‘Atacarejo é resistente em cenário de crise’, diz presidente do Assaí
Executivo de bandeira do grupo Pão de Açúcar diz que pandemia respondeu por dois pontos porcentuais das vendas no primeiro trimestre
O Assaí, a bandeira do atacarejo do Grupo Pão de Açúcar, viu sua venda crescer em meio à pandemia da covid-19, com os consumidores lotando as lojas para fazer estoques logo que foi decretado o isolamento social.
Segundo Belmiro Gomes, presidente executivo do Assaí Atacadista, a pandemia respondeu por dois pontos porcentuais das vendas do primeiro trimestre, que fecharam com um avanço de 24% em relação ao ano anterior.
Enquanto empresas demitiram, reduziram salários por causa da pandemia, o Assaí contratou cerca de 3 mil temporários para cobrir os que foram afastados e dar conta do maior movimento. "Como a nossa proposta é preço baixo, o atacarejo (supermercado que mistura atacado com varejo) é resistente e mais fácil de se ajustar em cenários de austeridade", diz Gomes.
Qual foi o impacto da pandemia nas vendas do Assaí?
Já vínhamos tendo crescimento forte. No ano passado, abrimos 22 lojas, que foi um recorde, e tivemos mais de R$ 30 bilhões de vendas brutas. Essas novas lojas já davam uma indicação de que no primeiro trimestre o crescimento seria da ordem de 25%. Em janeiro e fevereiro, o crescimento acumulado foi de 22%. Em março, em uma semana registramos um fluxo muito grande de consumidores nas lojas, fazendo compras de abastecimento. Por conta da pandemia, tivemos um efeito de mais dois pontos porcentuais no crescimento. Então, fechamos o primeiro trimestre próximos de 24% de crescimento. Isso significou aproximadamente a conquista de 8,5 milhões de novos clientes por mês em relação ao ano anterior.
Qual foi impacto da paralisação das atividades dos clientes do food service que compram no atacarejo, como pasteleiros, donos de pequenos restaurantes?
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Atendemos de 15 milhões a 16 milhões de clientes por mês. A maior parte é pessoa física, mas também tem muito cliente pessoa jurídica, um setor que foi muito afetado pelo isolamento. A venda para o food service nesse período de pandemia caiu mais de 70%.
Quanto o consumidor pessoa física representa desses 16 milhões de clientes?
Em número de operações, ele representa 80%. Mas em termos de venda, porque o valor médio é menor, ele representava em torno de 50% a 55%. Mas na primeira semana da segunda quinzena de março houve um movimento fortíssimo do consumidor e a maioria das lojas duplicou a venda. Com isso, o consumidor pessoa física chegou a representar a 70% da venda. Agora, em abril, houve uma normalização, porque a população já está abastecida.
Como estão as vendas para os transformadores de food service, como pequenos restaurantes, pizzarias, por exemplo?
Os transformadores para nós são muito importantes. Muitos estabelecimentos estão fechados e, enquanto estiverem fechados, não vão retomar as compras no atacarejo. Muitos passaram a operar ou já tinham delivery. Uma das coisas que fizemos como ação foi reduzir o preço em mais de 20% em todas as embalagens para o food service. É a caixa de pizza, o sachê, o guardanapo, embalagens plásticas, caixa para o motoboy. Estamos fazendo uma ação para que a pequena e a microempresa tenham um pouco mais de fôlego.
A pandemia vai mudar os planos de expansão da empresa para este ano?
A previsão para este ano é abrir 20 lojas, dessas, 17 vão ter a abertura adiada. Neste momento, tenho 16 lojas em obras. Assim como toda atividade, a construção civil também está paralisada. Então, algumas inaugurações que deveriam ocorrer no fim do primeiro semestre e início do segundo serão postergadas. Mas a meta do ano está mantida.
Quanto está sendo investido nas 20 lojas?
Mais de R$ 1 bilhão. Neste momento, não há intenção de rever o plano de expansão, muito pelo contrário. No cenário atual, esse modelo de negócio sai extremamente fortalecido. O atacarejo é resistente e mais fácil de se ajustar em cenários de austeridade. Quando há crise, há uma busca maior por preço mais baixo.
Então, o atacarejo é um segmento que está blindado?
Não chega a ser totalmente blindado, mas é o último mercado a ser afetado. Como a nossa proposta é preço baixo, num cenário de menor poder de compra, somos uma opção viável para muitas pessoas. Mas antes da crise já era um modelo que vinha em crescimento. Em 2008, o Assaí faturava R$ 1 bilhão. No ano passado, fechamos o ano com R$ 30,4 bilhões. Este ano vamos ultrapassar R$ 35 bilhões.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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