Como investir no exterior com R$ 5 mil, sem comprar dólar ou sair do Brasil
A maneira mais simples de fazê-lo é através de fundos de investimento que investem no exterior.

Olá, seja bem-vindo ao nosso papo de domingo sobre Aposentadoria FIRE® (Financial Independence, Retire Early).
O Brasil representa apenas uma fração insignificante dos ativos mundiais. Ainda sim, a maioria dos brasileiros detém praticamente todo o seu capital no país.
Ainda nutrimos uma mistura de medo e preconceito.
Medo de que seja difícil demais; preconceito de que mandar dinheiro para o exterior é coisa de político corrupto.
Claro, nossos prezados deputados e senadores são chegados numa conta corrente em paraíso fiscal, mas é perfeitamente possível enviarmos dinheiro para investimento no exterior de maneira simples e, óbvio, 100% legal.
É sobre essas alternativas que vou falar a seguir.
Leia Também
Como investir no Spotify e outras 4 empresas fora do radar?
Os 5 benefícios da previdência privada - redução de imposto de renda em 2021 é só um deles
O primeiro motivo
Ao final de 2019, o PIB brasileiro foi de 7,3 trilhões de reais.
Fazendo uma conta de padeiro com o dólar a R$ 5,30, temos que o nosso PIB, em dólares, é de US$ 1,38 trilhão.
É anedótico, eu sei, mas o valor de mercado da Apple - listada nos EUA - está na casa dos 2 trilhões de dólares. A Amazon, 1,5 trilhão. A Microsoft, 1,6 trilhão. E por aí vai.
As maiores e melhores empresas do mundo estão listadas fora do Brasil.
Os setores mais quentes do momento (aqueles que têm apresentado o maior retorno para os acionistas) como games, computação em nuvem, redes sociais e plataformas (como Uber, Airbnb e outros), não possuem absolutamente NENHUMA alternativa listada no Brasil.
O segundo motivo
Na última vez que eu fiz essa conta, há uns 2 meses atrás, o valor de mercado dos 81 fundos imobiliários que compõem o IFIX - o nosso índice de referência para o segmento - era de R$ 81,3 bilhões.
É bastante imóvel, sem dúvidas.
Mas assim como no caso das maiores empresas do mundo, todo o mercado de real estate brasileiro é uma fração risível das opções que encontramos lá fora.
Os REITs, que são o equivalente dos nossos FIIs nos EUA, são um mercado inúmeras vezes maior.
Recentemente, apresentei aos leitores do meu Programa de Riqueza Permanente®, um REIT de apartamentos avaliado em 20 bilhões de dólares, com potencial de valer, na ocasião, 50% mais do que isso.
Sozinho ele é mais valioso que os 81 fundos imobiliários do nosso IFIX.
O mercado é tão desenvolvido que você encontra investimento em segmentos como data centers, transmissão de energia, agronegócio, cinemas e até campos de golfe no modelo de REIT.
Novamente, as opções são muito mais abrangentes lá fora.
O terceiro motivo
Se o primeiro e segundo motivos eram o mesmo, disfarçados sobre duas roupagens diferentes, o terceiro é um negócio realmente diferente.
Investir no exterior dolariza parte da sua carteira de investimentos, o que naturalmente se converte numa posição defensiva.
Historicamente, a Bolsa brasileira e o dólar são correlacionados negativamente.
Isso quer dizer que num mês bom para a Bolsa, o dólar tende a ir mal. E vice versa.
Por isso, quando estamos pessimistas com a Bolsa brasileira, compramos dólares para nos proteger.
E quando estamos pessimistas com o dólar, compramos Bolsa brasileira.
Sou da opinião de que o dólar tem duas funções na sua carteira: uma delas é estrutural, a outra é uma amor de verão.
Por estrutural, quero dizer o seguinte: você precisa ter sempre uma fatia do seu patrimônio exposto ao dólar.
Escolha como você quer fazer isso, se é comprando ações, REITs, ou simplesmente dólar puro.
Mas num país como brasileiro, em que a moeda consegue perder mais de 35% do seu valor em 12 meses, você precisa ter sempre uma fatia fixa dolarizada. Entre 10% e 20% está ok.
E o “amor de verão” é aquela exposição mais oportunista. De quem vai realmente se preocupar com o patamar da moeda.
Particularmente, faço mais o tipo romântico tradicional, de amores para a vida toda.
Para investir agora seus primeiros R$ 5 mil no exterior
A maneira mais simples de fazê-lo é através de fundos de investimento que investem no exterior.
Assim, você investe direto numa corretora brasileira e não precisa se preocupar com a remessa de câmbio.
Uma alternativa que eu gosto muito é o fundo Tech Select, da Vitreo.
O fundo investe nas maiores empresas de tecnologia do mundo, além de nomes ascendentes como o Zoom.
O fundo foi criado em 08 de junho de 2020, e rende mais de 30% desde então. No mesmo período, o Ibovespa retornou menos de 10% aos investidores.
Claro que retornos passados não são garantia de retornos futuros, mas o Tech Select, na minha opinião, reúne alguns dos setores mais quentes e que mais tem gerado valor para os acionistas nos últimos anos.
