Azul ‘queima’ até R$ 4 milhões por dia de caixa, mas aguenta crise por mais de um ano, diz presidente
Empresa tomou medidas como corte de voos, salários e renegociações para reduzir frota diante dos impactos do coronavírus no seu negócio.

A Azul estima que gastará entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões do seu caixa entre maio e junho por conta das medidas de restrição de voos tomadas diante do coronavírus. A informação está no comentário do presidente da Azul, John Rodgerson, no relatório de resultados da empresa no primeiro trimestre de 2020, divulgado nesta quinta-feira (14) pela manhã.
A companhia encerrou o primeiro trimestre com um saldo de R$ 3,1 bilhões em caixa. Somados ativos disponíveis e reservas de manutenção, a empresa aérea estima que tem uma posição total de liquidez de R$ 6,7 bilhões, o que garantiria sua sobrevivência em um cenário de crise por mais de um ano.
"Com a nossa posição de caixa atual esperamos suportar o atual ambiente de demanda por mais de um ano", disse o presidente da Azul, John Rodgerson, em mensagens a investidores no relatório de divulgação de resultados da empresa no primeiro trimestre de 2020.
A Azul reportou um prejuízo líquido de R$ 6 bilhões no primeiro trimestre do ano, impactada principalmente pela correção da sua dívida pela alta do dólar. Sem o efeito cambial, a companhia reportou um prejuízo líquido ajustado de R$ 975 milhões.
Por volta das 11h30, a ação da Azul registrava uma queda de 3,8%, acima da retração do Ibovespa, de 1,90%. Acompanhe aqui a cobertura dos mercados nesta quinta-feira.
O que a Azul fez para enfrentar o coronavírus
- Redução da quantidade de voos em 50% em março e 90% em abril;
- Colocou 10,5 mil trabalhadores em licença não remunerada, cerca de 78% da sua equipe;
- Cortou entre 25% e 100% os salários da sua equipe gerencial e do comitê executivo;
- 120 das 140 aeronaves da frota operacional foram estacionadas para reduzir custos variáveis. Há tentativa de negociação com empresas de leasing ;
- Revisão no plano de expansão de frota, com uma negociação para adiar a entrega de aeronaves que comprou da Embraer para 2024;
- Discussão de condições de pagamento das tarifas governamentais, incluindo tarifas de pouso e de navegação;
- Renegociação da amortização de dívida.
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