Uma previsão (conservadora) para a bolsa em 2021
Depois de tudo que passamos em 2020 (e o ano ainda não acabou), eu admiro a coragem de quem se arrisca a fazer previsões para o desempenho dos investimentos.
As estimativas podem parecer mero chute — e às vezes são mesmo — mas no geral têm fundamento.
Com algum trabalho, é possível calcular o fluxo de caixa descontado de cada uma das empresas do Ibovespa e chegar a um número que seria o justo para o principal índice da bolsa.
Os especialistas também gostam de fazer a análise de múltiplos, como a relação entre o preço das ações e o lucro projetado para indicar o potencial de alta (ou de baixa).
O problema é que a bolsa não varia apenas com base na perspectiva de resultados das companhias. Em momentos de maior euforia, os investidores aceitam pagar mais caro pelas ações — e vice-versa.
Além do mais, nenhum modelo é capaz de prever eventos que extrapolam os balanços, como a paralisação da economia global provocada pela pandemia de um novo tipo de coronavírus.
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Diante de todas as incertezas que ainda estão no radar, o Bank of America (BofA) divulgou uma projeção para a bolsa brasileira em 2021 que o próprio banco classificou como conservadora.
Mesmo sob essa ótica mais cautelosa, a expectativa é de uma alta de 18% para o Ibovespa, que pode encerrar o ano que vem na marca inédita de 130 mil pontos.
O Ivan Ryngelblum participou hoje de um encontro virtual do BofA com jornalistas e conta para você quais são as principais apostas do banco na bolsa em 2021.
MERCADOS
• O Ibovespa até conseguiu romper os 112 mil pontos hoje, mas foi um ímpeto que não se manteve. Ainda assim, o índice fechou em alta de 0,43%, puxado pelas ações da Petrobras. Veja tudo que mexeu com os mercados.
ECONOMIA
• As privatizações dos Correios e da Eletrobras vão acontecer no quarto trimestre… de 2021. Essa pelo menos é a expectativa do governo, que pretende vender para a iniciativa privada um total de oito empresas. Saiba quais são as outras candidatas.
• Em mais um sinal de retomada da economia, as vendas de veículos novos subiram 4,6% em novembro na comparação com o mês anterior, segundo a Fenabrave. Foram 225 mil unidades emplacadas, número ainda abaixo do mesmo período do ano passado.
• A produção industrial brasileira registrou crescimento de 1,1% em outubro, mantendo o ritmo dos últimos cinco meses, de acordo com o IBGE. Com o resultado, a indústria elimina a retração acumulada nos meses de março e abril.
EMPRESAS
• Um crowdfunding bilionário. O C6 Bank recebeu um aporte de capital de R$ 1,3 bilhão em uma rodada de captação fechada com 40 investidores. O banco digital criado por ex-sócios do BTG Pactual foi avaliado em R$ 11,3 bilhões na operação.
• A Vale destoou da alta da bolsa depois de anunciar uma redução na sua projeção para a produção de minério de ferro em 2020. Confira as estimativas divulgadas pela mineradora antes de um evento com investidores e analistas.
• A Qualicorp fechou um acordo para encerrar definitivamente as relações societárias com o fundador José Seripieri Filho, o Júnior. O acerto prevê a extensão, por mais dois anos, da obrigação de não competição de Júnior com a empresa.
ANÁLISE
• Poucos dias fazem toda a diferença quando se fala de investimentos — e 2020 já nos provou que não podemos baixar a guarda em nenhum momento. Na coluna de hoje, o Felipe Miranda faz uma análise completa do que você deve ficar atento antes do apagar das luzes do ano. Vale a leitura!
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