O aporte mínimo é de R$ 5 mil e o fundo não cobra taxa de performance. Vale a pena conhecer e internacionalizar seu portfólio de maneira simples.
Mais que um jogador, um investidor: como os games podem te fazer ganhar dinheiro
Talvez o papo seja de adolescente, mas o dinheiro envolvido é de gente grande.
O que muda com o PIX e qual o futuro das agências bancárias?
Na edição desta semana, nós recebemos o Cristiano Gomes, um dos principais estrategistas da equipe de tecnologia do Santander no Brasil.
Você controla seus investimentos numa planilha? Então veja isto
Essa semana, nós recebemos o Eduardo e o Gabriel, fundadores do Real Valor, o melhor aplicativo disponível para fazer a gestão dos seus investimentos pessoais.
O clube dos 900%: o que você pode aprender com os maiores casos de geração de riqueza da Bolsa americana
Empresas quebrando são mais frequentes que empresas dominando o mundo em algumas décadas. Mas poucos acertos podem rechear a sua carteira e garantir sua aposentadoria precoce.
Em 90% do tempo, tudo que você precisa fazer nos mercados é seguir a manada
Mas é possível mudar sua vida financeira ao se posicionar às vezes contra os mercados, como um investidor contrarian
Formação em finanças: muito investimento e pouco retorno? Ilusões e desilusões de quem tenta aprender a lidar com os mercados
O que você precisa para se tornar um expert em mercado financeiro? Faculdade de Economia? Um curso com um trader famoso? MBA em Finanças? Veja um depoimento sincero sobre os desafios de aprender a lidar com os mercados e virar um analista de investimentos.
5G e o investimento em Cannabis: o que você precisa saber?
O que é verdade e o que mito com a chegada dessa nova tecnologia?
Do Alibaba ao TikTok, o que você precisa saber sobre as maiores empresas de tecnologia asiáticas
Na sexta edição do Tela Azul Empiricus, nosso Podcast GRATUITO sobre tecnologia e investimentos, falamos sobre as Big Techs do mundo todo, as diferenças entre suas versões americanas e asiáticas.
A terceira das três ações para ganhar com o ‘Brasil Modelo Asiático’
O alinhamento de algumas variáveis macroeconômicas abriu uma janela específica de oportunidades para o Brasil crescer como plataforma exportadora. Isso pode beneficiar especialmente três ações da bolsa.
Tudo o que você queria saber sobre o mercado de tecnologia e startups no Brasil
Na edição dessa semana do Tela Azul Empiricus, um podcast gratuito sobre investimentos e tecnologia, fizemos um bate papo de uma hora com o Victor Xavier, da Endeavor Brasil.
60 anos de idade e R$ 30 mil na poupança: o que fazer para salvar sua aposentadoria?
Nessa situação, faz sentido que o investidor saia da poupança, mas pode ser tarde demais para buscar ganhos mais altos na bolsa; veja alternativas
Como foi possível essa empresa se multiplicar por 6 vezes em 2 anos?
Na edição de hoje do Tela Azul Empiricus, nós contamos a história da DocuSign, uma daquelas sagas que você vai ficar se perguntando: “como eu deixei passar essa?”
O [mau] comportamento dos mercados: as semelhanças entre a trajetória do câmbio e de uma bola de basquete
O câmbio vai oscilar ao gosto das notícias – das guerras comerciais à falta de agenda econômica do governo federal. Mas existe um estranho – e ainda pouco compreendido – “efeito de três pontos”.
Investindo com robôs e ajuda de inteligência artificial
Te convido a ouvir no Spotify um papo animal que eu tive com o Rodrigo Terni, da Giant Steps, a maioria gestora de fundos sistemáticos da América Latina.
Se a Selic subir, o quanto os fundos imobiliários podem sofrer?
Os fundos imobiliários são umbilicalmente ligados aos juros, isso é verdade. Mas é preciso muita calma ao proclamar seu fim caso a Selic volte a subir em breve. Essa é sempre uma questão relativa; entenda.
2020 é a nova bolha das empresas de tecnologia?
O termo “bolha pontocom” faz referência ao boom de empresas de tecnologia no final da década de 90 até o início dos anos 2000, na onda do crescimento da internet. Neste ano, há nova discussão se os preços das techs fazem ou não sentido.
Podcast: Tela Azul, um bate-papo sobre tecnologia e investimentos
No primeiro episódio, você vai ser bombardeado de informações, numa discussão longa e descontraída sobre a performance das ações das empresas de tecnologia em 2020.
Uma nova oportunidade pode estar surgindo na Renda Fixa
Viemos de um ciclo de cinco anos de quedas nos juros. Os próximos meses serão fundamentais para respondermos a seguinte pergunta: existe uma nova grande tese na renda fixa?
Onde investir R$ 10 mil? Duas ações: uma barata e uma antifrágil na bolsa
Eu compraria poucas ações que, ou estivessem muito baratas olhando um horizonte de 24-36 meses, ou empresas cuja a antifragilidade é tamanha, que tenham saído mais forte dessa pandemia
O Brasil é mesmo o pior país emergente para se investir?
A Bolsa russa cai 15% no ano, a mexicana 29% e a brasileira cai impressionantes 39%, todos em dólares.