Economia deteriorada na Europa mina otimismo com tratamento para covid-19 e alta do petróleo
PIB europeu tirou força das negociações na Europa e no mercado futuro em Nova York, com a França entrando oficialmente em recessão. No Brasil, Brasília e balanços corporativos seguem em destaque

Números ruins do PIB europeu tiraram força do pregão na Europa e da negociação dos índices futuros em Nova York. Mostrando os impactos do coronavírus no continente, a França entrou oficialmente em recessão. A notícia espanta o otimismo gerado com o aparentemente avanço das pesquisas com o antiviral Remdesivir para o coronavírus.
No Brasil, é véspera de feriado, e o cenário político conturbado segue em destaque. Atenção especial para o desenrolar da suspensão da nomeação Alexandre Ramagem para a Polícia Federal.
Olho em Brasília
Ontem, a notícia de que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal, trouxe mais instabilidade à cena política. Ao afirmar que a AGU iria recorrer da decisão, Bolsonaro afirmou que quem manda é ele.
Aplicando certo alívio ao cenário, depois das muitas incertezas em torno do papel do ministro da Economia no governo, Paulo Guedes apareceu ao lado do general Braga Netto, tentando desfazer qualquer mal-estar que tenha ficado após a apresentação do programa Pró-Brasil.
O balanço da Vale, a alta do petróleo e a decisão do Federal Reserve também serviram para dar força ao Ibovespa, que fechou o dia com alta de 2,29%, aos 83.170,80 pontos. Boas notícias também no câmbio. O dólar caiu 2,9%, a R$ 5,3552. A última taxa Ptax de abril deve adicionar alguma pressão no dólar.
O EWZ, principal ETF brasileiro negociado em Nova York, tem alta de quase 2% no pré-mercado.
Leia Também
Boletim médico
O Brasil confirmou 449 novas mortes nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde. Ao todo, são 5.466 óbitos no país.
O ministro Nelson Teich admitiu que o isolamento social é a orientação oficial e que não sabe quando o pico da doença será atingido.
Tudo azul
A decisão do Federal Reserve, banco central americano, de manter a sua política monetária atual repercutiu positivamente nos negócios. Atualmente o juro está na faixa de 0% a 0,25%.
A instituição garantiu que continuará com os seus programas de estímulos, visando ajudar a economia americana neste momento de crise. Powell, presidente do Fed, disse que irá manter o juro no nível atual até ter confiança de que o país se recuperou da crise causada pela covid-19.
Os mercados internacionais também voltam a renovar suas esperanças com um possível tratamento para o novo coronavírus.
A empresa americana Gilead Sciences anunciou novos avanços nas pesquisas com o antiviral Remdesivir, injetando ânimo nos negócios.
Na Ásia, os investidores ignoraram até mesmo os dados fracos do índice de gerente de compras chinês e as bolsas fecharam em alta. A indústria chinesa recuou de 52 em março para 50,8 em abril. O PMI medido pela IHS Markit e Caixin Media caiu de 50,1 para 49,4, próximo da barreira que separa a contração da expansão de atividade.
Em fevereiro, a atividade manufatureira chinesa chegou a 35,7, na mínima histórica.
Em queda
Enquanto na Ásia o otimismo prevaleceu, na Europa o dia até começou com os negócios no campo positivo, mas as preocupações econômicas no continente se sobrepuseram ao alívio.
O Produto Interno Bruto da zona do euro recuou 3,8% no primeiro trimestre do ano. Essa é a maior contração da série histórica iniciada em 1995. Ainda assim, os resultados vieram em linha com as expectativas dos analistas.
Também pela manhã, a França apresentou um recuo de 5,8% do PIB no primeiro trimestre - uma queda histórica e muito pior do que o projetado pelos analistas. O país entrou oficialmente em recessão.
Agora, os investidores seguem aguardando os balanços corporativos, que mostram a deterioração de muitas empresas frente ao coronavírus, e a decisão de política monetária do Banco Central Europeu.
Os dados fracos da atividade econômica europeia também mina os índices futuros em Nova York, que operam sem direção única.
Engatando a subida
O petróleo aparentemente tem mais um dia de recuperação pela frente. A comoddity continua refletindo o aumento menor do que o esperado nos níveis de estoques dos Estados Unidos, segundo o Departamento de Energia (DoE).
Por volta das 7h30h, o petróleo WTI para junho subia 17,46%, a US$ 17,69 o barril. Já o Brent para julho avançava 12%, a US$ 17,69 o barril.
O Brent para junho tem vencimento hoje.
Os ADRs da Petrobras, negociados na Nyse, têm alta de quase 3% no pré-mercado.
Agenda
No Brasil, indicadores devem continuar dando as indicações do estrago causado pela covid-19 na economia.
A taxa de desemprego da Pnad contínua será divulgada às 9h. O resultado consolidado do setor público sai às 14h.
O secretário de Desestatização, Sallim Mattar, participará de live produziada pelo Credit Suisse.
No exterior, além do PIB do primeiro trimestre da zona do euro, os investidores também ficam de olho na decisão de juros do Banco Central Europeu (8h45).
Nos Estados Unidos, quinta-feira é dia de conhecer o número dos pedidos de auxílio-desemprego no país. Além disso, temos também o índice de atividade industrial (10h45).
Balanços
A divulgação de balanços corporativos do dia começa com o Bradesco, que apresentou os seus resultados agora pela manhã. O bancão registrou uma queda de mais de 39% no lucro do primeiro trimestre. A queda deve afetar as ações dos bancos.
Confira alguns dos últimos resultados divulgados:
- A administradora de shoppings, Multiplan, teve um lucro de R$ 177,7 milhões no primeiro trimestre, 93,3% maior do que o mesmo período do ano passado. A receita líquida avançou 6%, a R$ 320,7 milhões.
- Odontoprev teve lucro líquido de R$ 75,222 milhões no primeiro trimestre, uma queda de 22,8%. O Ebitda foi de R$ 112,249 milhões, recuo de 7,6%. A receita teve um avanço de 3,5%, a R$ 455,062 milhões.
Lá fora o dia reserva os números das gigantes de tecnologia Apple e Amazon. McDonald's, ConocoPhilips, Lloyds e Lufthansa fecham a lista.
Fique de olho
- Guararapes irá realizar pagamento de juros sobre capital próprio no valor de R$ 0,1182 por ação ordinária.
- Lojas Renner aprovou emissão de debêntures no valor de R$ 500 milhões. Objetivo é manter capital de giro e caixa mínimo.
- A Vale quer dobrar a remuneração de sua diretoria e atrelar 20% da remuneração variável de executivos em metas de saúde, segurança e sustentabilidade. A remuneração da diretoria havia sido cortada pela metade após a tragédia de Brumadinho.
- Energisa anunciou que não realizará o pagamento de dividendos. Objetivo é preservar o caixa e concluir investimentos.
- Eletrobras anunciou que irá divulgar o seu balanço no dia 19 de maio. Inicialmente a divulgação estava marcada para o dia 11.
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje