Biden, a vacina e a mola comprimida na bolsa
Imagine, caro leitor, uma mola sendo pressionada. Quanto mais força você faz para comprimi-la, mais ela atua no sentido contrário. Esse fenômeno é conhecido na física como a Lei de Hooke.
Na bolsa, não é bem assim que funciona. Afinal, uma ação não é uma mola, e sim uma fração de uma empresa, que pode simplesmente quebrar se ficar sob pressão durante muito tempo.
Mas de vez em quando o mercado financeiro pode reagir como uma mola comprimida, conforme os fatores de incerteza que pressionam os preços saem de cena.
Nos últimos meses, a bolsa vem sofrendo forte influência de pelo menos três elementos: a crise do coronavírus, as eleições nos Estados Unidos e o risco fiscal no Brasil.
Na semana passada, essa mola deu um primeiro impulso com a vitória de Joe Biden na corrida pela Casa Branca, que foi confirmada no sábado.
O mercado nem deu tempo de se acomodar quando saiu outra notícia que reduziu sensivelmente a pressão: a Pfizer anunciou que os testes clínicos da vacina que o laboratório produz contra o coronavírus mostraram 90% de eficácia.
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A provável luz no fim do túnel da pandemia levou o Ibovespa a fechar em alta de 2,54% no pregão desta segunda-feira. Não por acaso, as ações que mais subiram foram justamente aquelas que mais sofreram durante a pandemia, como as das empresas aéreas e de shopping centers.
O dólar e os juros futuros também tiveram mais um dia de queda. Mas nesse caso a incerteza sobre a condução da política fiscal no Brasil impediu uma descompressão maior. Acompanhe tudo o que movimentou as engrenagens dos mercados com o Felipe Saturnino.
MERCADOS
• Biden venceu as eleições, mas quem ganha na bolsa com o democrata na Casa Branca? Eu conversei com Gustavo Aranha, sócio da GeoCapital, especialista em investimentos em ações no exterior, e conto para você as apostas do gestor.
• Adivinhe quem ficou ainda mais rico com a euforia nos mercados dos últimos dias? Se você respondeu Warren Buffett, acertou. Saiba por que a Berkshire Hathaway, a holding do bilionário, ganhou US$ 35 bilhões em valor de mercado.
• Na contramão do mercado, o brechó online Enjoei estreou com o pé esquerdo na B3 depois de captar R$ 1,1 bilhão em sua oferta inicial de ações (IPO). Veja como foi o primeiro pregão e os planos da empresa com os recursos captados dos investidores.
• Já os leitores do Seu Dinheiro Premium não têm do que reclamar. A ação indicada pelo colunista Alexandre Mastrocinque no fim de setembro já acumula uma valorização de 22% na B3. Você também pode fazer parte do nosso clube VIP por apenas R$ 5 mensais.
ECONOMIA
• O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a alta dos preços dos alimentos acontece por questões como valor de commodities e pressão cambial. Em um evento da The Economist, ele ainda falou sobre mercados e a atuação do BC.
•A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu o proprietário da JJ Invest, empresa responsável pelo maior esquema de pirâmide financeira do Brasil. A estimativa é de que a empresa tenha provocado prejuízo a mais de três mil vítimas.
EMPRESAS
• Na disputa contra os gigantes do varejo online, a Via Varejo adquiriu uma participação na Growth Partners, um hub de inovação digital. Com a compra, a companhia pretende acelerar o processo de inovação. Confira os detalhes da negociação.
• Por falar em gigante, a Amazon anunciou a maior expansão da história no Brasil. O projeto conta com a abertura de três novos centros de distribuição. Saiba os planos da empresa de Jeff Bezos para o país.
• O fundo Bordeaux venceu a disputa pela compra da Copel Telecom, subsidiária da estatal paranaense de energia, por R$ 2,4 bilhões, um ágio de 70,9% sobre o valor mínimo. Veja quem mais deu lances pela empresa.
COLUNISTAS
• Está longe de ser o ideal, mas esse estranho ano caminha para ser “menos pior” do que esperávamos para os investimentos, pelo menos em relação às expectativas mais pessimistas. O Felipe Miranda diz na coluna de hoje o que esperar para a reta final de 2020.
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