Não tem mais desculpa
Hoje eu passei por uma daquelas situações inusitadas que só o "novo normal" faz por você. Sempre que o fim do ano se aproxima, muitas instituições financeiras promovem almoços com a imprensa para fazer um balanço do ano que se passou e falar das suas perspectivas para o ano seguinte.
Mas no meio da pandemia, a gestora global BlackRock resolveu promover uma edição on-line do seu evento, enviando o almoço para o local de trabalho dos convidados, que participaram via teleconferência.
O encontro virtual foi a cara de 2020. Mas confesso que foi estranho assistir à apresentação do Cacá - apelido de Carlos Takahashi, CEO da gestora no Brasil - nessa nova configuração.
Sempre simpático, o executivo da BlackRock é um daqueles caras carismáticos e de discurso otimista, que lembram o nome de todo mundo, além de cumprimentar um por um nos eventos presenciais. Nada a ver com essa nova realidade de teleconferências, muitas vezes com as câmeras desligadas, às quais o coronavírus nos obrigou.
A verdade é que os eventos virtuais não são capazes de substituir totalmente os encontros presenciais, onde as pessoas realmente se conhecem e olham nos olhos umas das outras. Repórteres e fontes sabem o quanto isso é importante para a construção de relações e, consequentemente, para o bom jornalismo. E certamente isso é verdade para outras áreas também.
Longe de isso ser uma digressão, eu digo isto porque o Cacá, na sua positividade habitual, disse que esperava que no ano que vem o almoço anual pudesse voltar ao seu formato original.
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Se depender das perspectivas da BlackRock para 2021, assim será. A gestora está otimista quanto a uma retomada da economia global no ano que vem com a chegada das vacinas e se diz "pró-risco", estando bastante construtiva para ações.
O problema é que o Brasil tem suas próprias questões internas quanto a risco fiscal e vacinas. Mas felizmente hoje as perspectivas de uma gestora global deixaram de ser um mero pano de fundo para o investidor pessoa física brasileiro e puderam se tornar de fato um norte para as nossas carteiras, uma vez que passamos a ter mais acesso ao mercado internacional.
Neste ano tivemos uma mudança na regulação que permitiu o acesso do pequeno investidor aos BDRs - recibos de ativos estrangeiros negociados na B3 - bem com a chegada de BDRs de ETFs gringos, trazidos pela própria BlackRock.
Ou seja, não tem mais desculpa para não diversificar sua carteira geograficamente, ficando exposto apenas a ativos brasileiros, quando pode haver coisa lá fora se saindo muito melhor que os investimentos locais. Inclusive, o Cacá falou hoje da intenção de trazer mais BDRs de ETFs estrangeiros no primeiro semestre de 2021.
Confira nesta matéria que tipos de ETFs seriam estes, além das perspectivas da BlackRock para os investimentos globais e brasileiros no ano que vem.
MERCADOS
• O Ibovespa terminou a sessão de hoje com ganho de 0,2%, aos 113.793 pontos, e o dólar subiu 0,15%, cotado a R$ 5,12. Mas se engana quem pensa que foi um dia pouco movimentado, como você confere na nossa cobertura de mercados.
• Uma gigante em ascensão. Foi assim que o BTG Pactual descreveu a Eletrobras no início do seu relatório sobre a empresa. De acordo com o banco, as ações da estatal do setor elétrico têm um potencial de alta de até 84%. O Ivan Ryngelblum te explica tudo sobre o assunto nesta matéria.
EMPRESAS
• Ambiciosa, a BRF deseja atingir uma receita líquida de mais de R$ 100 bilhões até 2030, levando a um crescimento do seu Ebitda em mais de 3,5 vezes. Os investidores adoraram a projeção divulgada pela companhia. Saiba quais os planos da empresa para chegar lá.
• Dez dias após anunciar a desistência da sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a Iguá Saneamento retomou o processo. É a terceira vez que a empresa paulista tenta listar seus papéis na bolsa.
• O BNDES segue vendendo participações em grandes companhias de capital aberto. A bola da vez é a Copel, companhia paranaense de energia. O banco de fomento vai se desfazer de uma fatia que corresponde a 24% do capital social da empresa. Saiba mais nesta matéria.
• Em meio ao processo de recuperação judicial, a Oi chegou a dois milhões de clientes na operação de fibra óptica, dobrando a base de clientes em oito meses. A empresa segue com uma meta agressiva para o próximo ano, como você confere nesta matéria.
ECONOMIA
• O IPCA acelerou entre outubro e novembro, de 0,86% para 0,89%, segundo o IBGE. É a maior variação para o mês desde 2015 e acima do estimado pelo mercado. A inflação oficial em 12 meses também ultrapassou pela primeira vez desde fevereiro o centro da meta para 2020, de 4,0%, atingindo 4,31%.
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