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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Crise no Oriente Médio

Trump ameaça o Irã no Twitter e diz que os EUA têm 52 localidades persas sob a mira: ‘que isto sirva de aviso’

Presidente dos EUA foi ao Twitter para dizer que, se o Irã atacar americanos novamente, alvos importantes para o Irã e sua cultura serão atingidos.

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
5 de janeiro de 2020
12:01 - atualizado às 15:02
Donald Trump
Presidente americano, Donald Trump: "Se eles atacarem de novo (...), nós vamos atingi-los com uma força que eles nunca viram antes!" Imagem: Shutterstock

O presidente americano Donald Trump fez uma forte ameaça ao Irã ontem à noite (4), dizendo que os Estados Unidos têm 52 localidades iranianas sob a mira, representando os 52 americanos que o Irã tomou como reféns "muitos anos atrás".

"Algumas [destas localidades] são de alto nível e importantes para o Irã e a cultura iraniana, e estes alvos, e o próprio Irã, SERÃO ATACADOS COM MUITA RAPIDEZ E MUITA FORÇA. Os EUA não querem mais ameaças!", tuitou Trump, em resposta às promessas de retaliação do país persa após o ataque americano que matou uma das mais altas autoridades iranianas.

Após uma breve introdução justificando o ataque americano, Trump escreveu: "Que isto sirva de AVISO se o Irã atingir quaisquer americanos ou possessões americanas".

"O Irã tem falado com muita audácia sobre atingir certas possessões americanas como forma de vingança por termos livrado o mundo do seu líder terrorista que tinha acabado de matar um americano e ferir cruamente muitos outros, sem mencionar todas as pessoas que ele matou durante a sua vida, incluindo, recentemente, centenas de manifestantes iranianos.

Ele já estava atacando a nossa Embaixada e se preparando para ataques adicionais em outras localidades. O Irã tem sido um problema há muitos anos.

Que isto sirva de AVISO de que se o Irã atingir quaisquer americanos ou possessões americanas, nós temos sob a mira 52 localidades iranianas (representando os 52 americanos que o Irã tomou como reféns muitos anos atrás), alguns de alto nível e importantes para o Irã e a cultura iraniana, e esses alvos, e o próprio Irã, SERÃO ATACADOS COM MUITA RAPIDEZ E MUITA FORÇA. Os EUA não querem mais ameaças!

'Nós vamos atingi-los com uma força que eles nunca viram'

Durante a madrugada do dia 4 para o dia 5, Trump voltou a fazer ameaças, e ostentou o aparato militar dos Estados Unidos.

"Os Estados Unidos acabaram de gastar dois trilhões de dólares em equipamento militar. Nós somos os maiores e, de longe, os MELHORES do mundo! Se o Irã atacar uma base americana ou qualquer americano, nós vamos mandar um pouco desse novo e belo equipamento na direção deles... e sem qualquer hesitação!"

"Eles nos atacaram e nós revidamos. Se eles atacarem de novo, o que eu fortemente aconselho que eles não façam, nós vamos atingi-los com uma força que eles nunca viram antes!"

Irã prometeu vingança

As tensões entre Estados Unidos e Irã vêm numa escalada desde que Trump ordenou, na última quinta-feira (2), um ataque a um aeroporto em Bagdá, capital do Iraque, que matou o general persa Qassem Soleimani. O Irã prometeu retaliar e também fez ameaças.

Soleimani era o mais graduado militar iraniano, muito popular e inclusive cotado para a presidência do país. Era comandante das Forças Quds - unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã. Após sua morte, milhares de pessoas se juntaram em procissão para homenageá-lo nas ruas de Bagdá e protestar contra os Estados Unidos. Também houve apoio da população ao general morto em Teerã, capital iraniana.

O mesmo ataque que matou o general iraniano também matou Abu Mahdi al-Muhandis, principal comandante da milícia iraquiana. O Irã vinha apoiando e financiando milícias xiitas no Iraque (inclusive no combate ao Estado Islâmico no país), na Síria, no Iêmen e no Líbano (caso do Hezbollah), além de ter apoiado o presidente Bashar al-Assad ao lado da Rússia na guerra civil síria.

Poucas horas depois de ordenar o ataque, os EUA enviaram 3.500 homens à região do Golfo Pérsico para reforçar a segurança em instalações americanas.

Na sexta-feira (3), autoridades iraquianas alegaram que um ataque aéreo atingiu dois carros que levavam milícias apoiadas pelo Irã, ao norte de Bagdá, no qual cinco membros da milícia foram mortos. O exército do Iraque e a coalizão, porém, negaram que teriam ordenado o ataque.

Já no sábado (4), dois ataques visaram quase simultaneamente a Zona Verde de Bagdá - onde está localizada a embaixada dos Estados Unidos - e uma base aérea iraquiana que abriga soldados e aviões americanos ao norte da capital. Não houve vítimas. A embaixada dos EUA já havia sido atacada na última terça-feira (31) por combatentes pró-Irã.

A proximidade de um conflito armado entre Estados Unidos e Irã já fez o preço do petróleo subir mais de 3% na última sexta-feira e pesou sobre os mercados internacionais. Houve quedas nas bolsas do mundo todo no último pregão, inclusive no Brasil, além de alta do dólar.

Ainda é difícil precisar, no entanto, os efeitos que as tensões no Oriente Médio podem ocasionar nos mercados e nas previsões econômicas para 2020. Tudo vai depender se haverá uma alta prolongada sobre os preços do petróleo.

*Com Estadão Conteúdo e agências internacionais.

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