘muita cautela’ em meio a tendência “explosiva” para o fiscal
Nas projeções do gestor da Verde, a inflação no Brasil deve ficar próxima de 4,5% em 2025, apesar da política monetária mais restritiva do Banco Central