Ibovespa acompanha o bom humor externo e sobe mais de 2% com ajuda da Petrobras; dólar segue pressionado
O Ibovespa recupera parte das perdas recentes e aparece no campo positivo, aproveitando o clima ameno lá fora. O dólar segue avançando

Após registrar perdas de mais de 6% em outubro, o Ibovespa começa novembro com um tom positivo: abriu em alta firme, pegando carona nos ganhos vistos nas principais bolsas do mundo. Por volta de 16h (horário de Brasília), o principal índice acionário brasileiro avançava 2,29%, aos 105.871 pontos.
A baixa adesão dos caminhoneiros à uma nova greve ajuda a melhorar o humor dos investidores, mas o principal impulso vem das palavras do presidente Jair Bolsonaro sobre um possível reajuste no valor dos combustíveis em cerca de 20 dias. O presidente também disse que pode utilizar os dividendos da companhia para reduzir o preço do diesel. Na Nasdaq, é a Tesla que leva o índice a alcançar novos recordes
O dólar à vista, contudo, não consegue acompanhar o alívio visto no mercado de ações. A moeda americana é negociada a R$ 5,7071, em alta de 1,16%; desde o começo do ano, o dólar já sobe mais de 7% em relação ao real.
No mercado de juros, o dia também é de cautela e segue sendo de ajuste para os contratos futuros, de olho na elevação das perspectivas para a inflação. Mais cedo, o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, mostrou que os economistas já esperam que a inflação em 2021 chegue a 9,17%. Confira:
- Janeiro de 2022: de 8,39% para 8,38%
- Janeiro de 2023: de 12,32% para 12,35%
- Janeiro de 2025: de 12,37% para 12,42%
- Janeiro de 2027: de 12,33% para 12,40%
Por que a bolsa sobe?
O movimento visto na bolsa se deve muito mais a um movimento de correção do que a uma melhora no cenário político-econômico doméstico: sem eventos relevantes da agenda de indicadores nesta segunda-feira, os investidores aproveitam para recompor parte de suas posições; o clima ameno visto lá fora também ajuda a desestressar a bolsa.
No entanto, vale ressaltar que a semana deve ser turbulenta: por aqui, a ata da última reunião do Copom e a votação da PEC dos Precatórios, ambas na próxima quarta-feira, têm potencial para mexer com o preço dos ativos — caso o rompimento do teto de gastos seja confirmado pelo Congresso, é de se esperar uma movimentação intensa nas curvas de juros e no mercado de câmbio, com desdobramentos para a bolsa.
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Lá fora, a decisão de juros do Fed e os dados do payroll, no fim da semana, também serão acompanhadas de perto pelos investidores e podem trazer desdobramentos importantes aos mercados emergentes, como o Brasil. Confira aqui a agenda completa da semana.
Ibovespa: altas e baixas
Veja abaixo as cinco maiores altas do Ibovespa nesta manhã de segunda-feira (1):
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
BIDI11 | Banco Inter unit | R$ 41,15 | 15,92% |
BIDI4 | Banco Inter PN | R$ 13,99 | 14,39% |
COGN3 | Cogna ON | R$ 2,76 | 11,29% |
AZUL4 | Azul PN | R$ 27,24 | 9,53% |
GOLL4 | Gol PN | R$ 16,47 | 8,50% |
Na ponta positiva, destaque para Cogna ON (COGN3), que concluiu a operação de troca de ativos com a Eleva Educação, anunciada em fevereiro — a antiga Kroton vendeu suas unidades de ensino fundamental, enquanto a Eleva negociou seu sistema de ensino.
Para o BTG Pactual, no entanto, a notícia não traz grandes desdobramentos à Cogna. "Investidores mais confiantes na tese de investimento acreditavam que essa transação iria melhorar a alavancagem da Cogna, mas isso não se concretizou; o endividamento ainda depende da recuperação de suas atividades centrais", diz o banco, em relatório enviado aos clientes.
A maior alta fica com o Banco Inter, que pega carona nos detalhes da oferta de ações de um dos seus principais concorrentes - o Nubank.
Fora do Ibovespa, destaque para Burger King (BKBR3), em forte alta de 7,57%, a R$ 7,38. Em meio à instabilidade nos mercados e a desvalorização de suas ações, a empresa cancelou a compra das operações da Domino's no Brasil — uma transação que, embora fizesse sentido no lado qualitativo, era criticada por sua arquitetura.
O Vinci Partners, controlador da Domino's, também tinha uma fatia de cerca de 6% no Burger King; assim, caso a transação fosse concluída, o fundo ficaria com mais de 20% da nova empresa, o que desagradou os acionistas minoritários do BK Brasil.
Confira também as cinco maiores baixas do índice:
CÓDIGO | NOME | VALOR | VAR |
MRFG3 | Marfrig ON | R$ 25,72 | -2,94% |
JBSS3 | JBS ON | R$ 38,14 | -2,33% |
GGBR4 | Gerdau PN | R$ 26,42 | -1,78% |
SUZB3 | Suzano ON | R$ 48,47 | -1,54% |
USIM5 | Usiminas PNA | R$ 13,07 | -1,36% |
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