A economia brasileira segue patinando, mas o setor de construção dá sinais de força
O segmento de construção continua aquecido, com a retomada nos lançamentos e um crescimento no volume de vendas. E as prévias operacionais da Helbor, Direcional e MRV dão suporte ao otimismo do mercado

Os mais recentes dados econômicos do Brasil passam sinais mistos quanto ao estado da atividade doméstica: por um lado, a produção industrial e as vendas no varejo decepcionaram os analistas, mas, por outro, o IBC-Br surpreendeu positivamente.
Em meio à contradição dos indicadores, uma leitura ganha força nos mercados: a de que o ritmo de recuperação da economia brasileira segue lento — um choque de realidade para quem apostava numa retomada intensa já no início de 2020.
As hesitações, no entanto, parecem não atingir o setor de construção: desde o meio de 2019, o segmento começou a dar indícios de que estava prestes a entrar num ciclo de crescimento — e, ao menos por enquanto, não há sinais de que esse cenário tenha mudado.
Nos últimos dias, diversas empresas do setor divulgaram as prévias de seus resultados operacionais no quarto trimestre de 2019, revelando resultados majoritariamente positivos. A animação também é grande entre os analistas: o segmento de construção é visto com bons olhos pelo mercado.
É o caso do Bradesco BBI, que aposta num crescimento ainda mais robusto do setor ao longo de 2020. Em relatório, a equipe liderada pelo analista Victor Tapia diz ver boas perspectivas para a construção como um todo, incluindo as áreas residencial, comercial e de infraestrutura.
O Bradesco combina uma série de dados relacionados ao segmento, como vendas, nível de emprego e horas trabalhadas, de modo a chegar num índice de atividade da construção. E, no segundo semestre de 2019, esse indicador mostrou que o setor está ganhando força.
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Tapia e a equipe de análise da instituição ainda ponderam que alguns dados operacionais do setor, como o anúncio de novos projetos e lançamentos, também indicam um aquecimento nas atividades, o que dá a entender que a construção civil continuará acelerando em 2020 e nos próximos anos.
"Atualmente, o setor de construção está 30% abaixo dos níveis anteriores à crise de 2014-2016"
Otimismo
De acordo com um levantamento feito pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o PIB do setor deve crescer 2% em 2019 na comparação com 2018 — a primeira alta depois de cinco anos consecutivos em baixa.
Para 2020, as projeções são ainda mais animadoras: a expectativa é de expansão de 3% da construção civil em relação ao resultado de 2019.
Perspectiva positiva
O Bradesco BBI mostra-se otimista com as empresas do setor que estão na bolsa, independente do mercado consumidor.
Para as companhias voltadas ao segmento de média e alta renda, os analistas projetam uma taxa composta anual de crescimento no volume de lançamentos de 23% até 2022, atingindo a cifra de R$ 16 bilhões nesse ano — o aumento nos empréstimos hipotecários deve estimular as empresas a colocarem novos projetos no mercado.
Para as empresas focadas na baixa renda, a instituição acredita que os volumes de lançamentos devem permanecer fortes, embora sem muito espaço para grandes avanços, dada a capacidade limitada de subsídio via FGTS. Assim, Tapia e sua equipe ponderam que as ações de tais companhias podem ser boas opções para quem busca dividendos interessantes.
Prévias animadoras
Três empresas do setor já divulgaram suas prévias operacionais referentes ao quarto trimestre: Helbor, Direcional e MRV.
A incorporadora Helbor foi a que apresentou os números mais impressionantes: entre outubro e dezembro, as vendas contratadas da companhia chegaram a R$ 688 milhões, um crescimento de 133% na base anual; o valor lançado subiu 242% para R$ 540 milhões.
"Os resultados operacionais da Helbor foram fortes sob todos os aspectos: o ritmo de vendas foi bom, em 19%; os cancelamentos permaneceram baixos; e os lançamentos aumentaram muito", escreveram Gustavo Cambauva e Elvis Credendio, do BTG Pactual.
A Direcional também mostrou números interessantes, embora, à primeira vista, os dados pareçam fracos. As vendas contratadas caíram 13,4%, para R$ 370,6 milhões, mas vale lembrar que a empresa não tem mais unidades da faixa 1 do 'Minha Casa, Minha Vida' em seu estoque — nos três últimos meses de 2018, as vendas dessa divisão cegaram a R$ 41 milhões.
Os lançamentos da companhia — um termômetro do otimismo para o futuro — aumentaram: passaram de R$ 528 milhões no quarto trimestre de 2018 para R$ 555 milhões entre outubro e novembro de 2019, um avanço de 5% na base anual.
"A prévia operacional foi sólida, com a Direcional dando continuidade à evolução nos lançamentos, ao meso tempo em que registrou uma geração importante de caixa", escreveram Cambaúva e Credendio, do BTG.
Já a MRV apresentou dados não tão animadores. As vendas recuaram 9,9%, para R$ 1,38 bilhão, mas os lançamentos aumentaram 6,3%, para R$ 2,3 bilhões. O problema, no entanto, foi a gestão de caixa: a empresa reportou uma queima de R$ 34,1 milhões no trimestre, surpreendendo o mercado.
"As vendas caíram, apesar dos lançamentos bem mais altos. Ainda houve queima de caixa, mesmo com a produção menor", ponderaram os analistas do BTG.
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