Os melhores fundos imobiliários para investir em agosto, segundo 10 corretoras
O campeão deste mês aparece pela primeira vez no topo das indicações desde o início deste formato de seleção
Não é só nos filmes da Disney que o vilão que aterrorizou a todos pode mudar e se tornar o herói da história em pouco tempo. No último mês, a recuperação dos fundos imobiliários mostrou que a trajetória de redenção também se aplica aos investimentos.
Quando a reforma do Imposto de Renda começou a ser discutida, em junho, a proposta do governo de tributar os rendimentos distribuídos pelos FIIs caiu como uma bomba no setor. O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX), que já vinha sendo pressionado pelo novo ciclo de alta dos juros, fechou o mês com um tombo de 2,19%.
Porém, ainda na primeira quinzena de julho, o relator da proposta na Câmara, deputado Celso Sabino, costurou um acordo com a equipe econômica para tornar a reforma mais amigável aos investidores e manter a isenção dos dividendos distribuídos por fundos imobiliários.
Aliados às mudanças na proposta, o avanço da vacinação e a proximidade do fim das medidas de distanciamento — o Estado de São Paulo, por exemplo, planeja acabar com restrições de horários e ocupação na próxima terça-feira (17) — também trazem boas perspectivas para os segmentos mais afetados pela pandemia de covid-19, como shopping centers e escritórios.
Antes de continuar, um convite: fizemos no nosso Instagram uma breve análise sobre o CVBI11, fundo que pode pagar 9% de dividendo nos próximos 12 meses. Confira abaixo (e aproveite para seguir a página do Seu Dinheiro na rede social):
Como resultado, o IFIX conseguiu apagar as perdas do mês anterior e avançou 2,51% em julho. Entre os segmentos, o destaque ficou para a alta de 4,43% dos escritórios no período.
| Segmento | Rentabilidade em julho |
| Escritórios | 4,43% |
| Logístico/Industrial | 2,53% |
| Híbridos/Outros | 2,52% |
| IFIX | 2,51% |
| Shoppings/Varejo | 2,42% |
| Recebíveis imobiliários | 2,24% |
| Fundos de fundos | 1,54% |
Fonte: Santander
Fizemos também um vídeo sobre os fundos mais promissores para o restante de 2021. Confira abaixo (e aproveite para seguir o canal do Seu Dinheiro no YouTube para receber mais conteúdos como esse):
Os vilões de sempre
Porém, vale lembrar que os fundos imobiliários seguem pressionados pelas previsões de altas contínuas da taxa básica de juros. O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) aumentou novamente a Selic em 1 ponto percentual em agosto, para 5,25% ao ano e já prometeu outro ajuste da mesma magnitude na próxima reunião.
Essa foi a quarta alta consecutiva da taxa, que, segundo os economistas consultados pelo BC para a última edição do Boletim Focus, deve seguir pressionada pela inflação e terminar 2021 em 7,25%.
Mas, conforme destaca a Órama na sua carteira recomendada de FIIs de agosto, o novo ciclo de alta nos juros também pode beneficiar os FIIs. “Uma Selic em 6%-7% e os níveis ainda baixos de juros reais de longo prazo seguem proporcionando um ambiente de estímulo macroeconômico importante ao mercado imobiliário, resultando em um horizonte favorável para continuidade da trajetória de retomada que o mercado vinha apresentando”, diz a corretora.
Além disso, os rendimentos que os fundos imobiliários devem distribuir ainda superariam a taxa básica de juros e o retorno dos títulos públicos atrelados ao IPCA. Atualmente, o dividend yield — indicador que mede o rendimento de um ativo a partir do pagamento de dividendos — do IFIX está em 7,62%.
| Segmento | Dividend yield anualizado |
| Recebíveis imobiliários | 11,34% |
| Fundos de fundos | 8,80% |
| Híbridos/Outros | 7,99% |
| Logístico/Industrial | 7,62% |
| IFIX | 7,62% |
| Escritórios | 7,16% |
| Shoppings/Varejo | 5,53% |
Fonte: Santander
Surpresa no pódio dos fundos imobiliários preferidos para agosto
Traçados os cenários, agora vamos aos fundos imobiliários mais recomendados aos investidores em agosto. O preferido desta vez foi o VBI CRI (CVBI11), que aparece pela primeira vez entre os campeões desde o início deste formato de seleção.
O fundo havia tido um desempenho tímido em julho, com apenas uma indicação, mas deu a volta por cima e conquistou quatro corretoras. O VBI CRI permaneceu entre os favoritos do Santander e passou a integrar também o top três de Necton, Guide e Ativa Investimentos.
Já o TG Ativo Real (TGAR11), campeão do mês passado, manteve três das indicações — Órama, Santander e Terra — e caiu para a segunda posição.
Também vale uma menção ao empate de três fundos na terceira colocação. RBR Crédito Imobiliário Estruturado (RBRY11), CSHG Logística (HGLG11) e Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) receberam duas indicações cada.
Confira a seguir os três fundos preferidos de cada corretora entre os indicados nas suas respectivas carteiras recomendadas para agosto:

VBI CRI (CVBI11) — estreando entre os campeões
Enquanto o sopro do dragão inflacionário — o IPCA teve a maior alta para julho em quase 20 anos — assusta muitos investidores, quem aposta no campeão de indicações desse mês não tem tanto medo da alta de preços.
A razão para isso é que o VBI CRI (CVBI11) é um fundo que investe majoritariamente em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Letras Hipotecárias (LH), Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs), ativos cujo rendimento pode estar diretamente ligado à alta da inflação e das taxas de juros.
Para se ter uma ideia do impacto dos índices, na concentração por indexador do fundo, 62% fica com o IPCA, 36% em CDI, 1% em IGP-M. Com um portfólio composto por 30 ativos, a taxa média de alocação é: IPCA + 7,2%, IGP-M + 5,3% e CDI + 3,2%.
Segundo os analistas do Santander, esses percentuais levam a projeções de rendimentos atrativos. “Estimamos que [o yield] fique em 9,0% nos próximos 12 meses”, destaca o relatório do banco.
O portfólio do fundo é considerado diversificado pelas corretoras. Mas, na divisão por segmentos, há uma concentração nos setores de Loteamentos e Residencial, que respondem por mais da metade do total dos investimentos. Confira abaixo os percentuais de alocação.
- Loteamento (27%);
- Residencial (24%);
- Shoppings (20%);
- Logística (20%);
- Varejo (7%)
- Educacional (1%).
O Santander destaca que essa concentração pode ser um risco, já que os dois segmentos são mais sensíveis ao cenário econômico e “no caso dos shoppings, dado que ainda estão sofrendo os efeitos causados pela pandemia, poderá haver a necessidade de utilização de fundos de reservas e garantias adicionais nos títulos”.
O banco assegura, porém, que o produto segue uma política de crédito bem estruturada pela gestora e, com os recursos de sua 5ª emissão de cotas (R$ 396 milhões), “poderá diversificar ainda mais a carteira de recebíveis, aproveitando novas oportunidades do mercado”.
A emissão recente também é bem vista pela Necton. Em sua indicação, a corretora aponta que o fundo está com caixa para novas alocações, “o que vemos como oportunidade de aumento do dividend yield após os novos investimentos”.
Retrospectiva — Recebíveis estão com tudo
Com o alívio no setor em julho, a maior parte dos FIIs que fizeram parte dos top 3 das corretoras anotaram ganhos e, mais uma vez, os fundos de recebíveis imobiliários foram os destaques positivos do mês. O Átrio Reit Recebíveis Imobiliários (ARRI11) liderou a ponta das altas, com avanço de mais de 10%.
Já o campeão do mês passado e atual vice-campeão, TG Ativo Real (TGAR11), teve uma alta mais tímida, de 1,84%. Veja na tabela a seguir o desempenho de todos os fundos dos top 3 das corretoras no mês passado:
Conheça fundos imobiliários baratos, seguros e com bons dividendos para investir:
Carteiras recomendadas completas das corretoras

A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489
O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.
A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário
Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário
As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa
Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante
Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614
Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe
Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?
Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro
FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa
Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
