O bitcoin (BTC) operava em alta de 0,05% na manhã desta quinta-feira (19), aos US$ 45.397,53 (R$ 246.157,45). No acumulado dos últimos sete dias, a criptomoeda recuava 2,95%.
Ontem, dia 18 de agosto, as restrições e proibições da China à mineração de criptomoedas completaram seis meses. A data foi marcada por mais uma notícia relacionada à cruzada do governo chinês ao mercado cripto, desta vez vinda da província de Shenzhen, no sudoeste do país, região conhecida por ser um centro de inovação e tecnologia.
A filial de Shenzhen do Banco Popular da China (PBoC) passou a adotar uma abordagem mais rígida para atividades ilegais relacionadas a criptomoedas. De acordo com o documento da autoridade monetária da província chinesa, 11 empresas suspeitas foram “retificadas” para se adequarem às novas regras.
O documento não explicita o nome nem as sanções tomadas pelo governo de Shenzhen como punição para as empresas. Também não foram divulgados maiores dados sobre punições aos envolvidos.
Seis meses depois
O bitcoin (BTC) chegou a uma valorização astronômica em maio deste ano. A cotação da criptomoeda saiu de US$ 29 mil em janeiro para quase US$ 65 mil em cinco meses, um retorno de mais de 124%.
Mas havia uma China no meio do caminho, no meio do caminho, havia uma China.
A sequência de medidas que fecharam o cerco contra a mineração de bitcoin fez a cotação da criptomoeda tocar o patamar de US$ 29 mil, zerando os ganhos do ano.
Com a normalização do mercado, a principal moeda digital do mundo voltou a atingir os US$ 45 mil, um retorno acumulado de pouco mais de 55% em 2021 até o momento.
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Relembre: quando começaram as proibições da China
18 de maio: China proíbe bancos e empresas de pagamento de oferecerem serviços em criptomoedas
Em comunicado, órgãos governamentais alertaram os investidores sobre perigos envolvendo transações em cripto. A informação é da Reuters Internacional.
Essa notícia foi recebida com pouca surpresa pelos investidores. Na prática, a China já havia proibido exchanges de criptomoedas e ofertas iniciais de moeda (ICOs, na sigla em inglês). Entretanto, a nova regra proibia indivíduos de possuírem criptomoedas.
21 de maio: China fecha o cerco para mineração de bitcoins e criptomoeda cai mais de 10%
Essa foi a primeira vez que o alto escalão do gigante asiático faz uma menção direta à mineração. Naquele momento, a China era o país que mais contribuía com o hashrate de mineração do bitcoin. Assim, as novas restrições afetaram bastante as cotações da criptomoeda (clique aqui e saiba mais sobre mineração de bitcoins).
25 de maio: Região da China publica 8 medidas para combater a mineração de bitcoin
A região da Mongólia Interior (norte da China) propôs oito regras para controlar a mineração de bitcoins. A província autônoma era responsável pela maior parte do hashrate de mineração da China.
10 de junho: China prende 1.100 pessoas suspeitas de lavagem de dinheiro com bitcoin
As investigações englobaram 23 províncias e visavam 170 grupos criminosos que aplicavam golpes envolvendo fraudes online e por telefone. Autoridades do Ministério de Segurança Pública do país afirmaram que os criminosos faziam transações entre criptomoedas para ocultar seu rastro. Foram presas 1.100 pessoas.
11 de junho: Mais uma província da China proíbe mineração de bitcoin; ao todo, quatro distritos já baniram atividade
As autoridades chinesas da província de Iunã (Yunnan), no sudoeste da China, afirmaram que iriam banir atividades de mineração de bitcoins. Com isso, a região se juntou à Mongólia Interior, Xinjiang e Qinghai como distritos que proibiram a atividade no país asiático.