Em meio ao abalo sofrido pelos problemas de seu jato 737 Max e à crise do coronavírus, a Boeing anunciou hoje que desistiu do acordo de associação (joint venture) com a brasileira Embraer.
O prazo para um acordo entre as empresas acabou ontem, mas poderia ser prorrogado. “A Boeing exerceu seu direito de rescisão depois que a Embraer não satisfez as condições necessárias”, informou a companhia norte-americana.
O negócio previa a criação de uma duas parcerias estratégicas, uma na área de aviação comercial da Embraer e outra para desenvolver novos mercados para as aeronaves C-390 Millennium de transporte aéreo e mobilidade aérea.
A associação entre as fabricantes de aeronaves havia recebido aprovação incondicional de todas as autoridades reguladoras necessárias, com exceção da Comissão Europeia.
Ainda segundo a companhia americana, a Boeing e a Embraer manterão o contrato para comercializar em conjunto as aeronaves militares C-390 Millennium.
Com os rumores de que o negócio não seria concretizado, as ações da Embraer (EMBR3) fecharam em forte queda de 10,68% na B3 no pregão de ontem.