Ações da TIM Brasil (TIMS3) podem subir até 59% em caso de oferta aos minoritários com venda da Telecom Italia
O preço por ação da TIM Brasil poderia sair a R$ 21,50 em uma possível oferta — o chamado “tag along”, no jargão de mercado —, nos cálculos do BTG Pactual. Mas esse cenário é pouco provável

As ações da TIM Brasil (TIMS3) estiveram entre os destaques de alta no pregão desta segunda-feira na B3. Os investidores reagem à oferta de US$ 12 bilhões feita pelo fundo norte-americano KKR pela Telecom Italia, controladora da operadora brasileira.
Por volta das 12h15, TIMS3 operava em alta de 3,19%, cotada a R$ 13,91. No fechamento, o papel era cotado em R$ 13,71, uma alta de 1,71% em um dia de queda do Ibovespa. O potencial de valorização das ações, contudo, pode ser bem maior caso os compradores da Telecom Italia sejam obrigados a estender a oferta aos minoritários brasileiros.
O preço por ação da TIM Brasil poderia sair a R$ 21,50 em uma possível oferta — o chamado “tag along”, no jargão de mercado —, nos cálculos do BTG Pactual. Esse valor representa um potencial de alta de 59% em relação ao preço de fechamento de TIMS3 na sexta-feira. Vale destacar, contudo, que esse é um cenário pouco provável.
A TIM Brasil faz parte do Novo Mercado da B3, que tem como regra o tag along de 100% a todos os acionistas. Em bom português, isso significa que qualquer oferta que envolva mudança no controle da empresa deve ser estendida a todos os acionistas, nas mesmas condições.
A oferta do KKR avaliou a Telecom Italia em um múltiplo entre o valor da firma e o Ebitda (EV/Ebitda) de 6 vezes. Esse índice é bem superior aos 3,9 vezes das ações TIMS3, de acordo com o BTG.
A dúvida dos investidores é: a oferta da KKR pela Telecom Italia envolve uma mudança de controle? Para o BTG, a resposta é "não", porque a operação não tira o controle da TIM das mãos da empresa italiana. Mas os analistas não descartam por completo o cenário de tag along.
Leia Também
TIM Brasil à venda?
Mesmo que os minoritários brasileiros não tenham direito ao tag along, a oferta da KKR pela Telecom Italia é positiva para quem tem ações da TIM Brasil.
A avaliação do mercado é que a entrada do fundo no capital da Telecom Italia vai levar a empresa a buscar alternativas para aumentar a rentabilidade do grupo. Entre as opções está a venda de ativos, incluindo a TIM Brasil.
“Esperamos que as ações da TIM reajam positivamente ao evento de hoje, pois, pelo menos por agora, a TIM foi colocada em jogo pela oferta potencial da KKR pela Telecom Italia”, escreveram os analistas do BTG.
Leia também:
- KKR quer pagar mais de US$ 12 bilhões pela Telecom Italia e ações disparam em Milão; como fica a TIM Brasil?
- Telecom em alta: Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3) sobem forte com decisão do STF e otimismo do Santander
- De cara nova, Iguatemi (IGTI11) estreia hoje na B3 unificando as bases acionárias da controladora e da administradora de shoppings
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Cade admite Petlove como terceira interessada, e fusão entre Petz e Cobasi pode atrasar
Petlove alega risco de monopólio regional e distorção competitiva no setor pet com criação de gigante de R$ 7 bilhões
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Azul (AZUL4) capta R$ 1,66 bilhão em oferta de ações e avança na reestruturação financeira
Oferta da aérea visa também a melhorar a estrutura de capital, aumentar a liquidez das ações e equitizar dívidas, além de incluir bônus de subscrição aos acionistas
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Família da Tok&Stok envia carta à Mobly (MBLY3) negando conluio em OPA, mas empresa aponta compromisso ‘inusitado e sem precedentes’
A família Dubrule quer retomar o controle da Tok&Stok e a Mobly alega negociação às escondidas com outros acionistas para se garantir a compra de ações na Oferta Pública de Aquisição
A decisão de Elon Musk que faz os investidores ignorarem o balanço ruim da Tesla (TSLA34)
Ações da Tesla (TSLA34) sobem depois de Elon Musk anunciar que vai diminuir o tempo dedicado ao trabalho no governo Trump. Entenda por que isso acontece.
Mobly (MBLY3) acusa família Dubrule de ‘crime contra o mercado’ e quer encerrar OPA
Desde março deste ano, a família Dubrule vem tentando retomar o controle da Tok&Stok através de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA)
CDBs do Banco Master que pagam até 140% do CDI valem o investimento no curto prazo? Títulos seguem “baratos” no mercado secundário
Investidores seguem tentando desovar seus papéis nas plataformas de corretoras como XP e BTG, mas analistas não veem com bons olhos o risco que os títulos representam
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
BRB vai ganhar ou perder com a compra do Master? Depois de S&P e Fitch, Moody’s coloca rating do banco estatal em revisão e questiona a operação
A indefinição da transação entre os bancos faz as agências de classificação de risco colocarem as notas de crédito do BRB em observação até ter mais clareza sobre as mudanças que podem impactar o modelo de negócios
CDBs do Banco Master pagam até 160% do CDI no mercado secundário após investidores desovarem papéis com desconto
Negócio do Master com BRB jogou luz nos problemas de liquidez do banco, o que levou os investidores a optarem por resgate antecipado, com descontos de até 20%; taxas no secundário tiram atratividade dos novos títulos emitidos pelo banco, a taxas mais baixas
Após prejuízo de R$ 2,9 bilhões, Oi (OIBR3) quer pagar R$ 199 milhões a executivos; ações caem forte na bolsa
A proposta, que será discutida em assembleia geral no fim do mês, indica o pagamento de R$ 199 milhões entre 2025 e 2027, o que representa aumento de 42,5%
A compra do Banco Master pelo BRB é um bom negócio? Depois da Moody’s, S&P questiona a operação
De acordo com a S&P, pairam dúvidas sobre os aspectos da transação e a estrutura de capital do novo conglomerado, o que torna incerto o impacto que a compra terá para o banco público
Natura &Co é avaliada em mais de R$ 15 bilhões, em mais um passo no processo de reestruturação — ações caem 27% no ano
No processo de simplificação corporativa após massacre na bolsa, Natura &Co divulgou a avaliação do patrimônio líquido da empresa
Vale (VALE3) garante R$ 1 bilhão em acordo de joint venture na Aliança Energia e aumenta expectativa de dividendos polpudos
Com a transação, a mineradora receberá cerca de US$ 1 bilhão e terá 30% da nova empresa, enquanto a GIP ficará com 70%
Banco Master: Compra é ‘operação resgate’? CDBs serão honrados? BC vai barrar? CEO do BRB responde principais dúvidas do mercado
O CEO do BRB, Paulo Henrique Costa, nega pressão política pela compra do Master e endereça principais dúvidas do mercado
Como fica a garantia de R$ 250 mil dos CDBs de Banco Master e Will Bank caso a aquisição do grupo pelo BRB saia do papel?
Papéis passariam para o guarda-chuva do BRB caso compra do Banco Master pela instituição brasiliense seja aprovada
Banco Master: por que a aquisição pelo BRB é tão polêmica? Entenda por que a transação ganhou holofotes em toda a Faria Lima
A compra é vista como arriscada e pode ser barrada pelo Banco Central, dado o risco em relação aos “ativos problemáticos” do Banco Master
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”