Tensão no Oriente Médio se agrava e mercados patinam
Enquanto o petróleo amplia o rali e a tensão no Oriente Médio escala, os investidores brasileiros ficam de olho na política de preços da Petrobras

Na semana passada, o que havia começado com otimismo terminou com um gosto azedo para os investidores. E se depender de Donald Trump e a escalada do conflito com o Irã, as coisas devem continuar tensas.
Enquanto as bolsas dormiam no final de semana, o presidente americano e representantes iranianos fizeram declarações que assustam os investidores. Agora, nas primeiras horas da segunda-feira, os mercados globais ampliam as perdas e o petróleo segue ampliando o rali.
Tom elevado
Como resposta imediata ao bombardeio que matou Qassim Suleimani, o Irã anunciou que não irá cumprir o acordo nuclear de 2015, prometendo um enriquecimento ilimitado de Urânio.
O presidente americano também não deixou barato e foi ao Twitter, ampliando ainda mais a crise entre os países. Trump disse que irá revidar de maneira desproporcional caso o Irã ataque os Estados Unidos e afirmou ter 52 alvos na mira.
O Pentágono enviou 3,5 mil novos homens para reforçar a segurança no Golfo Pérsico. No sábado, a embaixada americana em Bagdá e uma base aérea iraquiana que abriga soldados americanos foram alvos de ataques de morteiros. Além disso, o parlamento do Iraque votou pela expulsão das tropas americanas do país.
Disparando
Com a situação agravada, o petróleo ampliava o rali nas primeiras horas da segunda-feira. Com o crescimento da aversão ao risco, a crise também faz o ouro disparar.
Na Ásia, os valores do metal estão próximos do maior valor nos últimos sete anos. Com uma alta acima de 1%. Com o agravamento da tensão EUA-Irã a perspectiva é de que o metal continue subindo.
Segurando as pontas
Enquanto o conflito no Oriente Médio assusta os mercados, a grande vilã de 2019, a guerra comercial, serve para segurar um pouco os ânimos.
Os investidores seguem aliviados com a assinatura do pacto preliminar no dia 15.
Falando em China, o país também divulgou o seu PMI de serviços. O número desacelerou para 52,5 em dezembro. No domingo, o BC chinês reafirmou que continuará com sua política monetária "prudente, flexível e apropriada".
Diante deste cenário de tensão e expectativas, os índices futuros da bolsa de Nova York amanhecem no vermelho e com quedas acentuadas, sinal seguido pelas bolsas europeias que caem mais de 1% na abertura. O fechamento na Ásia também foi negativo.
Olho na Petro
Com a ampliação do rali do petróleo, o investidor brasileiro volta os seus olhos para a Petrobras e sua política de preços.
É que com a situação, o receio de que a estatal volte a ser usada como ferramenta política sobe. Por isso, todos aguardam com expectativas as decisões da estatal para contornar a situação, que segundo a mesma deve ser tomado em momento oportuno.
Na sexta-feira, a companhia voltou a sofrer com o borburinho politico. O presidente Bolsonaro declarou que tentava falar com o presidente da estatal e que com toda a certeza uma medida seria tomada caso a situação escalasse. Mesmo tomando cuidado para nao explicitar uma intervenção, as falas do presidente não pegaram bem e as ações cairam e fecharam nas mínimas.
Agenda cheia
Em semana que deve ser marcada pelo noticiário internacional, outros indicadores entram no radar.
Aqui no Brasil, a inflação oficial - o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - de dezembro e de 2019 será divulgado na sexta-feira, mesma data do IGP-M de janeiro.
Lá fora, hoje é dia de conhecer o Índice dos gerentes de compras (PMI) composto e de serviços dos EUA de dezembro. A semana ainda tem a divulgação da balança comercial americana de novembro (3ª), o Livro bege do Federal Reserve (4ª) e o relatório de emprego, conhecido como payroll (6ª).
Olho na Petro 2
O BNDES parece mesmo disposto a se desfazer de sua fatia na Petrobras. Em documento publicado nos Estados Unidos a petroleira confirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social iniciou o seu processo de desinvestimento e deve vender todas as suas ações ordinárias na companhia.
A venda irá envolver tanto as ações negociadas no Brasil como os ADRs (American Depositary Shares) da bolsa de Nova York. Se levada em conta a cotação da última sexta-feira (2), a operação pode movimentar R$ 23,5 bilhões.
Fique de olho
- Ainda falando e Petrobras, a companhia iniciou a fase vinculante do seu processo de venda de campos terrestres de Do-Ré-Mi e Rabo Branco (Bacia Sergipe-Alagoas). A estatal detém 50% dos campos.
- A Braskem pode subir ainda mais o valor das indenizações às vítimas de Alagoas. Anunciado na sexta-feira, o valor é estimado em R$ 2,7 bilhões.
- A Caixa Econômica Federal se uniu a Tokio Marine para a formação de uma joint venture no setor habitacional. O negócio é avaliado em mais de R$ 1,5 bilhões.
- O C6 Bank não irá cobrar a nova tarifa do cheque especial, que passa a valer nesta segunda-feira
- A Hapvida cancelou a compra de carteira de clientes da Agemed Saúde.
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje