Nubank baixa a pedida do IPO e agora pode chegar à bolsa valendo até US$ 41 bilhões
Para convencer os investidores a comprar as ações, o Nubank reduziu a faixa de preço por ação sugerida no IPO em aproximadamente 20%

O Nubank precisou baixar a pedida para levar adiante a badalada oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Com isso, o banco digital deve estrear na Bolsa de Nova York (Nyse) valendo no máximo US$ 41 bilhões.
Esse valor equivale a R$ 230 bilhões, no câmbio atual. Ainda se trata de muito dinheiro, é claro. Mas é bem menos que os US$ 50 bilhões (R$ 280 bilhões) pretendidos inicialmente.
Para convencer os investidores a comprar as ações, o Nubank reduziu a faixa de preço por ação sugerida em aproximadamente 20%, para um intervalo de US$ 8 a US$ 9.
Desta forma, o preço dos recibos de ações (BDRs) para uma faixa entre R$ 7,45 e R$ 8,38 cada. Junto com o IPO na Nyse, a empresa de tecnologia financeira (fintech) realiza uma oferta de forma simultânea na B3.
Essa é uma má notícia para quem deve receber de graça "um pedacinho" do Nubank. A empresa criou um programa criado para distribuir 1 BDR aos clientes ativos e que não estejam inadimplentes dentro do IPO.
Mas pode ser uma oportunidade para os investidores que acreditam no potencial da empresa pagarem mais barato pelos papéis — ou menos caro, dependendo do ponto de vista.
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O período de reservas vai até a semana que vem. O código do BDR do Nubank na B3 será "NUBR33". Cada papel negociado na bolsa brasileira será equivalente a 1/6 da ação na Nyse.
Com a redução da faixa de preço, o IPO do Nubank deve movimentar até US$ 2,9 bilhões (R$ 16 bilhões), caso as ações saiam no topo da nova faixa indicativa.
Nubank enfrenta tempestade
Existem poucas dúvidas no mercado sobre a qualidade do Nubank, que conquistou quase 50 milhões de clientes com seu cartão de crédito roxo que não cobra tarifas.
A grande fonte de críticas se concentrou no preço pedido pelas ações no IPO. A fintech chegará à bolsa como o banco mais valioso do país, à frente de gigantes como o Itaú Unibanco.
Mesmo assim, a oferta provavelmente sairia nas condições esperadas inicialmente graças ao apetite do investidor estrangeiro. Desde o início do processo, porém, a empresa vem enfrentando uma tempestade perfeita.
Primeiro, com a queda global na avaliação das fintechs, diante da expectativa de alta das taxas de juros. E, mais recentemente, com a descoberta da variante Ômicron da covid-19, que aumentou a cautela dos investidores.
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