‘Quem manda sou eu’, diz Bolsonaro sobre nomeação na PF
Declaração, em tom de desafio, foi dada logo depois de Bolsonaro dar posse ao novo ministro da Justiça, André Mendonça, que substitui no cargo o ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro
Duas horas após a Advocacia-Geral da União (AGU) informar que não iria recorrer da liminar que suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da Polícia Federal, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou a equipe jurídica do governo e disse que vai tentar reverter a decisão.
"Quem manda sou eu", afirmou Bolsonaro a apoiadores, diante do Palácio da Alvorada. "Eu quero o Ramagem lá. É uma ingerência, né? Mas vamos fazer tudo para o Ramagem. Se não for, vai chegar a hora dele e eu vou botar outra pessoa."
A declaração, em tom de desafio, foi dada logo depois de Bolsonaro dar posse ao novo ministro da Justiça, André Mendonça, que substitui no cargo o ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro, e ao advogado-geral da União, José Levi Mello do Amaral Junior, no Palácio do Planalto. Ramagem também tomaria posse na mesma cerimônia, mas Bolsonaro sofreu outro revés do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro do STF Alexandre de Moraes suspendeu a nomeação de Ramagem, amigo da família Bolsonaro, sob o argumento de que apresentava indícios de "desvio de finalidade". No despacho, Moraes alegou que a indicação contrariava princípios constitucionais de "impessoalidade, moralidade e interesse público".
Bolsonaro, então, foi aconselhado por Mendonça e pelo novo advogado-geral da União a não recorrer da decisão. O presidente relutou, mas acabou concordando e cancelou a nomeação. Revogou, ainda, sua exoneração como diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e, assim, Ramagem pôde voltar para o seu antigo cargo.
O dia, porém, foi de tensão, cheio de idas e vindas. Na cerimônia de posse, poucas horas depois da decisão de Moraes, Bolsonaro não escondeu o aborrecimento e disse não ter desistido do "sonho" de ter o amigo, de quem se aproximou na campanha de 2018, à frente da PF.
Leia Também
"O senhor Ramagem, que tomaria posse, foi impedido por uma decisão monocrática. Gostaria de honrá-lo hoje dando posse como diretor-geral da PF. Tenho certeza que esse sonho brevemente se concretizará para o bem da nossa PF e do nosso Brasil", afirmou o presidente, no Planalto.
Moro
A troca no comando da corporação foi o pivô da crise que resultou no pedido de demissão de Sérgio Moro do Ministério da Justiça no último dia 24. Moro se recusou a substituir o então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, como queria Bolsonaro, e o acusou de interferência política. A acusação motivou a abertura de inquérito conduzido pelo decano do Supremo, Celso de Mello.
No Planalto, Bolsonaro pregou a harmonia e o respeito entre os Poderes, mas criticou o despacho de Moraes. "Não posso admitir que ninguém ouse desrespeitar ou tentar desmontar a nossa Constituição", afirmou ele, ao lado dos presidentes do STF, Dias Toffoli; do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, além do ministro Gilmar Mendes. "A nossa PF não persegue ninguém, a não ser bandidos", disse o presidente.
Fake news
No Supremo, há outras ações que atormentam o Planalto. Moraes, por exemplo, também investiga as manifestações do último dia 19, organizadas por apoiadores de Bolsonaro, em defesa da intervenção militar e do fechamento do Congresso e do Supremo. Na ocasião, diante do QG do Exército, o presidente subiu na caçamba de uma caminhonete e pregou "o fim da patifaria".
Está sob a alçada de Moraes, ainda, o inquérito das fake news, aberto em março do ano passado para apurar ameaças, ofensas e falsas notícias espalhadas contra integrantes da Corte nas redes sociais.
O jornal O Estado de S. Paulo revelou que ao menos doze perfis com prática sistemática de ataques ao Supremo nas redes sociais, incluindo empresários bolsonaristas, já entraram na mira da investigação. Questionado na noite desta quarta-feira sobre as novas declarações do presidente, o recém-empossado advogado-geral da União respondeu: "Já foi dito que não vamos recorrer".
Na mira da Corte
- Inquérito das fake news: Em agosto, o ministro Alexandre de Moraes prorrogou a investigação sobre ofensas e ameaças a integrantes da Corte até janeiro de 2020. O inquérito identificou empresários bolsonaristas que estariam financiando os ataques.
- Ato pró-intervenção: A pedido da PGR, Moraes abriu inquérito para apurar "fatos em tese delituosos" envolvendo a organização de atos antidemocráticos - Bolsonaro participou de um desses atos em Brasília.
- Interferência: Decano do Supremo, Celso de Mello autorizou inquérito para investigar as acusações de Sérgio Moro contra Bolsonaro. O ex-ministroacusou o presidente de interferir na PF para obter acesso a informações sigilosas.
- Nomeação na PF: Ontem, Moraes suspendeu a nomeação na chefia da PF do delegado Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro. Para o ministro, o caso apresenta "ocorrência de desvio de finalidade".
