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Kaype Abreu

Kaype Abreu

Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.

fechando a conta

Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Suzano divulgam números do 4º trimestre; veja o que esperar

Outras seis empresas do Ibovespa divulgam os números do quarto trimestre nos próximos dias; confira o que esperar das principais linhas dos balanços

Kaype Abreu
Kaype Abreu
10 de fevereiro de 2020
5:39 - atualizado às 12:11
Imagem: Shutterstock

A terceira semana de divulgação de resultados referentes ao quatro trimestre de 2019 contará com pesos pesados. O primeiro destaque é o Itaú Unibanco, que publica o balanço nesta segunda-feira, após o fechamento da bolsa. Nos próximos dias, Suzano (12), Banco do Brasil (13) e outras seis empresas do Ibovespa revelam seus números (ver abaixo).

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De modo geral, os resultados do quarto trimestre têm uma maior importância em relação aos outros períodos porque se pode "fechar a conta" do ano - e conferir como as empresas se saíram nos 12 meses.

O ano foi de novidade meio-amarga para o setor bancário: além do avanço das novas empresas de tecnologia financeira (fintechs), a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) subiu de 15% para 20% - o que deve influenciar negativamente no balanço dos bancos.

Para o Itaú Unibanco, um outro ponto que os investidores devem prestar a atenção no balanço é a linha de adquirência, que revela a situação da Rede - empresa de maquinhas controlada pela instituição.

A Rede zerou a taxa para antecipar recebíveis e teve uma promoção lançada com exclusividade para clientes do Itaú barrada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão negou dois recursos da instituição até agora.

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As potenciais dores de cabeça para a diretoria do banco ultrapassam fronteiras: no Chile, onde o Itaú passou a ter uma operação relevante após a compra do Corpbanca, as despesas com provisões feitas após a onda de protestos devem chegar aos R$ 300 milhões no trimestre, segundo o UBS.

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Como ponto positivo, conta a abertura de capital da XP Investimentos no ano passado. Como o banco é dono de 49,9% do capital da corretora, a operação deve se converter em ganho de R$ 1,9 bilhão (antes de impostos) no balanço do quarto trimestre, ainda de acordo com o UBS. A projeção de analistas é de R$ 7,280 bilhões de lucro para o período, de acordo com a Bloomberg.

O ano de 2019 deve ter sido de variação para baixo na rentabilidade do banco: de 21,9% para 21,7%, de acordo com as estimativas dos analistas. Mas o lucro, assim como em 2018, deve ter aumentado no ano passado (ver abaixo).

Projeções para o Itaú em 2019

  • Lucro líquido: R$ 28,259 bilhões (↑13,5%)
  • Receita líquida: R$ 116,012 bilhões (↑3,8%)
  • Retorno sobre patrimônio: 21,711% (↓0,2 p.p.)

Sem privatização, mas perto do setor privado

Sob o primeiro ano de diretoria indicada pelo governo Bolsonaro, o Banco do Brasil passou por dezenas de especulações a respeito de uma privatização. Mas agora nem mesmo o próprio presidente da instituição, Rubem Novaes, acredita que a União vai deixar o controle do banco nos próximos anos.

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O banco já tem grande participação de outros investidores - a União detém 50,0000011% das ações - e nos últimos meses adotou uma postura ainda mais alinhada ao setor privado.

Neste ano, a instituição anunciou que vai começar a pagar bônus aos empregados que cumprirem metas de desempenho, numa tentativa de transformar a cultura interna do banco e aproximar o BB do modelo de remuneração variável das instituições privadas. A ideia é incentivar todos os empregados a priorizar a satisfação do cliente.

Em 2019, o BB também fechou uma parceria com o banco privado suíço UBS na área de investment banking e, no início deste ano, o presidente da instituição indicou que pretende aproximar a empresa das fintechs.

"Vamos contratar os serviços dessa garotada para eles eliminarem nossos gargalos operacionais. Não é só uma questão de inovação. É questão de rever e modernizar nossa estrutura, digitalizar aquele monstro pesado", disse Rubens Novaes a uma plateia de investidores e executivos em São Paulo.

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A próxima parceria em vista é para a BB DTVM, a gestora de recursos do Banco do Brasil. Segundo Novaes, já foi aberto processo competitivo para a escolha desse parceiro, que deve ser global e ter mais de R$ 400 bilhões sob gestão. A ver se a frente vai prosperar.

A ambição do BB de se equiparar ao setor privado, não é de hoje. Em 2016, a gestão de Paulo Caffarelli colocava como objetivo chegar próximo a rentabilidade dos bancos privados - à época, o indicador chegou a 8,8%.

Houve uma grande evolução, já indicada por balanços posteriores e, em 2019, a rentabilidade do BB deve bater 16,8%, segundo a projeção média dos analistas - um avanço também sobre o ano anterior, quando foi de 13,2%.

Projeções para o Banco do Brasil em 2019

  • Lucro líquido: R$ 28,259 bilhões (↑13,5%)
  • Receita líquida: R$ 87,683 bilhões (↑1,4%)
  • Retorno sobre patrimônio: 16,840% (↑3,6 p.p.)

Olho na demanda

O setor bancário lidou com novidades em 2019, mas que estiveram longe de provocar as incertezas pelas quais a empresa de papel e celulose Suzano passa.

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O ano começou bem com a conclusão da aquisição da Fibria - e é por conta da operação que as receitas deram um salto. Mas os preços de celulose recuaram ao longo de 2019 junto com a demanda chinesa pelo produto. No terceiro trimestre, a empresa chegou a apresentar perdas da ordem de R$ 3,4 bilhões.

Mas para últimos quatro meses do ano a previsão de analistas é de lucro de R$ 1,233 bilhão - 7,2% menos que no ano anterior. O resultado não deve ser suficiente para a empresa fechar o ano no azul.

Uma linha a se observar no balanço da Suzano é o nível de estoques. A diminuição do indicador tende a ajudar a empresa a praticar preços mais competitivos neste ano. Em novembro, analistas do BTG Pactual já destacavam que a empresa estava correta em se desfazer dos estoques rapidamente.

"A companhia tem negociado contratos trimestrais segundo preços praticados pelo mercado com consumidores da China e isso parece estar funcionando muito bem", escreveram os analistas.

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A China permanece no radar também por conta do coronavírus. A propagação da doença pode continuar afetando a demanda por celulose do país asiático.

Para 2020, a Suzano anunciou um plano de investimentos de R$ 4,4 bilhões, que serão aplicados em manutenção e expansão de seus negócios. Segundo a companhia, R$ 3,6 bilhões irão para manutenção, e os projetos de expansão e modernização terão desembolso de aproximadamente R$ 300 milhões.

Projeções para o Suzano em 2019

  • Prejuízo líquido: R$ 2,649 bilhões (↓20,91%)
  • Receita líquida: R$ 25,601 bilhões (↑90,5%)
  • Ebitda: 10,830 bilhões (↑58,9%)

A seguir você confere as estimativas dos analistas para os resultados das demais empresas com ações do Ibovespa que divulgam balanço nesta semana:

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