Situação de Hong Kong volta ao radar e tensão entre Estados Unidos e China traz cautela aos negócios
A aprovação da lei chinesa de segurança nacional em Hong Kong deve esquentar mais uma vez a relação entre Estado Unidos e China. Na Ásia, novos sinais de recuperação rápida animaram os investidores.
A aprovação da lei chinesa de segurança nacional para Hong Kong azeda os mercados internacionais nesta manhã. Os índices futuros em Nova York e as principais praças europeias operam no vermelho, mesmo com novos sinais de recuperação rápida da economia do gigante asiático. A expectativa dos investidores é de que a notícia intensifique a tensão entre Estados Unidos e China. No exterior, merece atenção também a fala de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, na Câmara dos Representantes dos EUA (13h30).
No Brasil, o destaque é a divulgação da taxa de desemprego do trimestre terminado em maio pelo IBGE (9h) e a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão mista sobre a covid-19.
Reaquecendo
Novos sinais de que a economia chinesa está se recuperando em um ritmo mais rápido do que o esperado animou os investidores asiáticos durante a madrugada, com as bolsas no continente encerrando a sessão em alta.
O índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da China passou de 50,6 em maio para 50,9 em junho, o maior nível dos últimos três meses. A expectativa dos analistas era de queda no índice. O PMI de serviços do país também avançou, de 53,6 em maio para 54,4 em junho.
A notícia ajudou a afastar o foco de tensão que surgiu com a aprovação da lei de segurança nacional para Hong Kong, que deve aumentar o controle chinês no país. A nova lei começa a valer a partir de amanhã (01). O tema tem sido motivo para atritos entre China e Estados Unidos e o novo capítulo deve reaquecer também as tensões entre as potências. Os EUA haviam ameaçado a imposição de novas sanções ao país caso a China seguisse com o plano.
Ontem, Wilbur Ross, secretário de comércio dos Estados Unidos, disse que o status especial de Hong Kong - que oferecem tratamento preferencial a ex-colônia britânica sobre a China - foi revogado.
Leia Também
Se na Ásia os resultados econômicos positivos apagaram os sinais de cautela, na Europa os investidores agem de forma inversa. A perspectiva de piora na relação entre Estados Unidos e China faz com que a aversão ao risco predomine no último pregão do semestre.
Nos Estados Unidos, após uma sessão de euforia com as novas atuações do Federal Reserve, os índices futuros indicam um pregão marcado pela cautela e operam no negativo.
Na trilha do Fed
Os mercados seguem na atuação dos BCs pelo mundo para blindar a economia dos efeitos do coronavírus, apostando principalmente no Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Ontem, durante a tarde, os investidores reagiram bem ao anúncio de que o Fed irá comprar mais títulos de dívida corporativa no mercado primário.
O Ibovespa, que começou o dia com a cautela mais elevada, seguiu as bolsas americanas e avançou 2,03%, aos 95.735,35 pontos. O dólar encerrou a sessão em queda de 0,62%, aos R$ 4,4265.
Auxílio emergencial
O presidente Jair Bolsonaro deve anunciar hoje a extensão do auxílio emergencial para trabalhadores informais e desempregados. A prorrogação do programa pode ter um impacto extra de R$ 100 bilhões em 2020.
O governo espera liberar mais R$ 1.200 por beneficiário e estuda duas propostas: o pagamento de mais três parcelas (R$ 500, R$ 400 e R$ 300) ou em duas parcelas de R$ 600.
Agenda
No Brasil, hoje temos a divulgação da taxa de desemprego do trimestre encerrado em maio pelo IBGE (9h), confiança no setor de serviços de junho (8h) e o déficit do setor público consolidado (9h30). Atenção também para a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão mista sobre a covid-19.
Nos Estados Unidos, um dos destaques do dia é fala de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve e do Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (13h30). O tema é a resposta econômica à pandemia de covid-19. A atividade industrial do ISM/Chicago em junho também será divulgada (10h45).
Balanços
- O lucro do IRB foi de R$ 13,874 milhões no primeiro trimestre, uma queda de 92%. A empresa também fez a reapresentação das demonstrações contábeis de 2019 e 2018, após analisar irregularidades da antiga diretoria. Confira aqui os principais números da reasseguradora.
- Equatorial Energia registrou um lucro líquido ajustado, considerando os efeitos não recorrentes, de R$ 375 milhões, aumento de 118,2% na comparação anual. O Ebitda ajustado somou R$ 1,069 bilhão, um aumento de 77%.
- A Centauro obteve lucro líquido de R$ 8,140 trimestre, considerado os efeitos da norma IFRS 16, revertendo prejuízo líquido de R$ 4,143 milhões de igual período do ano anterior. O Ebitda somou R$ 45,865 milhões no primeiro trimestre, apontando queda de 43,7%.
- A Gol teve um prejuízo de R$ 2,28 bilhões no primeiro trimestre, setenta vezes pior do que no mesmo período do ano passado.
Fique de olho
- As Units do BTG foram precificadas em R$ 74,40. A oferta movimentou R$ 2,69 bilhões, que serão investidos na melhoria da área digital do banco.
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