*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e Estadão Conteúdo
A alface venceu! Hortaliça dura mais que Liz Truss no governo britânico
Jornal britânico The Daily Star lançou live na qual questionou: ‘irá Liz Truss durar mais do que um maço de alface?’; a resposta você já sabe, mas a história por trás da história merece um capítulo à parte
Nova rodada do Ipec sai hoje: veja o calendário de pesquisas de intenção de voto em Lula e Bolsonaro previstas para esta semana
A maioria das pesquisas de intenção de voto mostra Lula um pouco à frente de Bolsonaro; em pelo menos uma delas, a margem é tão estreita que configura empate técnico
Liz Truss abre mão de parte de cortes de impostos e troca ministro das Finanças; a bolsa de Londres e a libra agradecem
Ex-chanceler Jeremy Hunt sucederá Kwasi Kwarteng enquanto Liz Truss entrega os anéis para não perder os dedos — mudanças acontecem no prazo final que o BC deu aos fundos para reorganizarem a casa
Bolsonaro promete manter Paulo Guedes no governo em eventual segundo mandato
Defesa de Paulo Guedes por Jair Bolsonaro foi feita durante entrevista gravada à TV Alterosa, de Minas Gerais
Em tom de campanha, Bolsonaro ataca Lula e exalta economia em discurso na ONU
Discurso de Bolsonaro foi, em boa parte, voltado para o público interno, direcionado às eleições, com acenos também para a comunidade internacional
Voto útil impulsiona Lula, Bolsonaro estaciona, mas decisão em primeiro turno ainda é incerta, segundo BTG/FSB
Lula chega a 47% dos votos válidos em primeiro turno; no extremo da margem de erro, ele bateria na trave de uma vitória sem a necessidade de um tira-teima com Bolsonaro
Agenda cheia: confira como foi o sábado de Lula, Bolsonaro, Ciro Gomes e Tebet — e as declarações polêmicas
Lula e Bolsonaro mantiveram encontros com mulheres — um no Nordeste e outro no Sul do país — enquanto Ciro Gomes participou de caminhadas e Simone Tebet se preparava para evento em São Paulo
Pesquisa Ipespe: Lula é o único candidato que avança — petista segue líder com 44% das intenções de voto; confira os números
O presidente Jair Bolsonaro (PL), o pedetista Ciro Gomes e a senadora Simone Tebet (MDB) permaneceram estacionados em relação ao último levantamento, feito no dia 31 de agosto
Lula, Ciro e Simone usam redes sociais para repudiar atentado a Cristina Kirchner; Bolsonaro ainda não se manifestou
A tentativa de ataque a Cristina Kirchner ocorreu no fim da noite de ontem, quando a vice-presidente chegava a sua casa em Buenos Aires
Teve que se explicar: Petrobras diz que Bolsonaro não soube antes do corte de preço dos combustíveis
Acompanhe a cobertura ao vivo das eleições 2022 com as principais notícias sobre os principais candidatos à Presidência e nos Estados
Eleições 2022: Só Lula não tem agenda prevista para hoje; veja como deve ser o dia dos candidatos à Presidência da República nesta sexta-feira
Acompanhe a cobertura ao vivo das eleições 2022 com as principais notícias sobre os principais candidatos à Presidência e nos Estados
Debate influenciou? Pesquisa Datafolha mostra que distância entre Lula e Bolsonaro diminuiu após confronto na TV
Esse é o primeiro Datafolha divulgado após a sabatina do Jornal Nacional e o debate realizado pela Band no domingo (28). Entre os mais beneficiados estão os candidatos que não aparecem sem primeiro ou segundo lugar nas intenções de voto
Bolsonaro diz que governo pode taxar lucros e dividendos para garantir Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023
Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023, divulgada na quarta-feira (31) prevê valor médio mensal de R$ 405 para o benefício, apesar da promessa do presidente que tenta a reeleição de manutenção do valor reajustado
Eleições 2022: Datafolha mostra Lula à frente com 45%, contra 32% de Bolsonaro; Ciro e Tebet sobem
Acompanhe a cobertura ao vivo das eleições 2022 com as principais notícias sobre os principais candidatos à Presidência e nos Estados
Eleições 2022: Confira a agenda dos candidatos à Presidência da República nesta quinta-feira
Acompanhe a cobertura ao vivo das eleições 2022 com as principais notícias sobre os principais candidatos à Presidência e nos Estados
E agora, Bolsonaro? Orçamento prevê Auxílio Brasil de R$ 405 e tabela do IR congelada em 2023 — confira detalhes da proposta
Na semana da divulgação do projeto do governo, Lula aproveitou para anunciar um adicional de R$ 150 para cada criança de até seis anos, além da manutenção dos R$ 600 do Auxílio Brasil
Eleições 2022: Opositores capturam domínio de Bolsonaro na internet; veja o que colocaram no lugar
Acompanhe a cobertura ao vivo das eleições 2022 com as principais notícias sobre os principais candidatos à Presidência e nos Estados
Eleições 2022: Vantagem de Lula sobre Bolsonaro cai de 14 para 12 pontos na Genial/Quaest
Acompanhe a cobertura ao vivo das eleições 2022 com as principais notícias sobre os principais candidatos à Presidência e nos Estados
Mikhail Gorbachev, o homem que acabou com a Guerra Fria, morre aos 91 anos — relembre a história
De acordo com o Hospital Clínico Central da Academia Russa de Ciências, Mikhail Gorbachev morreu na noite desta terça-feira (3) após uma doença grave e prolongada
Lula e Bolsonaro irão se enfrentar novamente? Depois do desempenho ruim do primeiro ‘duelo’, fugir dos debates pode ser uma boa estratégia para os candidatos; entenda
O debate foi um verdadeiro fiasco para os dois protagonistas da corrida eleitoral, Lula e Bolsonaro; descubra qual dois dois foi o pior e se haverá outro ‘duelo’