Mais uma província da China proíbe mineração de bitcoin; ao todo, quatro distritos já baniram atividade
A China alega que o consumo de energia da mineração do bitcoin é prejudicial ao meio ambiente, o que iria na contramão do plano de emissão zero de carbono até 2060
As autoridades chinesas da província de Iunã (Yunnan), no sudoeste da China, afirmaram que irão banir atividades de mineração de bitcoins. Com isso, a região se junta à Mongólia Interior, Xinjiang e Qinghai como distritos que proibiram a atividade no país asiático.
A mineração de bitcoins (BTC) coloca novas unidades da blockchain da criptomoeda e valida as transações. É um processo que consome muita energia elétrica, e a China é um dos principais países mineradores de bitcoin, correspondendo a 65% de todo hashrate de mineração da rede.
A China alega que o consumo de energia da mineração do bitcoin é prejudicial ao meio ambiente, o que iria na contramão do plano de emissão zero de carbono até 2060. Como a matriz energética do país ainda é baseada em carvão, a mineração acaba sendo uma atividade muito poluente.
Entretanto, há dois fatores a serem considerados: em primeiro lugar, o consumo de energia do bitcoin é menor do que o do atual sistema bancário mundial, de acordo com um estudo da Galaxy Digital. Além disso, segundo o Visual Capitalist, os demais países mineradores usam mais energia renovável do que não renovável para essa atividade.
Diversos entusiastas de criptomoedas estão desenvolvendo projetos para tornar a mineração de bitcoin “verde”. Entretanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido antes de o bitcoin tomar um lugar de destaque no ESG.
Tanto a Mongólia Interior quanto Xijiang, Yunnan e Winghai são importantes áreas mineradoras, de acordo com o mapa desenvolvido pelo grupo Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index.
A taxa de mineração da rede chegou a cair quando a China anunciou as medidas de restrição, mas normalizou pouco depois porque os mineradores migraram para países vizinhos. A atividade ainda é lucrativa, mesmo com o preço do bitcoin em queda e com a eletricidade mais cara do que no Gigante Asiático.
E o mercado?
O bitcoin tem enfrentado dias difíceis nas últimas semanas, ainda sentindo os desdobramentos das proibições de mineração no país. Mas o BTC, que começou o dia em queda na casa dos 1,50% está conseguindo reagir, e sobe 0,10%, cotado a US$ 36.953,02.
A principal criptomoeda do mercado consegue se manter acima dos US$ 35 mil, mas especialistas do mercado se dividem quanto aos próximos passos. Enquanto alguns economistas apontam que o bitcoin ainda pode cair ainda mais, mirando nos US$ 20 mil, outros afirmam que o momento “bearish” (mais calmo, no jargão do mercado) já chegou ao seu ápice e que os próximos meses devem ser de alta.
Por sua vez, o HASH11, fundo de índice em criptomoeda da bolsa brasileira, avançava mais fortemente, saltando 1,13%, valendo R$ 34,84.
A poucas horas do The Merge, bitcoin reage e passa a subir; confira cotações do BTC e do ethereum
Mais cedo, a maior criptomoeda do mundo não refletia o ânimo dos investidores com o The Merge, chegando a recuar mais de 9%
The Merge do Ethereum (ETH): confira lista de plataformas e exchanges que terão as atividades suspensas durante atualização
Por motivo de segurança, alguns aplicativos devem suspender as atividades durante a principal atualização do sistema
Sistema internacional de pagamentos Swift inicia projeto com tecnologia blockchain — mas isso é seguro?
O corte parcial do Swift foi um dos mecanismos utilizados pelos Estados Unidos para impor sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia
‘Revolta’ de mineradores um dia antes do The Merge do ethereum (ETH), bitcoin (BTC) em queda de 9%: confira tudo que movimenta o dia das criptomoedas
Do outro lado do mercado, o token que registra a maior alta do dia é o Celsius (CEL), da plataforma que segue fora do ar e “travou” o dinheiro dos investidores há meses
Terça-feira 13: bitcoin é mais uma vítima da inflação dos EUA; confira como o BTC reagiu ao dado
A perspectiva de aperto monetário mais agressivo nos EUA derrubou o bitcoin e outros ativos considerados mais arriscados com as ações em Wall Street
Navegador Opera dá mais um passo em direção à Web 3.0 e integra wallet de criptomoedas Metamask ao seu sistema; entenda o que significa
Em janeiro deste ano, o Opera já havia anunciado que passaria a integrar as carteiras de criptomoedas ao seu navegador
Bitcoin (BTC) não sustenta sétimo dia seguido de alta e passa a cair com inflação dos EUA; Ravecoin (RNV) dispara 63% com proximidade do The Merge
O ethereum (ETH) passa por um período de consolidação de preços, mas o otimismo é limitado pelo cenário macroeconômico
Terra (LUNA), o retorno: por que você não deve investir na criptomoeda que disparou 120% em uma semana
Nos últimos sete dias, a “família Terra” registrou ganhos substanciais e gerou um grande fluxo de pesquisa sobre essa que foi uma das maiores criptomoedas do mundo
Você trocaria ações da sua empresa por bitcoin? Michael Saylor, ex-CEO da Microstrategy, pretende fazer isso com o valor de meio bilhão de dólares
Desde o começo do ano, o bitcoin registra queda de mais de 50% e as ações da Microstrategy também recuam 52%
Bitcoin (BTC) atinge os US$ 22 mil pela primeira vez em quase um mês; criptomoedas disparam até 20% no acumulado da semana
A mesma semana em que acontece o The Merge também é marcada por um elevado apetite de risco
Leia Também
-
Barril de pólvora — e inflação. Como o conflito no Oriente Médio e os juros nos EUA mexem com a bolsa e o dólar
-
Bolsa hoje: Dólar perde força e fecha abaixo de R$ 5,20; Ibovespa reduz as perdas da semana com "empurrão" de Petrobras (PETR4)
-
A bolsa está valendo menos? Por que esse bancão cortou o preço-alvo das ações da B3 (B3SA3) — e você deveria estar de olho nisso
Mais lidas
-
1
Tchau, Vale (VALE3)? Por que a Cosan (CSAN3) vendeu 33,5 milhões de ações da mineradora
-
2
Sabesp (SBSP3): governo Tarcísio define modelo de privatização e autoriza aumento de capital de até R$ 22 bilhões; saiba como vai funcionar
-
3
Dividendos da Petrobras (PETR4): governo pode surpreender e levar proposta de pagamento direto à assembleia, admite presidente da estatal