Piora da pandemia pesa e Ibovespa recua 1%; dólar vai a R$ 5,72
Os mercados internacionais têm mais um dia de cautela, acompanhando uma nova alta do retorno dos títulos públicos americanos. No Brasil, o cenário da pandemia preocupa
A semana começa no vermelho para o mercado financeiro doméstico. Depois de encerrar a semana passada com um avanço de 4,7%, a bolsa brasileira repercute a piora do cenário da pandemia no país e uma nova alta dos juros futuros americanos.
A bolsa brasileira chegou a desacelar a queda após uma melhora do clima em Nova York e perspectivas melhores para a vacinação no país, mas o movimento não se consolidou. Por volta das 15h, o principal índice da bolsa brasileira operava em queda de 1,01%, aos 114.037 pontos. O dólar também tem uma alta expressiva de 0,79%, aos R$ 5,7277.
Depois de uma sexta-feira de intenso alívio, o mercado de juros brasileiro também volta a operar em alta. Confira as taxas de hoje:
- Janeiro/2022: de 3,82% para 3,89%
- Janeiro/2023: de 5,44% para 5,56%
- Janeiro/2025: de 7,00% para 7,10%
- Janeiro/2027: de 7,64% para 7,72%
Cenário de guerra
O pior momento da pandemia do coronavírus parece ter atingido o Brasil. O país, que voltou a adotar medidas mais rígidas de isolamento social nos últimos dias, tem registrado novos recordes de casos e óbitos, em um cenário em que a vacinação também avança de forma lenta e preocupante - com impactos diretos na economia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) mandou um recado para o país, afirmando que podemos virar um “celeiro de novas variantes” e que é preciso encarar a doença com seriedade.
Agora pela manhã, a notícia de que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deve acelerar a produção da vacina de Oxford trouxe um pouco de alívio para o cenário. Segundo a organização, até o fim do mês serão entregue 3,8 milhões de doses.
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A votação da PEC emergencial, que define o pagamento do auxílio emergencial para a população mais carente, está marcada para a quarta-feira (10) desta semana e pode voltar a ser um foco de incerteza, pesando principalmente sobre o câmbio. É que com o colapso do sistema de saúde, deputados já discutem flexibilizar as contrapartidas fiscais para ampliar a assistência aos mais pobres.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, há pouco, afirmou que o país irá enfrentar a pandemia "à altura" com vacinação, auxílio e protocolo fiscal. Sobre o teto de gastos, o ministro disse que se for necessário um valor maior do que os atuais R$ 44 bilhões disponíveis, o governo já tem protocolos para viabilizar os recursos, mas sem entrar em maiores detalhes.
Diante deste cenário, as projeções econômicas continuam se deteriorando. O Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira, mostra que o mercado segue precificando uma aceleração da inflação e já trabalha com um câmbio em R$ 5,15 ao fim de 2021.
Efeito limitado
Depois de muitas idas e vindas, o Senado americano aprovou o pacote de estímulos fiscais de US$ 1,9 trilhão para contornar as consequências econômicas da pandemia de covid-19. No entanto, o texto acabou ficando bem diferente daquele que foi aprovado pela Câmara dos Representantes na semana passada.
Esse foi o primeiro teste de fogo de Joe Biden no Senado, com a apertada votação por 50 votos dos Democratas contra 49 dos Republicanos e mostra como pode ser difícil para o presidente passar os seus projetos pela Casa.
Os investidores americanos (e o resto do mundo) está de olho no rendimento dos títulos públicos dos Estados Unidos, que voltaram a disparar nesta manhã, diante da percepção de que os estímulos levarão a uma escalada da inflação - o que pode obrigar o Federal Reserve a apertar a sua política monetária antes do tempo.
Com isso, as bolsas em Wall Street começaram o dia instáveis. Por volta das 12h, apenas o Nasdaq recuava.
Durante a madrugada, as bolsas da Ásia fecharam em baixa, repercutindo dados piores do que o esperado da economia chinesa. Na Europa o cenário é mais otimista, com as principais praças operando com ganhos.
Sobe e desce
O destaque fica com as empresas do setor frigorífico, que sobem com a valorização do dólar e repercutem de forma positiva um relatório do Credit Suisse. No documento, os analistas elevaram o preço-alvo das ações da Marfrig para R$ 23.
A Eletrobras aparece como destaque após o Ministério das Minas e Energia afirmar que a privatização da companhia não deve levar a um aumento tarifário para a população. Confira os principais destaques de hoje:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| MRFG3 | Marfrig ON | R$ 15,76 | 5,21% |
| ELET3 | Eletrobras ON | R$ 33,01 | 3,90% |
| SBSP3 | Sabesp ON | R$ 38,81 | 3,49% |
| GOLL4 | Gol PN | R$ 21,04 | 2,89% |
| BRKM5 | Braskem PNA | R$ 31,37 | 2,75% |
Na ponta contrária, o destaque negativo fica com as ações da Unidas e Localiza. Em um movimento inesperado, a Movida pediu ao Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade) a reprovação da operação de fusão das companhias, citando problemas concorrenciais.
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| RENT3 | Localiza ON | R$ 57,50 | -5,47% |
| LAME4 | Lojas Americanas PN | R$ 22,64 | -5,35% |
| LCAM3 | Unidas ON | R$ 23,55 | -5,08% |
| RAIL3 | Rumo ON | R$ 19,41 | -4,43% |
| EZTC3 | EZTEC ON | R$ 31,48 | -4,37% |
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